Cap 1

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Muitas pessoas passam a vida se perguntando o que são e o que vieram fazer aqui, bem não é o meu caso, eu sou um prostituto, nasci para dar, ter prazer e no meio disso ganhar alguns trocados, desde cedo aprendi o que é realidade e tento sobreviver nessa merda, durante os doze anos que estive aqui dando meu corpo para Alfas idiotas terem alguns segundos de prazer, aprendi que o amor é apenas uma palavrinha bonitinha, uma falsa sensação de segurança sobre uma linha fina e frágil chamado relacionamento, quantos caras casados e com vidas perfeitas já beijaram meus pés!? Perdi as contas, todos eles enchiam a boca de palavras doces para mim e com a mesma falsidade falava o mesmo para suas famílias, mas ao contrário do que muitos acham não tenho inveja de ser o amante.

_ Quem é seu dono sua cadela! - falou aquele alfa idiota achando que manda em algo.

_ você, vai! Haaaa! - talvez eu pudesse ser um ator famoso por que eles sempre caem nessa. Ser um ômega de programa é divertido, eu já vi de tudo um pouco, fetiches que até mesmo eu duvidava existir, mas também aprendi na prática a fazer qualquer alfa lamber o chão onde piso, não é atoa que muitos me procuram.
Alfas são previsíveis, alfas são territorialistas e Alfas são luxuriosos, sou um ômega solto e isso os atiça para poder fazer de mim uma posse, mas eu não posso ser possuído me tornando um desafio, cada alfa com quem já deitei tentando provar para o próximo que é superior, que é melhor e que eu sou mais submisso há ele, mal sabem que nesse jogo quem dita as regras sou eu!

_ Nathan! Esta me ouvindo? - falou Amelia, uma colega de quarto ômega também, mas ao contrário de mim ela acredita nessa asneira de amor e esta prestes a se casar e morar com um Alfa x qualquer.

_ Estou ouvindo! - falei tragando meu cigarro.

_ O que eu falei?

_ Que o banana do teu noivo está vindo aqui para comer com a gente e você quer muito que eu o trate que nem gente. - falei baforando em sua cara.

_ Você é um idiota sábia!

_ Tenho consciência disso e é o que me mantém sã até hoje! Por algum acaso você mencionou que mora com um ômega prostituto? - Amélia ainda era jovem e muito ingênua no meio de seus 22 anos, felizmente não posso falar que entendo, estou nesse inferno desde meus dezesseis anos mesmo agora com 28 ainda não vi nem um Alfa que pudesse ser minimamente diferente.

_ Heee... Não com essas palavras...

_ Imaginei! Apenas espero que tenha feito uma escolha melhor dessa vez. A campainha tocou e saltitante Amelia correu para atender, eu apenas joguei meu cigarro da sacada e pensei comigo mesmo em quantas formas diferentes essa noite seria um desastre e assim que olhei para quem havia entrado eu me segurei pra não rir, eu já sabia exatamente como isso iria acabar, principalmente pela cara que ele fez ao me ver, talvez se eu fosse uma alma penada teria deixado ele menos branco e mais confortável.

_ Nate esse é o Yuri, Yuri esse é meu colega de casa e quase um pai Nate. - disse Amelia ainda não sentindo o clima pesado o suficiente para ser quase palpável.

_ Eu não sou tão velho assim! - Fazendo um sorriso irônico, pois estava segurando com todas as minhas forças uma risada entalada em minha garganta, falei com cinismo. - Ola Yuri! Prazer em conhece lo, Amelia fala muito de você, engraçado acho que já te vi em algum lugar!

_ Ha... Normal me dizem muito isso, tenho o rosto muito comum. - acho que essa noite vai ser animada. O jantar esta servido na mesa, Amelia não era de longe uma cozinheira, por isso eu que fiz, um delicioso estrogonofe com arroz e batata palha, minha especialidade.

_ Esta muito gostoso seu jantar amor. - falou o Embuste.

_ Obrigado fico lisonjeado. - respondi sorrindo irônico e apreciei a visão do escrementissimo engasgar.

SMELLESSOnde histórias criam vida. Descubra agora