Poliana,O amor é guerra- Joliana.

Capítulo 19- João quer trabalhar.

João queria arrumar um emprego para ganhar dinheiro,ele queria juntar dinheiro porquê tinha um projeto que pretendia cumprir,mas ele pensava em qual emprego ele trabalharia mas ele teve uma ideia:

(Por João)

Eu quero arrumar um emprego mas eu vou trabalhar de quê?!
Ahh sim esse emprego tem que ser segredo,não vou dizer nem pra tia Ruth e nem pro Bento.

Eu estava pensando em qual emprego eu ia querer,será que vão me aceitar?! Sou menor de idade e tudo mais...
...lembrei daquele Supermercado grande chamado Casa do Norte,tia Ruth disse que lá vende todo o tipo de coisa lá do Nordeste,chapéu de couro,rapadura...ela disse que tem de tudo,mas a gente só passou lá,nós nunca entramos mas vou lá quem sabe não me dão um emprego.

E lá eu fui eu entrei e pude ver...é como se fosse outro mundo,um mundo que eu estava acostumado,tinha redes coloridas penduradas pra vender,tinha artesanato em um cantinho no chão com bonecos de cangaceiro e baianas todos de barro,tinha bebedouros de água em forma de bode eu achei engraçado já que eu nunca tinha visto,tinha chinelo de couro,tinha chapéu.

Segui andando maravilhado com o que eu tava vendo,comecei a sentir cheiro de comida e cheguei em um grande pátio vendiam todos os tipos de comida lá do nordeste,acarajé,baião de dois,buchada,canjica,pamonha,cuzcuz manguzá,broa,cocada,pé de moleque...

Comprei um pratinho de canjica e uma xícara de café,ahh que cheiro do nordeste,saudade de mainha e até do bruto do Tião...
Comi aquela canjica e a cada colherada e gole do café bem forte...café batido eu fechava os olhos e me imaginava lá na minha terrinha.

Depois de ter comido eu lembrei do que eu não podia esquecer,eu tava atrás de um emprego.
Saí andando e lá eu vi um grupo de homens  tocando um forrózin do bom,eitaaa...eu até arrisquei uns passinho,eu ainda ouvi eles tocarem umas três músicas e percebi que um homem dos que tocava sanfona tinha uma bodeguinha ((um mercadinho bem pequeno onde a maioria das coisas que vende são antigas)).

Eu fui até ele e pedi.

-por gentileza o senhor pode me dá um emprego?! ~~(eu perguntei e ele me olhou estranho)~~

-...é brincadeira garoto? ~~(ele pergunta meio bruto)~~

-é não sinhô,tô querendo arrumar um serviço! ~~(eu disse)~~

-mas eu não tenho dinheiro pra te pagar! ~~(diz ele)~~

Eu fiquei um pouco pensativo,eu preciso de dinheiro...
Mas meus olhos fixaram-se na sanfona,eu abri um sorriso,eu tenho que ser melhor que o Bento...eu tenho que vencer a competição do final do ano.

-não precisa me pagar!... ~~(eu digo e ele me olha sem entender)~~

-o senhor toca sanfona néh?! então me ensine,eu trabalho ajudando o senhor na bodega e o senhor me ensina a tocar essa sanfona! ~~(eu digo tocando nos teclados da sanfona que estava debaixo do braço dele)~~

-quer mesmo aprender a tocar sanfona?! ~~(ele pergunta)~~

-sim sinhô! ~~(eu digo)~~

Ele se levanta do tamborete ((um baquinho de madeira)) segurando a sanfona.

-tu aguenta mesmo o peso de uma de cento e vinte baixos?! ~~(ele pergunta e eu olho para aquela sanfona cheia de botões,parece difícil tocar isso mas se tiver quem me ensine eu sei que eu aprendo ligeiro)~~

-sou cabra macho arretado,aguento tudo! ~~(eu digo)~~

-então tá certo,você trabalha pra mim e eu te ensino a tocar essa sanfona! ~~(disse ele)~~

Naquele mesmo dia eu ajudei ele a colocar os preços em algumas mercadorias e ele me deu a sanfona para eu segurar,ela é pesada mesmo mas quando coloquei as alças e segurei ela entre os dedos eu me senti como um sanfoneiro daqueles que são bons mesmo,como meus conterrâneos lá do Nordeste.

Ele me ensinou onde eu tinha que apertar,me ensinou o jeito certo de segurar e eu fui prestando atenção em tudo o que ele ia me ensinando.

Consegui o emprego,mas eu não disse nada pra tia Ruth,enquanto ela ia trabalhar de Tarde na Ruth Goulart e o Bento ficava lendo,estudando ou tocando piano eu saia para trabalhar e aprender a tocar sanfona.

RESULTADO DA BATALHA DE HOJE: Vitória do João por ter conseguido emprego e do senhor por ter conseguido um empregado.