Meu quarto estava escuro e frio. O blecaute atrás das cortinas brancas tapava qualquer claridade além da minha janela vinda da noite. O único objeto que impedia o cômodo apertado de ser banhado pelas sombras eram as minúsculas estrelas coladas em meu teto, brilhando meio esverdeadas, quase apagadas.Encarava os pequenos pontos luminosos acima de mim e tentava — a todo custo — não entregar-me aos pensamentos ruins que tentavam me consumir. Ruins do tipo maquiavélicos, perversos... sujos. Eu os alimentava, dava combustível para que continuassem, mas lutava arduamente contra mim mesmo para que a coragem de colocar em prática as ideias imundas que impregnavam minha pele não passassem disso: ideias.
Podia me imaginar de joelhos contra o piso gelado de madeira, arrastando-me pelo corredor enquanto tentava aplacar o receio das farpas que agarravam no meu moletom enquanto eu rastejava em direção ao proíbido.
A tentação era tanta, que meu colchão não parecia mais confortável. Revirava-me nele, embolando os cobertores em meu corpo ao mesmo tempo que tentava tirar da minha própria vista a visão vergonhosa do meu pau duro só por querer ir até o quarto da minha prima.
Nas minhas fantasias, ela não era tão diferente quanto na vida real. O rosto angelical e delicado era dono de traços travessos e diabólicos. Olhos maliciosos assim como o sorriso que ela gostava de vestir. Eu… eu me rendia a cada um deles. Cada um dos detalhes.
Idealizei o modo como ela estaria em seu quarto. Certamente, lá não seria tão escuro quanto o meu. Imagino suas cortinas abertas, pouca luz noturna entrando pela janela. Consigo me ver espiando pela porta e ela tendo ciência disso. Sua íris verde quase não apareceria, as pupila dilatadas iriam denunciar sua excitação.
Penso em Sakura deitada, os peitinhos pequenos nus e contraídos, durinhos, rosadinhos. Uma de suas mãos estaria dentro da calcinha, se remexendo forte no interior, massageando rápido, dedando com força. Eu ouviria o som melado vindo do meio de suas pernas, ouviria os gemidos finos, sua voz rouca sussurrando meu nome como uma prece:
Sasuke…
Eu já não estava mais no meu quarto. Minha imaginação já havia consumido meu corpo, meus pensamentos, cada movimento e me levado para o outro lado do corredor. Estava agora com Sakura, vendo-a se masturbar bem na minha frente. A calcinha dela já estava na minha mão, enrolada. A parte interior, eu coloquei virada para o outro lado. O tecido estava babado, úmido dela. Esfreguei aquilo na cabeça do meu pau como se não fosse doentio.
Consigo escutar seus sussurros de prazer; a forma como ela diz que está gostoso e falta pouco para chegar lá. Consigo ouvir ela falando que está molhada, que quer me chupar, que faria como eu quisesse.
Essa era a diferença da Sakura real e a Sakura imaginária, criada pelo pecado que corria furioso pelas minhas veias.
Minha prima certamente não faria o que eu quisesse. Ela via o desejo em meu olhar e gostava disso. Gostava de me ver passar fome. Era diabólica, não como eu, mas ainda sim, perversa.
Sua imagem bebendo água ainda estava carimbada em minha mente. Suas roupas pareciam ser feitas para me intrigar e instigar. A pele… a pele dela pedia a marca dos meus dedos.
Diferente do início dos meus pensamentos sujos, agora, Sakura não estava mais de frente, de barriga para cima sobre a cama cama. Agora, ela montava em um travesseiro e a luz do quarto pareceu mais intensa. Pude ver sua bunda redonda empinada em minha direção enquanto ela se esfregava contra o tecido, indo e voltando, separando com as mãos as bandas de sua bunda para me dar o privilégio de ver sua pequena entrada piscando em minha direção ao mesmo tempo que cavalgava no travesseiro fofo.
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West (Sasusaku)
FanfictionMorada da hipocrisia exacerbada e imoralidade velada de boa vontade, West, uma cidadezinha cinza e nublada, tem traços de gerações construídas com base em mentiras e inveja. A Matriz de São Constantino, fora por muitos anos a máscara que encobria a...