When I Meet You | Bryce Hall

10 • bad memories 🦋

— Então vou ficar fora por 4 dias no próximo mês. — Conto ao Ryan.

Era um final de semana comum, estávamos andando pelas ruas vazias da minha pequena cidade.

— Como vou sobreviver? — ele coloca a mão no peito, me fazendo rir.

— Também não é assim!

— Você não me disse que tinha tido uma experiência ruim em Los Angeles? — ele relembra de quando contei para ele sobre os meninos.

— Sim, mas eu não tenho escolha... Se eu não for será descontado de mim. — explico. — Mas irei precisar de um favor seu...

Ele me olha.

— Que fique com Lucky para mim, tenho certeza que ele vai se divertir muito com sua irmã. — Ryan tinha uma irmã bem mais nova, ela me adorava e toda vez que eu aparecia por lá ela vinha direto em mim.

— Faço esse esforço por você! — ele deixa um beijo em minha testa.

Eu gostava de estar com Ryan, ele era bem carinhoso comigo, mas eu nunca o havia levado até minha casa nesses quase dois meses que estamos juntos, não me sinto confortável com meu pai lá. Já eu, passo quase o final de semana todo na sua casa, seus pais são bem simpáticos e quase não param em casa, então ele acaba tendo que cuidar da sua irmã.

...

— Telefone para você, Liv! — ouço meu pai gritar da sala, eu estava em meu quarto.

Levanto um pouco rápido, eu não estava esperando ligação de ninguém, Ryan tinha meu número de celular.

— Oi?

— Graças a Deus, você está viva! — ouço a voz feminina do outro lado da linha.

— DIXIE? — pergunto animada.

— Por deus, Liv, eu tive que entrar escondida na sala do Bryce e procurar pelo seu telefone no notebook dele... — ela diz aliviada.

— Você é louca? — gargalho. — Eu estava pensando em você esses dias, mas não tinha nenhuma maneira de entrar em contato, ainda bem que ligou!

— Se Bryce souber que entrei no computador dele, ele me mata, mas foi por um bom motivo... Enfim, como você está?

— Estou bem, Dixie e você... e Noah? — pergunto com receio, eu queria perguntar dos meninos no geral.

— Estamos bem, os meninos também, se é isso que quer saber! — ela ri.

— Bom, preciso te contar uma coisa, mas também preciso que não conte a eles.

Ela faz um barulho com a boca pedindo que eu continuasse.

— Vou para Los Angeles mês que vem a trabalho. — digo.

— Não acredito, Liv, eu posso te encontrar? — Ela quase grita do outro lado.

— Que pergunta besta, claro! Aliás comprei um celular, podemos trocar mensagens até lá. — sugiro. — Não passe para ninguém.

Ela concorda, então passo meu número, conversamos por mais alguns minutos e logo desligamos. Acabo conversando com ela pelo celular o resto do dia, era bom ter uma amiga, combinamos de sair qualquer dia que eu estivesse lá depois que o evento acabasse, às 22h.

...

— Cuide bem dele, Deby! — faço carinho em Lucky que fica sentadinho ao lado dela.