Esse Maldito Inferno.

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- Izu-Kun! não pare agora! estamos quase lá! - o moreno dizia enquanto levantava uma barra com 20 kg em cada lado, somando 40 kg - Eu estou cansado, Enji. - o esverdeado estava tremendo pelos esforço de levantar um peso de 30 kg.

- Eu sei que você consegue, vamos! temos que cumprir a meta! - ele disse por fim tacando o peso no chão e indo ajudar o irmão - Vamos, levante de novo! - ele disse se pondo atrás do irmão, analisando seus movimentos, o esverdeado mesmo estando cansado entrou na pilha do outro e logo, seu cansaço caiu por terra, assim ele levantou o peso de novo, mas dessa vez sentiu o irmão tocar suas costas ajeitando sua postura, e separando um pouco mais suas pernas - Assim você não vai se cansar tão rápido, Izu-Kun! - ele disse bebendo um pouco de sua água, assim a tarde se seguiu, até os dois estarem exaustos, eles mal conseguiram tomar um banho sem dormir ali mesmo.

Após a sessão, eles se arrastaram até em casa, mesmo que a mãe deles insistisse que eles voltassem de carro, os dois diziam que a caminhada longa, apesar de dolorosa e cansativa, iria ajudar no treinamento, e claro o pai dos garotos concordava.

Kirishima era praticamente a cópia do pai, energético e alegre, apesar do próprio pai ser mais chorão que o mesmo, ainda era um mistério como ele conseguiu o cargo de comandante do exército do país tendo um coração tão mole.

Após a caminhada cansativa até a mansão, e até a porta da mesma, foram recebidos por seus pais, poderiam se ver estrelas nos olhos do mais velho após ver os filhos todos suados, cansados de um treinamento rigoroso e exaustivo, para ele, aquilo só mostrava que os meninos tinham garra e eram esforçados, isso era o ápice da virilidade! já a mãe dos meninos os olhava preocupada com o bem-estar dos garotos, e logo ela empurrou o marido da frente e acolheu seus pequenos 'filhotes indefesos', a mais velha distribuía vários beijos pelas bochechas e testas dos garotos e os enchiam de perguntas sobre como se sentiam, ou sobre algum possível ferimento.


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- MÃE! PAI! - o moreno gritava enquanto era puxado á força por um dos mordomos da familia, seu irmão era carregado por um guarda costas, o mesmo não tinha força para nada além de chorar compulsivamente, os dois eram arrastados para longe de sua casa em chamas, enquanto os adultos os confortavam, dizendo que eles voltariam, eles sempre voltavam. 


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- Midoriya! oque aconteceu? - o bicolor perguntou enquanto seguia os passos apressados do outro soldado - Não enche. - o esverdeado disse por fim, lançando um olhar de puro ódio e nojo para o outro, que parou na mesma hora, enquanto fitava o outro entrar em seu dormitório e bater a porta com força. 

Eu não quero mais ter que aturar esses desgraçados, mentirosos, interesseiros.. eles só estavam perto dele pelo cargo dele não é? nenhum deles se importava, ninguém realmente se importou com a morte dele. Eles parecem abutres, sempre indo em busca de quem possa faze-los ter uma vantagem, mas quando a mesma se encontra abaixo deles, eles negam-se a ajuda-lo, todos os favores, todos os momentos, todos os laços, tudo é apenas uma ilusão nesse inferno, e esses demônios estão apenas em busca de poder, consumindo seus semelhantes no processo.

E nenhum deles se importa, ninguém se importa com isso, anjos aqui morrem e ninguém dá falta, apenas partem para a próxima fonte de poder, sempre estando em constante guerra uns contra os outros, e eles amam isso, são fodidos masoquistas.

Arrumei minhas malas, apenas levando todos os presentes do Capitão nas malas, e alguns mantimentos e claro, meu dinheiro, olhei para o porta retrato no meu criado mudo, aquela foto estava estragada, mas eu vou consertar, eu vou consertar tudo isso.

E com isso retirei a foto de dentro do porta retrato, rasgando todos os demônios que estavam conosco, mas.. ainda sobrou um.

- Bakugou.. estorvo maldito, está sempre estragando tudo. - por fim peguei uma caneta e risquei o rosto do mesmo, vai ser uma solução provisória, pelo o menos até eu recortar e colar, assim tirando essa erva daninha, saio com minhas coisas, e um revolver na cintura, não é o ideal, mas ultimamente nada está no ideal.

Saio carregando minhas malas, e uma vazia, ainda vou tirar as coisas do Kirishima de lá, elas não pertencem á ele, ignoro Todoroki o caminho todo, não estou com paciência agora, espero que ele entenda antes de levar um soco na cara, pelo o menos o desgraçado ficou quieto desde o caminho dos dormitórios até a tenda do Capitão, não a tenda do Bakugou, a tenda do MEU Capitão, a tenda do MEU irmão. 

E como a cadela que o Todoroki é, ele saiu para avisar o seu dono de que eu estava ' invadindo' sua tenda, pelo o menos ele me deixou sozinho, entro pegando as coisas do Enji e colocando na mala, bem, ele não tinha muita coisa, peguei os dois bonecos que o nosso pai fez para nós quando erámos menores, isso tudo por que o Enji queria ter um boneco seu, de fato, esse boneco é igualzinho á ele, sinto inveja desse meu eu, ele ainda tem o seu Enji, eu perdi o meu, e a culpa é toda minha.

Pego com cuidado os dois bonecos, eles foram feitos quando ainda éramos mais jovens, nós tínhamos 12 anos na época, o rosto sorridente é igual ao dele, o escultor soube capturar cada detalhe dele, eu também exibo um sorriso, eu lembro de estar nervoso quando fomos tirar as fotos, o Enji me ajudou, e enquanto ele tentava me animar fazendo brincadeiras estúpidas o fotografo capturou meu sorriso.

Poderíamos ter criado mais lembranças.. guardo minha pequena versão junto da do Enji, me certificando de coloca-los dentro de suas caixas e depois com cuidado, encaixa-los na mala, Bakugou já se livrou da maior parte das coisas do Enji, tudo oque restou eu peguei, até as roupas, incrivelmente, elas ainda tem o cheiro dele, aquele demônio ainda não as profanou.

Saio da tenda, e me deparo com o líder desse inferno, o grande e poderoso Katsuki Bakugou.

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Chame o meu nome. (Kiribaku // Bakushima)Onde histórias criam vida. Descubra agora