Baejin fitou o menor por alguns segundos enquanto alimentos escorriam pelo seu corpo, sendo seu rosto a área mais danificada. Não mostrou uma reação negativa e permanecia como um robô sem funcionamento. Houve uma rápida comoção de guardas a sua volta e só voltou a realidade quando assistiu Daehwi ser puxado para trás, sendo jogado em direção ao chão e sendo imobilizado por um guarda duas vezes maior que seu tamanho.
— Você ama bagunçar aqui dentro, não gosta? Vamos ver se você gosta de uma brincadeira um pouco mais elétrica, Detento.
O guarda pronunciou utilizando um tom sarcástico e fisgou uma minúscula arma de choque do interior de seu uniforme, a mantendo ligada próximo a pele pálida do menor. JinYoung envolvia-se em um manto de desespero, não seria capaz de vê-lo ser penalizado a sua frente.
— Solte ele... Solte o Daehwi!
Gritou, provocando a atenção de todos os presidiários presentes ali.
— Apenas deixe-o ir. Eu realmente não estou incomodando.
Todos, inclusive os guardas, pareciam desorientados com a declaração resultante de Bae. Como autorizaria o menor ir embora após criar mais uma confusão, mesmo sabendo que supostamente ele faria novamente?
Pouco a pouco foi aproximado a arma contra o menor que mantinha-se em silêncio ao chão. O guarda, Baekho, largou uma gargalhada em meio aquela situação e saiu de sua posição, mantendo-se em pé.
— Não se preocupe, JinYoungie... não irei machucar o seu garoto, apenas irei colocar ele na linha.
Avizinhou Bae com passos discretos e silenciosos, seu olhar é atendo em cada minúscula área recheada de comida, seus lábios formando um sorriso contente que zoam a aparência realmente detestável do outro.
— Mas, Baejin... Você só pode estar louco... não é? Você se esqueceu que estamos em uma prisão? Ah... é realmente uma pena, mas quem dá as ordens aqui sou eu e não você.
Com uma única movimentação feita pelas suas mãos, guardas pegam o menor do chão e o fixam em pé, o mantendo em frente a face violada de JinYoung. Todos os demais encaram a cena desagradável, amaldiçoado a forma repugnante como Daehwi e Bae estavam sendo tratados.
E mesmo que Daehwi estivesse errado, o punir de forma tão violenta não era a forma correta de fazê-lo se arrepender.
— Você vai limpá-lo, Daehwi. Eu não quero ver uma sujeirinha no JinYoung, ou sua punição estará apenas começando.
Baekho é sério em suas palavras. Agarrou com força o rosto do outro e o apertou ainda mais, agora exibindo toda a autoridade que tinha.
JinYoung estava preocupado. Não existe um bom relacionamento entre ele e Daehwi, mesmo que seu coração anseia por isso. O sentimento ruim que os rodeia, os pensamentos desagradáveis que o menor tinha ao vê-lo, Ah... Baejin apenas desejava que tudo fosse apenas um péssimo pesadelo.
— Humilhar o Daehwi dessa forma para se sentir ainda mais superior só me mostra o quão vazio você é por dentro, Baekho. Isso é... sujo demais.
E agora, estando prestes a ficar sozinho com o mesmo, Bae exclusivamente pensava em se ajoelhar, segurar as mãos frágeis de Daehwi e lançar mil e uma desculpas. Desculpas que nunca serão suficientes, pelo menos não para recuperar as perdas que o menor teve em sua vida.
[...]
Após o ocorrido, JinYoung e Daehwi foram levados à uma sala amplamente escura, sem uma única janela e sem uma luz fixa no teto. Guardas depositaram uma lanterna na porta e a fecharam, observando os dois do lado de fora.
Daehwi carregava com si um lenço e uma garrafa de água em temperatura ambiente. Permaneciam ajoelhados frente a frente, aguardando o tempo passar.
— Ainda não começou, Daehwi?
Murmúrios e risos foram ouvidos do lado oposto da sala e o menor rapidamente sentiu seu corpo soltar espasmos de terror. A voz de Baekho era capaz de fazê-lo refém do medo, do grande receio do futuro desconhecido que o encontraria assim que cruzasse aquela enorme porta em minutos.
Daehwi só desejava um período de isolamento, sem Baekho, sem JinYoung... apenas a si mesmo. Seus pecados eram tão graves para merecer tudo isso de uma só vez? O quanto mais seria necessário para se livrar de todo esse peso?.
— Eu sei que é completamente impossível anular o nosso passado, Daehwi... mas, seria egoísta eu pedir o seu perdão?
O silêncio tomou conta da sala mais uma vez.
Daehwi manteve-se quieto, com um olhar perdido em direção ao chão. Por sua vez, JinYoung mantinha-se atento ao outro, seu coração batendo de modo loucamente frenético.
— Hyung... Como eu posso perdoar você?
Daehwi despejou a água mantida na garrafa sobre o lenço, umedecendo o mesmo por completo. Com um movimento parcialmente sutil foi higienizando as roupas superiores de JinYoung, mantendo-se focado em retirar uma mancha por vez. Sua cabeça permanecia sem pensamentos, não planejava gastar o restante de seu tempo com a trágica história passada relacionada a pessoa diante de si.
— Mesmo não estando no seu lugar, mesmo não sentindo o que você sentiu... eu tenho ideia de que é difícil, Daehwi... muito difícil.
JinYoung estava certo.
Ele não sentiu absolutamente nada com tudo isso.
E esse era o grande problema. Suas desculpas nunca seriam o suficiente, não existe nada capaz de camuflar aquela forte angústia. Nem mesmo a palavra mais doce do mundo.
— Se você tivesse ideia do quão difícil é... você nem teria começado esse diálogo entre nós, Hyung.
Foi a vez de JinYoung permanecer em silêncio.
Era compreensível. Ele sabia que torturava o menor toda vez que aproximava-se, ou toda vez que o olhava. Bae era a migalha de vidro espalhada pelo chão que dificultava a passagem de Daehwi.
Mas, existe outra alternativa?
JinYoung não poderia pensar em Daehwi longe de si. A sensação era estranhamente cruel, como se o menor pertencente a uma galáxia distante e impossível de ser alcançada.
Portanto, sendo torturante para ele ou não, Bae continuará próximo ao menor.mesmo que as chances de tê-lo para si sejam de 1%.
— Não existe uma borracha capaz de apagar tudo o que fiz, não é? Eu cometi muitos erros, Daehwi, e o pior deles foi magoar você... a pessoa mais importante que eu tinha na vida vida. Mas, pedindo outra vez, é completamente injusto eu querer o seu perdão?
JinYoung reuniu toda a coragem que ganhou nos messes aprisionado e agarrou com cuidado o rosto pálido do menor. Seus olhos castanhos ainda brilhavam como antes, e sua feição assustada era incrivelmente adoravel. Bae sorriu e esfregou o polegar na região.
— É completamente injusto eu querer te beijar?
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I̶r̶o̶n̶ ̶D̶o̶o̶r̶
FanfictionLee Daehwi foi sentenciado a poucos meses de prisão em uma delegacia Federal no centro de Busan. Mas ele conseguirá se adaptar ao ambiente quando o indivíduo responsável pela sua condenação não ficará a menos de um metro e meio de distância? ➤ JinHw...