Astronomy [Season 2] • Billie Eilish [G!P]

04; Photos

"...Guilty or innocent
My love is infinite, I'm giving it..."

All For Us by Labrinth

"...Culpado ou inocente
Meu amor é infinito, estou dando..."

Desperto em um pequeno susto por conta das lembranças que inundavam meus sonhos todas as noites os transformando em pesadelos. Agonizantes, deprimentes.

Apoio o peso superior do meu corpo em meus antebraços e encaro o relógio sobre a pequena mesa de cabeceira ao lado da cama.

Apesar de ter desligado acordo mais ou menos quarenta minutos antes da primeira aula daquele novo semestre. Fecho meus olhos respirando fundo, estava retoricamente bem apenas com uma leve dor de cabeça causada pelo álcool.

Saio debaixo das cobertas sentando na cama por um momento, na tentativa de trazer minha alma de volta para o meu corpo por mais que no fundo nunca quisesse que isso realmente acontecesse, encaro Maeve que estava dormindo na mesma posição desde a última vez que a olhei.

Seu sono demonstrava estar pesado e quando acordasse muito provavelmente teria uma ressaca horrorosa. Acordando ou não para as aulas ela estaria em um péssimo estado e juntando isso com o fato de não saber seu cronograma a deixei dormir e levantei de vez.

Pego uma muda de roupas que conversassem entre si mas que não deixassem de ser largas e confortáveis. Me tranco no banheiro e encaro minha feição no espelho, reviro os olhos e ajeito meus cabelos em um coque manual. Lavo meu rosto e escovo meus dentes antes de tomar uma ducha rápida de água gelada para despertar totalmente.

Enxugo meu corpo com certa pressa e visto as peças escolhidas, pego as correntes e anéis deixados sobre a bancada na madrugada e as coloco. Solto meu cabelo o desembaraçando, a cor escura me deixava longe do retoque por muito mais tempo do que o tom verde água e agradecia.

De repente as cores de cabelo que já tive viraram marco de fases e momentos. Queria acreditar que estar com preto demostrava dor, demonstrava um silencioso pedido desesperado de ajuda, que demostrasse angústia mas que ainda assim tinha uma pitada de esperança que algum dia pudesse deixá-la para trás.

Deixo sobre a bancada a máscara de cílios e o corretivo passando o Aquaphor sobre meus lábios antes de sair dali.

A castanha continuava dormindo sem ter mexido nenhum milímetro de seu corpo. Escolho um par de tênis no closet e o coloco apressadamente puxando o velcro. Jogo minha mochila sobre um dos meus ombros, retiro o celular do carregador e desbloqueio.

Divido atenção com o mesmo enquanto abria a porta e saia a fechando em seguida. Saio do prédio da fraternidade respondendo algumas mensagens em uma lenta digitação.

Mostro minha identificação e deixo o campus, respirando o ar completamente fresco. Passo em uma farmácia, um pouco distante para ter mais tempo de caminhada, e compro um analgésico já na volta entro em uma cafeteria e peço um café para viagem.

Ingiro o comprimido com o mesmo enquanto retornava ao campus. Apresento minha identificação novamente e passo a catraca, jogo o copo vazio em um lixo próximo e sigo para o prédio de aulas.

O professor vinha logo atrás de mim no longo e largo corredor. Adentro a sala com o senhor de meia idade ao meu encalço, sento na mesa de costume e apoio meu rosto na mão.

Meu irmão me colocou no curso de moda, vivo falando para ele que odeio isso mas na verdade muitas das coisas que aprendi me deixaram incrivelmente fascinada. Me concentrei no Sr. Jefferson ele falava sobre a história de alguma das marcas mais famosas do mundo da moda atual,  contava a história de criação da mesma desde seu primeiro esboço.