Existe uma lenda que diz que o ser humano perfeito tinha quatro braços, quatro pernas e duas cabeças. E que os deuses com inveja de sua perfeição o dividiram, mas sua alma...Essa continuou sendo uma só.
Notas: Olá pessoal! Voltei com mais uma fanfic de Mewgulf, pois hoje é um dia muito especial: O aniversário de 2 anos que eles se conheceram <3 <3
Desejo aos Mewgulf mais muitos anos juntos e que esse amor de outras vidas continue crescendo e se fortalecendo a cada ano!
Agora sobre a fanfic:
Ela é inspirada em uma lenda sobre chamas gêmeas, houve muita pesquisa de minha parte para a construção de muitos momentos.
Eu vou falar principalmente sobre a conexão de almas e isso inclui falar sobre vidas passadas.
Essa fanfic pode conter temas pesados como preconceito, morte e depressão. Por isso peço que tomem cuidado e se não se sentirem bem lendo alguma parte não insistam na leitura, garanto que a historia permanecerá tendo sentido mesmo que precise pular essas cenas, mas qualquer coisa basta me procurar.
Vamos ao capítulo!
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Há uma lenda grega que diz que no início dos tempos havia humanos perfeitos. Esses continham quatro braços, quatro pernas e duas cabeças. No entanto, essa perfeição incomodava os deuses. Humanos não podiam ser perfeitos, não podiam ser melhores que eles.
Zeus, invejoso, então ordenou a divisão de seus corpos, pois divididos eles não seriam mais perfeitos, e afastou suas metades no intuito de que elas não pudessem voltar a se encontrar.
A crueldade de Zeus se fez pior do que ele imaginou, pois apesar do corpo ter sido dividido, a alma de ambas as partes continuava sendo a mesma e elas só tornariam a se sentir completas de novo quando se reencontrasse.
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1941 – Alemanha
Havia muito barulho. O som de passos era ouvido com frequência, assim como o som de pessoas gritando se misturava aos disparos de metralhadora, por diversas vezes um zumbido ensurdecia tudo para que o som de uma explosão se fizesse presente. Por essas vezes ele se jogava no chão e rezava para estar afastado o suficiente.
Em seu rosto sujo podiam ser visto grossas lágrimas escorrendo. Precisava proteger o outro homem que agora não sabia onde estava e precisava proteger a si próprio.
— Calma! — sussurrou para si mesmo e olhou para tudo ao seu redor — Ele está vivo, eu posso sentir! Por favor, por favor...
— Gulf! — ouviu uma voz masculina gritar.
Sorriu em alívio, se escorou na parede que lhe servia de muro e gritou em plenos pulmões:
— Aqui!
Em poucos segundos um homem alto, forte, com uma cicatriz no rosto, que passava pela sua sobrancelha e sua bochecha esquerda, uma metralhadora presa as suas costas e roupas de militar abaixou ao seu lado chorando. Beijou todo seu rosto não se importando com a poeira presa ao mesmo.
