Capítulo 49

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Estava junto com Daryl, Carol e Rick do lado de fora de Alexandria, junto de uma casa abandonada

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Estava junto com Daryl, Carol e Rick do lado de fora de Alexandria, junto de uma casa abandonada. Estávamos traçando um plano caso as coisas corressem mal na comunidade, mas quantos menos de nós soubéssemos, melhor.
Me mantive afastada, claro que aquilo ia dar errado. Aquele lugar era a coisa mais estranha de sempre.
Carol matou um zumbi, que se aproximava, já que ela deveria estar aprendendo a atirar, mas ele tinha um W cortado na cabeça. Olhei em volta, pronta a matar quem estivesse ali.
- Que merda é essa? - Perguntou Daryl. - Vou dar uma olhada por aí.
Olhei ele e assenti. - Irei regressar com Rick e Carol. É melhor.
Ele assentiu, me sorriu e eu segui nossos amigos.
Caminhei por Alexandria junto com eles, tentando nos misturar com tudo aquilo.
- Tem de ser hoje. - Falou Rick.
- Eu posso ir.
Olhei Carol. - Como sabe onde é?
Ela me sorriu. - Fui buscar coisas para as cookies para a festa de hoje e vi onde guardam as armas.
- Legal. - Sorri.
- Posso ir também. - Falou Rick.
- Não, todos estarão atentos a você, é o novo policial e é o líder do nosso grupo.
Rick me olhou. - Não podemos usar o Daryl, nem a Eva, estão seguindo todos os seus passos.
Assenti e Carol sorriu e fingiu que me entregava alguma coisa. Vi que era um colar, e ela piscou o olhou para mim. Sorri, fingindo.
- Eu vou. - Ela falou. - É fácil ser invisível aqui dentro.
Carol se afastou e Rick parou, me olhando. - Conta para o Daryl quando ele chegar. Vai na festa?
Eu ri. - Claro que não. Esse sítio é estranho. Além disso, Daryl não irá.
Rick riu e balançou a cabeça. - Certo. Te vejo depois, então.
Fiquei vendo Rick se afastar e mordi meu lábio. Cada vez concordava mais com Sasha sobre tudo aquilo, mas tinha de continuar, era o que eu sempre fazia. Continuar.
- Pensando?
Olhei para trás e quase bufei de raiva. Lá estava ele, parado na frente da nossa casa, me olhando.
- Aiden.
Ele sorriu. - Você lembra.
Cruzei os braços sobre o peito. - É, costumo lembrar do nome de pessoas que odeio. Sabe, para poder ameaçar depois.
Ele riu e deu um passo em frente. - Certo. Eu esqueço que você vem de fora dos muros.
Sorri. - Graças a deus. Sabe? Sobrevivo sem uma festinha sem graça.
- Você não gosta daqui, pois não? Isso não é a sua praia.
Fiquei encarando e Aiden deu mais um passo na minha direção. Coloquei a mão atrás, na catana e ele sorriu e ergueu as mãos.
- Eva, você pensou no que eu falei?
- De jeito nenhum.
Ele colocou as mãos para baixo. - Você está com o Dixon? Tipo, pra valer? É sério?
Olhei ele, sentindo vontade de matar. - É meu amigo. - Rosnei.
- Ah... Amigo. - Sorriu. - É bom saber.
- Não será bom quando minha catana tiver um encontro imediato com seu pescoço.
Passei por ele, trombando no seu ombro, e entrei na casa onde tínhamos ficado, subindo no quarto. Olhei pela janela, vendo que Aiden continuava ali.
- Miserável. - Rosnei.

Quando Daryl regressou, já com o sol desaparecendo, escutei ele andando pela casa e depois subindo as escadas e abrindo a porta do quarto. A gente dividia o quarto, já que ele não se misturava com ninguém e eu não queria ficar sozinha, e tinhamos improvisado uma cama para Daryl.
Eu estava sentada na janela e ele me olhou.
- Até que enfim. Pensava que tinha de sair atrás de você.
Ele sentou na minha cama. - O que houve?
Suspirei e revirei os olhos. - Como você sabe que tem alguma coisa?
Daryl deu de ombros. - Conheço você melhor do que você imagina, Sanchez.
Sorri. - Aiden.
Ele me olhou e eu conhecia aquele olhar. - O que ele fez?
Dei de ombros. - Nada que deva ser levado a sério. Aiden ando testando minha paciência.
Daryl continuava me olhando e mexeu um ombro. - Posso dar um jeito.
Sorri e balancei a cabeça. Levantei, deixando a catana para trás e retirei a besta de Daryl. Ele me olhou, confuso, e estiquei a mão para ele.
- Vem. Vamos dar uma olhada.
- Eva, eu não...
Puxei ele e obriguei a levantar. - Iremos apenas ver. Não iremos entrar.
Ele revirou os olhos, mas sorriu e desceu as escadas comigo.
Saí na rua, com Daryl do meu lado, ainda segurando a mão dele, e caminhamos até chegar na casa de Deanna. Ficamos atrás de uma árvore, olhando para a casa.
- Isso parece coisa sua. De antes, sabe?
Olhei ele. - Porquê?
Ele deu de ombros. - Uma festa... parece sua cara.
Dei de ombros e olhei a casa. - Nah... Eu nunca gostei muito dessas coisas. Vem.
Saí caminhando pela rua, me afastando da casa, com Daryl do meu lado.
- Vimos um cavalo hoje.
Olhei ele, mas Daryl olhava o chão. - Sério?
- Hum hum. Você deveria ter visto. - Deu de ombros. - Ou não.
- Porquê?
- Ele... morreu.
- Oh. - Entendi o que ele estava dizendo.
- Eles dão nomes nos cavalos. - Falou Daryl e me olhou.
Eu ri. - Lizzie dava nomes nos zumbis.
Estávamos rindo, quando Aaron apareceu na porta da sua casa e nos chamou. Parámos, olhando ele.
- Pensei que ia na festa. - Disse Daryl.
- Não. Eric não consegue por causa do tornozelo. Entrem, venham jantar.
Daryl me olhou, como se não soubesse o que fazer. Dei de ombros.
- Temos macarrão. - Aaron me sorriu.
Sorri de volta, olhando Daryl e depois caminhei até á casa, sabendo que Daryl me seguiria. Sorri para Aaron.
- Não vai me ameaçar de novo, vai? - Ele sorriu.
Olhei ele. - Deixei a catana em casa.
- Uff, ótimo. - Aaron entrou.
Daryl parou do meu lado e me olhou. - Quer parar? Parece um deles.
Eu ri. - Não se preocupa. Carol tem razão, temos de ser invisíveis.
- Nós dois não conseguimos.
Sorri e fiz carinho no seu braço, antes de entrarmos. Escutei Daryl falar por entr os dentes atrás de mim. - Parece a merda de um encontro.
Olhei para trás, rindo, não acreditando que ele dissera aquilo. Ele revirou os olhos.
Durante o jantar, Daryl não disse uma palavra. Tentei parecer o mais amigável possivel, mas tudo aquilo me parecia estranho. Senti Daryl tenso do meu lado, e coloquei a mão na perna dele, por baixo da mesa. Ele me olhou como se tivesse levado um choque. "Relaxa", disse eu sem fazer um som. Ele assentiu uma vez.
- Eva, mais vinho? - Perguntou Aaron.
Daryl tirou meu copo da minha frente, antes de eu ter tempo de falar, e eu e Aaron olhámos ele. - Eva não bebe vinho, certo? - Ele me olhou.
Tive vontade de rir, mas assenti e vi um Aaron confuso nos olhando. Mexi as mãos. - É... É melhor não. Não foi legal da última vez.
- Suco, então? - Perguntou ele.
Assenti e Daryl me devolveu meu copo.
Eric começou falando sobre viagens e uma máquina de fazer macarrão, e eu não estava entendendo nada. Mas aí ele olhou Aaron e vi que ele balançou a cabeça. Fiquei atenta naqueles dois. Teria sido boa ideia ir ali?
- Ainda não perguntou a eles?
Olhei Eric e Aaron. - Perguntar o quê?
Seguimos Aaron até chegar na sua garagem, onde tinha um monte de peças de moto e muitas outras. Fiquei observando, mas Daryl parecia uma criança em loja de brinquedo.
Cruzei os braços.
- Vão precisar de uma moto. - Falou Aaron indicando uma coisa grande, que estava tapada.
- Porquê? - Perguntou Daryl.
Aaron me olhou e suspirou. - Eu pedi a Deanna para não vos dar um serviço, porque acho que tenho um para vocês. - Comecei a desejar ter trazido minha catana. - Quero que sejam os outros recrutadores de Alexandria. Não quero que o Eric arrisque mais a vida.
Daryl bufou e olhou ele. - Quer que a gente arrisque a nossa? A Eva? - Ele me indicou.
Aaron deu de ombros. - Sim. Porque vocês sabem o que fazem. Vocês são bons lá fora, mas não pertencem aquele mundo. Eu sei que é dificil. E você Daryl, sabe diferenciar as pessoas boas e más. E a Eva... - Me sorriu. - É tão forte quanto você. Além disso, ela irá onde você for.
Daryl me olhou, mas eu não sabia o que fazer. Dei de ombros e vi Daryl olhar o chão. Soube que ele tentava pensar se era a coisa certa a fazer ou não. Finalmente, olhou Aaron.
- Nada que machuque a Eva.
Aaron sorriu e concordou.
- Vou trazer uns coelhos para você. - Disse Daryl.
Aaron me olhou e riu, me fazendo sorrir. - Ótimo. - Disse ele.
Nessa noite, eu estava deitada na minha cama, Daryl na dele, olhando o teto.
- Que conversa era aquela de coelhos? - Perguntei.
- Aaron me seguiu hoje, quando perguntei, foi isso que ele disse. Que estava caçando coelhos.
Sorri. - Ah, certo. Aquele lá caçando.
- Hum.
- Daryl? - Me mexi, de forma que conseguisse ver ele, deitado na sua cama, do lado da minha, mas mais baixa. - A gente não vai ser um deles, vai?
Daryl ficou calado e depois vi que ele me olhava. - Nah... Não dá para ser. Não depois de tudo.
Assenti e fiquei olhando para cima de novo, deitada de costas.

Na manhã seguinte, eu estava com Daryl na porta da casa, olhando a rua.
- Eles queriam que tentássemos, certo?
Olhei ele e assenti. - É... mas isso não quer dizer que eu comecei a gostar desse lugar.
- Acha que é boa ideia? - Perguntou.
Suspirei. - Podemos tentar.
Ele me olhou. - Eles são estranhos, Deanna é estranha. Não...
Ergui as mãos. - Eu sei, eu sei. Não sai de perto.
Ele revirou os olhos e bateu com seu ombro no meu, enquanto eu ria.

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