7. Eterno

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Harry Potter era um homem feliz. Pra começo de conversa, o treinamento dele na América do Sul havia ajudado o St. Mungos a adquirir um número estupendo de técnicas, não somente na ala Janus Thickey, mas também no departamento de queimaduras — causadas por Incendio ou Fogo Maldito — isso se a pessoa fosse sortuda o suficiente de sobreviver a esses feitiços.

A maior razão para o sorriso dele, na verdade, estava caminhando com ele pela entrada da arena onde a corrida de cavalos estava marcada para começar em menos de vinte minutos.

Hermione Granger era uma presença regular ao lado dele todas as vezes que os Potters vinham para esse tipo de evento. Mas essa era a primeira vez que eles vinham como um casal e o bruxo de cabelos escuros não poderia estar mais feliz.

Ele não era do tipo ciumento, mas tinha uma coisa diferente em poder dizer as palavras: 'minha namorada, Hermione Granger', que faziam o maior e mais idiota sorriso de todos surgir no rosto dele.

Harry sempre considerou-se um cara feliz e sortudo - vinha no sangue da família, talvez. O Halloween de 1981 era um exemplo claro disso. Mas ele nunca havia se sentido assim antes, felicidade pura correndo por suas veias. Ele sentia-se como se nada que acontecesse pudesse mudar o fato que ele era o cara mais sortudo naquela arena só por ter sua garota ao seu lado. A garota dele. Ele gostava dessa ideia.

— ... e eu mal posso esperar pelos bebês.

Harry engasgou com a própria saliva e colocou as mãos nas coxas, tossindo sem parar enquanto Hermione batia em suas costas.

— O quê? Bebês?! – ele finalmente conseguiu falar, a voz mais alta do que ele gostaria. Tinha certeza que havia perdido uma parte vital da conversa.

Hermione estava ficando vermelha ao lado dele e a mãe dele o encarava com uma expressão confusa que logo se tornou em deleite quando ela percebeu o que tinha acontecido.

A compreensão virou uma risada, forçando ela a esconder o rosto na curva do pescoço de James para abafar enquanto ele sorria para a nora.

— Mal posso esperar pra comprar a primeira vassoura do meu netinho.

Harry tinha certeza que estava começando a parecer Simas Finnigan em dias de jogo de Quadribol, quando ele gritava (e bebia) feito um louco pela Grifinória.

— H-Hermione v-você tá? – Ele sussurrou, tentando não transparecer nenhuma emoção que pudesse possivelmente dar a ela um motivo pra dar um tapa na cabeça dele com um livro - que ela sempre parecia ter de fácil alcance.

— Não! Merlin, Harry! – Ela sussurrou de volta, parecendo indignada. – E se eu tivesse você seria o primeiro a saber!

— Ah... desculpe. – Ele disse, despenteando o próprio cabelo. – O que era esse papo sobre bebês então?

— Eu estava dizendo que a monitora e o monitor chefe de três anos atrás estão se casando. Ela terminou a especialização em poções comigo e mal posso esperar pra caducar com os bebês dela. – A mãe dele repetiu, divertida. A bruxa ruiva então virou para o marido, o encarando de brincadeira com os braços cruzados. – E seu pai decidiu que ia ver se conseguia lhe matar de vergonha.

— Obrigado. – Harry grunhiu e entrelaçou os dedos com os de Hermione de novo, andando mais rápido que o normal para sair de perto dos pais loucos dele. – Esses dois... o hobby deles é me envergonhar em público, juro por Merlin.

Hermione gargalhou, olhando para ele com um brilho divertido nos olhos.

— Então quer dizer que você ainda não está pronto para ser papai?

Trago seu amor de volta em sete dias Onde histórias criam vida. Descubra agora