• 𝐺𝑦𝑝𝑠𝑦 𝐼𝑛𝑠𝑡𝑖𝑛𝑐𝑡𝑠

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Aurora LeBlanc

"Worn out places
Worn out faces"

Eu ainda não podia acreditar que finalmente tinha conseguido

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Eu ainda não podia acreditar que finalmente tinha conseguido.

Lágrimas de emoção me tomavam no trem de ida pra Birmingham, eu finalmente havia me livrado de Charles.

Sei que esse nome ainda me assombrara, por muito tempo pelo menos, porém prometendo a mim mesma que nada mais estragaria minha felicidade, coloquei meu melhor sorriso e desci do trem.

Depois de caminhar por horas carregando minha duas pesadas malas, eu já não aguentava mais.

Era humanamente impossível eu continuar andando, o cansasso já me consumia por inteiro.

Mais eu realmente estava perto da minha nova casa, perto de finalmente estabelecer minha nova vida.

Segui em frente e logo parei em frente a uma casa de porta escura desgastada, pelo oque me disseram era aqui.

Estranhamente a porta estava aberta e a lareira acesa, mais não dei importância, afinal estava cansada de mais pra raciocinar direito naquele momento.

Foi quando uma senhora que aparentava ter em média 45 anos, de cabelos castanhos escuros e olhos profundos e marcantes surgiu em minha frente.

- Quem por acaso é você ?- Me perguntou se aproximando o suficiente pra sentir minha respiração descompassada.

- Oh ! Me desculpe, provávelmente entrei na casa errada, sou Aurora LeBlanc, muito prazer.- Tentei parecer amigável a situação mais que constrangedora.

Ela se distanciou e me avaliou de cima a baixo.

Sua feição suavizou, porém ainda conseguia ver em seus olhos a desconfiança e a sagacidade.

Me trazendo memórias do olhar de minha mãe, aqueles olhos ciganos nunca deixavam nada passar batido.

- Parece que está na casa errada Aurora- Disse meu nome de forma irônica.

- Porem você parece um coelhinho amedrontado e perdido, com toda certeza foge de algo, não acho que me trará grandes problemas.
Sou Polly Gray, e neste bairro não tem uma única casa vaga ou disponível pra você.- Se virou sorrindo divertida, sentando em uma cadeira e acendeu um cigarro.

Enquanto Polly tragava seu cigarro, eu estava parada igual uma estaca, tentando entender como fui burra o suficiente para pagar ainda na França, por uma casa que nem se quer de fato existe.

- Eu realmente não entendo como fui tão burra.- Prageujei bufando frustrada.

- Bom, tenho uma casa grande até de mais para mim, então se você me contar sua história, talvez você possa ir pra lá e ser útil pra mim, durante um tempo.- Jogou o cigarro na lareira e se levantou me encarando

- Voce não me soa uma pessoa ruim,me é familiar,e sinto que me trará grandes alegrias.- Apontou me o dedo indicador.

- Como você pode afirmar isso sem nem me conhecer ? - Perguntei confusa.

- Instinto Cigano...

- Tambem é cigana então ? - Indaguei animada.

Eu era completamente cigana, meus pais eram ciganos e me criaram em Paris, mais sempre realizavamos tradições e costumes ciganos,  viajavamos e morávamos sempre em caravanas.

Meu pai sempre me ensinou muito a respeito de cavalos e dizia que eu tinha um dom especial com eles.

Minha querida mãe, me dizia que eu tinha grandes coisas aguardando por mim, porém muitas perdas e tristezas viriam antes, e que eu teria dois grandes amores em minha vida.

Um me machucaria e outro me faria feliz ao seu lado pelo resto de minha vida.

Ela dizia que eu tinha dons ciganos, que só eu poderia desvendar um dia, e que meu destino já estava traçado.

Disse que meu coração estava prometido a um homem de alma cruel e olhos claros.

Eu sempre achei que Charles fosse esse homem, e me enganei amargamente.

Ela foi uma rainha cigana francesa, Mary LeBlanc, era muito amada por todos.

Oque me torna uma princesa cigana pura.

Meu pai se apaixonou perdidamente por ela desde a infância, entao eles praticamente nasceram juntos e morreram juntos durante o sono.

Até agora sei que ela estava certa, sobre sua previsão de minha vida, mais sinto que nunca encontrarei um amor que não me machuque.

- Sim, sou uma Rainha Cigana, sabia que você me era familiar, você é Aurora LeBlanc, uma verdadeira princesa cigana francesa. Sua mãe foi Mary LeBlanc e seu pai Erick LeVoí.- Me disse colocando uma mão em meu rosto.

- Sou, porém como conheceu meus pais ? - Inadeguei confusa.

- Idas e vindas da vida, sua mãe era uma grande amiga minha e da mãe de meu sobrinho, Thomas Shelby, cuidei de sua mãe grávida, e depois de você ainda bebê, quando você tinha 3 anos seus pais foram definitivamente para frança, mais você sempre conviveu com os Shelby.

- Você é da família por mais que não se lembre, e é parte da família Shelby, sempre será bem vinda !- Me abraçou aconchegantemente.

Naquele abraço eu me permiti chorar. Senti como se minha propia mãe estivesse me abraçando, como se estivesse em casa.

Talvez eu realmente estivesse.

Sabia que podia confiar nela, estava decidida a contar sobre tudo, sobre Charles e sobre como me sentia, sabia que estava segura com os Shelby.

enfim gostaria de receber um feedback de vocês nos comentários.

As avaliações e opiniões de vocês são muito importantes para mim 🦋

 ✧ 𝑆ℎ𝑒𝑙𝑏𝑦 𝑄𝑢𝑒𝑒𝑛 | 𝑇ℎ𝑜𝑚𝑎𝑠 𝑆ℎ𝑒𝑙𝑏𝑦Onde histórias criam vida. Descubra agora