Perdão

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A semelhança com Araevin é inconfundível, o rosto ligeiramente fino dispõe a expressão imponente com o olhar amarelo avermelhado ressaltado por seus óculos quadrados de armação ouro e prata, os cabelos quase ao mesmo corte longo e espalhados num tom preto que ao receber a luz do sol exibe uma iluminação vermelho vinho. Seu corpo não parece conter muitos músculos, naturalmente comum. Suas vestes chamam tanta atenção quanto poderia se tivesse músculos tentando sair das roupas, um terno azul quase preto com uma gola sobressalente em V está sobre uma camisa social branco perolado, a camisa acompanha uma sinuosa gravata vermelho vinho, suas calças são rente ao corpo pretas como o céu noturno, acompanha um cinto provavelmente de couro preto e fivela dourada. Por fim, um sapato próximo a um social preto tão lustrado que reflete a luz do sol, um relógio preto obsidiana e dois anéis na mão direita vermelhos como sangue. Sem sombras de dúvida um feérico lindo e importante.

— Vejo que usou seus... Talentos, para conseguir grandes feitos. — Araevin diz desconcertado encarando o filho.

— Eu, bem, eu confesso que tive sorte. — Elias diz encarando Lycan com um sorriso torto. — O que te traz aqui pai? — Seu sorrio se desfaz lentamente quando Araevin apenas me indica com um aceno de cabeça.

— Precisamos falar com você. — Digo simplesmente.

Elias olha de mim para Lycan esperando mais informações.

— Leve-os ao seu escritório, diga o que querem saber e quando terminarem vamos nos reunir para um banquete se quiserem. — Lycan diz com um tom rígido, algo me diz que ele não queria se retirar. — Os deixarei a sós, até mais tarde. — E saiu.

Alguns segundos de um silêncio incômodo em que Elias apenas encarnou o pai querendo dizer algo mas aparentemente não tendo coragem seguem arrastados até que Elias pigarreia e volta a abrir a porta.

— Sejam bem vindos ao centro de pesquisa e desenvolvimento de Wendelin. — Ele diz escancarando a porta.

— Fiquem aqui todos vocês. — Tinos diz por cima do ombro. Os guardas rapidamente tomam postura ao lado das portas exibindo expressões frias e concentradas.

— Você não Pit. — Digo puxando Pit que já ia devagar provavelmente pensando se o comando valia a ele.

Logo entramos no palácio.

Surreal, seria pouco para descrever que muito do que há dentro deste lugar nem sequer devia ser possível neste mundo. Tecnologia humana com certeza, os lustres de cristal ornamentados no teto alto chamam atenção por conterem lâmpadas em vários pontos iluminando todo o local, no centro do salão principal residem duas estátuas de mármore branco imensas representando um feérico e um humano um ao lado do outro de mãos dadas sobre as cabeças num ato empoderado de união e coexistência, a estrutura é rodeada por um espelho d'água cuja as bordas são de mármore preto. O chão é opaco próximo ao branco, perfeitamente limpo e lustroso. As paredes enormes cheias de pinturas e o que parecem ser troféus diversificados todos de materiais preciosos. Ao redor do monumento há uma interseção que encontra quatro caminhos, cada um leva a um corredor e de todos saem e entram feéricos e híbridos de rosto impassível e olhar neutro.

Elias segue pelo corredor do meio e ao final do mesmo chegamos a um observatório de uma sala cinco metros a baixo de nós, dos lados esquerdo e direito tem escadas para alcançarem o piso da sala que é enorme, o teto preto escuro cheio de lustres de ouro e prata estão sob paredes e chão branco, um número enorme de mesas e escrivaninhas repletas de papéis e em algumas, não, não pode ser, computadores. Não comuns como os que que eu já conheci, estes possuíam telas tão finas quanto um painel de vidro, mais impressionante é ver feéricos trabalhando sob as mesas usando os computadores com total tranquilidade cada um fazendo alguma coisa provavelmente muito importante.

(Atualizando) Amor e magia - Submisso ao DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora