16. Meu Pequeno Grão de Areia

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Louis e Harry terminam a música juntos, fazem uma reverência e saem do palco em direção à padaria. Chegando lá, Harry abraça Louis girando ele no ar.

- Parabéns, Lou você foi incrível!!! - Harry diz de forma alegre, colocando o rapaz no chão pouco tempo depois.

Antes que Louis pudesse responder, Ana entra pela porta dos fundos gritando o nome do amigo. Ele a pega no colo e se vira para Harry.

- Harry quero que conheça Ana. - Louis diz sinalizando com a cabeça. - E Ana, quero que conheça Harry...

- Seu namorado! - Ana diz atropelando Louis fazendo - o corar. 

- Ana, modos garota! - André diz entrando no estabelecimento e parabeniza os meninos.

Lá fora, a polícia retirava todos as pessoas da região da cidade, quem não morava no vilarejo, não poderia ficar e era necessário mostrar o comprovante de residência. Já dentro da padaria; Ana, André, a vovó e os meninos estvam fazendo um lanche farto e contando diversos casos engraçados. Estava ficando tarde e eles precisavam fechar a padaria, Louis e Harry decidiram ir caminhando até a pensão, mas antes escolheram parar um pouco na praia que estava deserta.

Eles sentaram na areia e ficaram observando os barquinhos longe da enseada. O silêncio foi quebrado quando Louis se pronunciou:

- Desculpa se deixei vocês preocupados... Eu estava desorientado, fugir foi a primeira coisa que passou na minha cabeça, fiquei morrendo de medo do que Simon pudesse fazer caso eu agisse de uma maneira X ou Y, então pensei que longe tudo ele não poderia mexer comigo. - Louis disse ainda encarando os barquinhos.

- Não pessa desculpas, não tem problema ter fugido. O que importa Lou, é se você está bem, se está pronto para voltar e enfrentar tudo. Se quiser ficar, nós vamos respeitar isso, se quiser ir, saiba que eu e seus amigos seremos sua âncora e jamais te deixaremos afundar, mas para isso funcionar você terá de deixar a gente te ajudar e não querer resolver tudo sozinho. - Harry finaliza olhando para o amigo que ainda encara as luzinhas no mar.

Eles ficam mais um bom tempo calado. Louis está pensando se irá ficar ou resolver os problemas que a vida lhe deu. Harry entende que esse silêncio já é a resposta de Louis, então ele se levanta e diz para o amigo:

- Pelo menos foi bom cantar com você de novo. - Ele se vira e começa a caminhar em direção à calçada.

- Harry! Espera! - Louis diz tentando alcançar o rapaz e consegue fazê-lo se virar. - " Wherever I go, you bring me home." - Louis diz olhando nos olhos verdes de Harry.

O mais alto pega Louis pelas coxas e o gira no ar. Ele estava morrendo de saudade do corpo do seu amor, sentia falta de olhar os movimentos tímidos que Louis faz com as mãos e a boca. Sentia falta da jogadinha de cabelo que o deixava louco. Ele queria ver Louis bem e faria de tudo para fazer isso acontecer.

Harry coloca o menor deitado no chão ainda com as pernas envolvidas em sua cintura. Ele olha atentamente os olhos de Louis se fecharem sinalizando o pedido de um beijo. Sendo assim, o mais alto realiza o desejo do mais velho, ele beija Louis com calma, como se tivessem todo o tempo do mundo. Eles se amam e eles se querem.

Louis abre os olhos devagar e ainda encontra Harry em cima de si. Em um movimento leve, ele faz com que o mais alto deite ao lado dele. Os dois ficam encarando outros pontinhos luminosos, as estrelas que iluminam o céu escuro.

- É engraçado como sempre terão luzes para iluminar aquilo que está precisando de luz, né? Os barquinhos ascendem o oceano infinito, as estrelas deixam o céu infinito brilhante... E você, tem a maravilhosa capacidade de tornar colorido aquilo que está cinza... Você deixou a vida da família de Mazi com mais cor, deixou  vida de André e Ana com mais alegria fazendo a padaria reacender... Deixou a minha vida melhor desde o dia que te conheci. - Harry diz  última frase virando o rosto para Louis.

Meu Pequeno Grão de AreiaOnde histórias criam vida. Descubra agora