Capítulo 8

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Camila POV

Desci as escadas o mais rápido que pude e segurei-a pelo braço bem próximo a porta que dá aceso ao a saída da escadaria do térreo. Ela suspirou e olhou para mim.

- O que foi? – Ela perguntou suspirando novamente.

- Lauren, por favor.

- Acho melhor você ir atrás da Karen, com toda certeza ela está precisando de sua atenção. – Disse puxando seu braço para que eu soltasse.

- Pare com isso, Lauren.

- Esse batom que sujou seu rosto inteiro está me dando agonia. Por tanto, não estou com vontade de olhar para essa sua cara de cafajeste. – Ciúme.

- Eu já expliquei como tudo aconteceu, e eu já falei, eu quero você e não ela. Ela é muito atirada, se eu quisesse algo, já teria rolado há muito tempo. – Sou muito falsa, vou para o inferno.

- Demorou mais aconteceu.

- Qual a parte do foi ela quem me atacou você não entendeu? – Lauren revirou os olhos e suspirou mais uma vez.

- Você é o típico cafajeste, mente para todas, tenta sair de inocente e no final a culpa de tudo foi sua. – Respirei fundo e me rendi.

- Eu não vou dizer mais nada, crie suas teorias, pense o que quiser de mim. Eu sou só uma trouxa que está louca por uma mulher hetero e vai se foder muito até conseguir algo sério com ela. – Ela riu e cheia de ironia e me fitou.

- Você tão cínica, você diz isso a quantas por dia? – Revirei os olhos. No fundo, isso foi uma pergunta bem chata para mim.

- Lauren, você é a única na qual eu estou querendo algo. Você realmente está se fazendo, não é? Não ver quantas coisas eu tenho feito para ter sua atenção? Corro um risco grande de ser descoberta por seu "amando" – Fiz aspas com os dedos. – E quem sabe até morrer, pois ele é homofobico, e você ainda fala um monte de idiotice desse nível? Sinceramente, você me magoa.

- Você quer que eu pense o quê?! Eu estava praticamente morrendo, você foi incrível comigo, daí quando eu vou atrás de você, feliz da vida, te encontro assim. – Ela empurrou o dedo com força em meus lábios e eu suspirei. – Isso só confirma que tudo que dizem sobre você é real!

- Ok, tudo bem. – Paguei a manga de minha camisa e passei em meus lábios, suspirei. – Pensa o que você quiser de mim, não vou continuar insistindo. Mas eu realmente gosto de você, você só está pondo dificuldade entre nós.

- Dificuldade entre nós? Por que você não despede ela? Não tem moral para isso? Ou por que não muda o cargo dela? Me coloca como sua secretaria e a coloca no meu lugar? – Ela disse enfurecida. Eu sorri, ela está morrendo de ciúme. – E ainda sorrir assim?

- Você é linda bravinha. – Ela revirou os olhos e eu segurei seu rosto.

- Aonde eu estou com a cabeça em trair o Paulo com você? Me diz? Você não chega nem aos pés dele e eu estou aqui, cheia de raiva porque te flagrei com aquela vagabunda. Eu devo estar enlouquecendo mesmo! – Respirei fundo para não cometer um ato de violência que viesse a me prejudicar no futuro e fechei meus olhos, contando de um até três.

- Eu não quero chegar aos pés dele, eu sou melhor que ele, eu sou muito melhor que ele. – Falei tentando ao máximo controlar meu nível de voz para não chamar atenção dos seguranças. – Além de eu estar me humilhando a você, você tem a audácia de me comprar com um homem feito ele? Aonde está seu auto respeito? Você é inacreditável! – Ela calou-se. – Eu não deveria mesmo insistir nessa droga, pois estou vendo que não vale a pena. Você não consegue ter um pequeno ataque de ciúme que já me compara com aquele idiota. Se ele é tão bom assim como você diz, por que diabos ainda fica comigo? Você não tem nem atitude para simplesmente me fazer parar, pelo contrário, nem se quer consegue me dar um fora fiel. – Ela engoliu em seco e neguei com a cabeça. – Se ele fosse tão bom assim quanto você diz, nada que eu fizesse, te deixaria tão nervosa e mexida. Mas sabe? Não vale a pena, eu estou parando por aqui. – Sorri sem mostrar os dentes, e suspirei. Puxei a porta e saí da escadaria, caminhando em direção ao estacionamento.

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