Manipulando sentimentos

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Jin sentiu seu coração despedaçar ao receber aquela informação. Sabia que Hoseok não estava bem, mas tentar contra a própria vida já era demais para ele processar a ideia.

— Testemunhas afirmaram que ele se jogou na frente do carro — Disse o pai de Jin com seriedade — O motorista, coitado, não sabia o que fazer, estava em choque quando chegou aqui.

— Mas por que o Hobi faria isso? Ele nunca me pareceu ter depressão.

— Depressão é uma doença silenciosa. Ele precisa de ajuda médica, e mais do que nunca ter seus amigos o dando apoio emocional.

Jin tentava processar tudo aquilo, não sabia como poderia ajudar Hoseok nessa situação tão delicada.

— E sobre a saúde física dele? Está tudo bem?

— Ele está bem, é um rapaz forte e saudável, mesmo que precise de recuperação creio que será rápido.

— Que bom — Jin suspirou um pouco mais aliviado —, vou cuidar dele, eu o amo como um irmão, só quero que ele fique bem e encontre o seu caminho.

— Hoseok tem bons amigos, isso vai ajudá-lo muito — Seu pai tocou em seu ombro para confortá-lo.

— Obrigado pai, e mais do que tudo, obrigado por salvá-lo.

— É o meu dever Jin.

Jin se levantou e o abraçou, seus olhos marejados de alívio por ao menos Hoseok estar bem fisicamente.

— Pai, vou pra casa de Namjoon, quero ficar com ele hoje.

Seu pai deu uma risadinha travessa.

— E como está indo o namoro?

— Ele sempre me traz um buquê de flores — Jin sorriu involuntariamente ao falar de Namjoon —, ele é tão gentil e cavalheiro, me trata tão bem... Eu sempre soube que ele era um bom homem. Finalmente estou feliz, pai.

— Que bom filho, fico feliz por você. Quando você vai levá-lo lá em casa? Sua mãe está louca pra conhecê-lo.

— Pai! Acabamos de começar um namoro, não quero apressar as coisas ainda mais.

Seu pai suspirou triste.

— Ok, fique a vontade quando você quiser apresentar seu namorado pro seu velho pai...

— Pai, sem drama, estou indo, bye, te amo.

Jin deu um beijo no topo da cabeça de seu pai e saiu.

...

Depois de duas horas de sono, Yoongi abriu os olhos lentamente e se deparou com o lindo rosto de Taehyung adormecido ao seu lado. Era quase oito da manhã e, ao olhar em volta, sentiu-se desnorteado, lembrando-se de que estava no hospital e do motivo pelo qual estava lá. Uma onda de tristeza voltou a envolvê-lo. Com cuidado, ele abraçou Taehyung, mas sem querer o acordou.

— Acordou, meu amor? — Taehyung o abraçou carinhosamente.

— Sim — Disse com a voz rouca e fraca — Alguma notícia do Hobi?

— Não, ele ainda está na UTI. Acabei pegando no sono com você, mas podemos perguntar ao médico para ter certeza e conferir se ele pode nos atualizar.

Dirigiram-se à sala onde o pai de Jin estava ocupado revisando alguns papéis. Taehyung deu uma batida na porta por educação, embora ela já estivesse aberta. O pai de Jin olhou em direção à porta e um sorriso alegre iluminou seu rosto ao ver os amigos de seu filho, convidando-os a entrar.

— Não estamos incomodando? — Perguntou Taehyung.

— Claro que não, Tae. Vocês são de casa, sentem-se.

Doce e MarrentoOnde histórias criam vida. Descubra agora