Narrador(a)
Kikyou caminhava pelas ruas calmas de Tóquio , já era noite aonde as estrelas cuidavam dos céus e tornavam tudo tão belo no céu escuro. Cada passo dado era um suspiro de cansaço , a bela jovem havia trabalhado muito e tudo o que mais desejava era poder chegar em casa , tomar um banho relaxante e descansar em seu sofá enquanto assiste alguma série.
O supermercado aonde trabalhará era um dos melhores naquela região por isso era tão movimentado , principalmente perto dos finais de semana aonde as famílias se reúnem e fazem um almoço ou jantar especial , por sorte a folga de Kikyou não está tão longe assim.
Não demorou muito para Kikyou chegar em sua moradia e destrancar a porta , ao sentir o aroma calmo que sua moradia transmite , ela sentiu seus músculos relaxarem completamente.
Kikyou
Senti o cansaço dominar cada vez mais , então caminhei de forma arrastada até o meu sofá e não demorou muito para me sentar.
— Finalmente em casa.— Alisei o meu macio sofá até minha mão parar ao lado do controle que repousava ali.— Agora vamos procurar algo legal.
Liguei a tv e comecei a procurar por algum programa , até que parei em um programa de culinária e senti meu estômago roncar. Me levantei em direção a cozinha para fazer um lanche até que escuto um barulho vindo do local , caminhei devagar até o meu quarto para pegar algo par ame defender até que percebo que está tudo revirado.
— Mas o que...— Um som de vidro quebrado ecoou pela casa e em um movimento rápido peguei meu violão e fui em direção a cozinha novamente.
Assim que me aproximei , me encostei na parede e comecei a observar quem ou o que está ali de forma sorrateira. Vi um indivíduo se aproximar da saída da cozinha e então bati nele com o meu violão fazendo ele desmaiar.
— Quem é...— Um homem com uma beleza consideravelmente invejável estava desmaiado aos meus pés.— Você...?
E logo escuto um som de sirene da polícia passar pela rua , uma parte de mim queria correr e gritar para chamar a atenção dos policiais porém a outra parte queria continuar ali , observando a beleza daquele homem.
— Mas que merda ! — Peguei ele pelos braços e comecei a arrasta-ló pelo corredor indo em direção ao meu quarto , assim que cheguei ao local , o levei para perto dos pés da minha cama.— Onde será que tem uma corda ?
Falei comigo mesma e corri até a despensa aonde tinha uma caixa com algumas bugigangas , assim que achei a corda , voltei as pressas para o meu quarto e amarrei as mãos daquele moço nas pernas da cama por questão de segurança. Voltei na cozinha e peguei os cacos de vidro do meu pote de biscoitos , limpei toda a bagunça que aquele homem fez e peguei meu violão que estava largado no chão , o mesmo continha um grande rachão na parte de trás.
— Ah não ! Me desculpe por ter feito isso a você , meu querido.— Aquele violão havia me custado os olhos da cara e agora ele estava com um rachão , isso me deixou de certa forma chateada e irritada.
Naraku
Senti uma forte dor na cabeça e nas costas , abri meus olhos e eu estava em um lugar escuro e com minhas mãos amarradas , me sentia desnorteado e logo escuto passos vindo de um corredor que estava iluminado só por um cômodo. Logo flashes de memórias vieram a tona em minha mente.
— Finalmente acordou ! — Uma moça linda porém desconhecida apareceu na porta , seu vestido rodado e azul junto de sua jaqueta branca eram as únicas coisas que mais se destacavam no meio daquele escuro.
— Quem é você ? E o que faz aqui ? — Ela me olhou de forma indignada e logo depois começou a rir.
— Você invade a minha casa , quebra meu pote de biscoitos , suja a minha cozinha , bagunça o meu quarto , danifica o meu violão e vem me questionar ?! É sério isso ? Pelo que eu saiba , quem deveria fazer essas perguntas sou eu.— E ela voltou a rir.
Logo escuto novamente aquele som , a sirene da polícia que estava a rondar o local.
Percebi que ela soltou um sorriso um tanto que maléfico , provavelmente havia notado o meu medo e isso talvez não fosse bom.
— Então , como você veio parar aqui ? Me conte tudo...— Ela veio até próximo de mim e se sentou na cama.
— Eu estou sendo perseguido pela polícia e sendo acusado de algo que não fiz , eu vi que sua casa era a única mais acessível então eu invadi...— Ela me olhou de forma um tanto que surpresa mas calma.— Eu não queria ter invadido sua moradia mas não me arrependo de ter estragado seu violão feio.
Notei que ela me olhou de forma assassina.
— Você está de brincadeira com a minha cara , não é ?! Sabe quanto custou a porcaria daquele violão ?! — Soltei um sorriso brincalhão.— Quase 900 reais !! Eu trabalho como atendente de caixa e ainda estou pagando aquele violão !!
— Sinto muito , princesa.— Não consegui evitar e comecei a rir da cara que ela fazia.
— Enfim...Você parece ser uma pessoa boa , por que você está sendo perseguido ? - Ela cruzou os braços e se encostou na cabeceira da cama.
— Eu fui muito trouxa , uma garota que eu gostava me pediu um dinheiro emprestado e disse que iria devolver só que já faz cerca de 3 meses que eu não havia visto ela , hoje eu fui na casa dela e o namorado dela estava lá , eles armaram para mim , colocaram dinheiro escondido no meu bolso e me acusaram de roubo.— Soltei um longo suspiro.— Aqueles pilantras...
— Quanto foi que ela pegou emprestado ? — Seu tom de voz era compreensivo e tão calmo.
— 11.000 reais , ela havia me prometido que iria devolver o dinheiro mas me enganaram.— Olhei para o chão e comecei a pensar no meu erro , meu erro de ter confiado naquela garota.
— Eu...Eu sinto muito mesmo pelo que o aconteceu mas....Isso é muita injustiça ! Você precisa explicar as coisas para os policiais ! — Ela tinha tanta determinação em sua voz , isso me encoraja mas eu não sei se daria certo.— Você não tem nada anotado ou gravado sobre essa dívida ?
Então , algo me veio a mente que com certeza seria a prova perfeita para isso tudo.
— Na verdade , tem uma coisa sim....
Continua...
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu amor proibido
Roman d'amourKikyou , uma jovem trabalhadora. Naraku , um rapaz perseguido pela polícia e acusado injustamente. O que pode acontecer caso esses dois caminhos se encontrarem ?