Se deus existe, tudo é permitido? 1.2

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Antes de começar o capítulo, gostaria de agradecer aos que não desistiram de mim, em especial, minhas queridas betas e a Louseoka que, além de fazer essa capa linda, foi uma pessoa que me motivou a voltar a escrever. Obrigada a todos por acreditarem em meu potencial.

Peço para que vocês comentem bastante sobre o que acham, as suas teorias... isso me motiva demais.

Betas tt: @aleolivra e @MINO0IR

Quem fez a arte que está na capa da fic @Louseoka

E sejam muito bem vindos mais uma vez ao nível plague.

Deixarei uma recomendação de música para o capítulo que, inclusive, está na playlist. ( O link da playlist está no capítulo explicativo.)

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Yuni, 31/12/2048

― Meu pequeno, nós tivemos uma época ruim quando você era bebê. ― Han dizia ao pequeno menino sentado em seu colo. ― Lembra quando eu disse sobre sua mamãe ter falecido assim que você nasceu? ― Yoongi assentiu. ― Então, nós não tivemos dinheiro para pagar o parto. E, bem, eu e o seu pai tivemos que fazer isso.

Min observava a mais velha em sua frente com a maior curiosidade do mundo. Um dos fatores que mais encantavam no pequeno menino era sua curiosidade.

Por ser curioso, Yoongi também costumava ser um menino bem esperto, por sinal. Muitas vezes, sua avó tinha que tomar cuidado com as coisas que falava na presença da criança. Os olhos de Min sempre foram muito vivos e seus sentidos bem avançados.

― Seu pai sempre foi um homem honesto. Ele tinha vontade de tirar você e sua mãe de Plague... ― Antes que a avó pudesse concluir, foi interrompida pelo menino.

― Por quê? A senhora não disse que tenho que ter orgulho de ser um Plague? ― As mãozinhas do menino foram levadas até a boca, numa tentativa de roer as unhas. No entanto, Han foi mais rápida.

― O que te disse sobre roer as unhas, Yoongi? ― Disse tirando a mão do menino da boca. ― Sim, você sempre deverá ter orgulho de ter nascido aqui. ― Pausou organizando os pensamentos. ― O que quero dizer é que seu pai queria o melhor para você e sua mãe. Um dia você vai entender o porquê. ― Adiantou, antes que o garotinho perguntasse. ― Mas quando sua mãe morreu, o seu pai ficou frustrado. Você também ficou, sabia? ― A boca de Yoongi produziu um "o".

― Mas eu nem lembro, vovó.

― Você chorou bastante e só se acalmou quando enrolamos você nas roupas guardadas de sua mãe. Acho que o cheirinho dela acalmou você ― Han divagava nas memórias. ― e com isso, seu pai continuou trabalhando e juntando dinheiro para tentar sair daqui com você. Mas no ano seguinte, o inverno rigoroso chegou.

― Aquele que a senhora me falou? O que as pessoas passaram fome de verdade? ― Min perguntou e Han sentiu um peso no peito.

Han tentava, ainda que fosse péssima na tentativa, ela tentava preservar a infância de Min Yoongi. Fazia comparativos e mostrava que aquela época tinha sido bem mais pesada que essa de agora. Falava sobre a existência dos canibais, dos ladrões que roubavam as comidas das casas alheias e citava a disparidade dos que passaram necessidades para os privilegiados.

A situação ainda era difícil e Min Han tinha a sensação de que isso não acabaria nunca, mas preferia manter a esperança no neto com coisas do tipo: "Não passamos fome, fome é uma coisa muito pior. Aqui ainda temos batatas para comer."

Talvez isso fosse reflexo de sua vivência e por isso, ela se sentisse no dever de deixar Yoongi ser criança. Mesmo que carregasse muita culpa e amargura, ela esteve em Yuni antes de toda essa merda ocorrer. Sua infância passada na transição dos anos noventa para dois mil dava indícios de que a realidade atual chegaria, mas não foi nem de longe a sujeira que era agora.

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⏰ Última atualização: Feb 03, 2021 ⏰

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