Capítulo um

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Man- Eu tô muito puta comigo mesma, eu li, reli e reli...Acabei que não gostei muito e vou reescrever, me perdoem, por favor- Juro que vai ser a última vez...

Haha...Alguém me mata 🤡

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" Me encurralam...sentimentos querem tomar meu espírito ambicioso por liberdade- Mas assim, eu digo: Entre a parede e a espada, eu me lanço sobre o cume cortante."

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Repôr- pode ser um ótimo passatempo. Em tempos tão recentes, não faço nada além do que me propôs a viver o meu destino.



Eu me mudei com os meus responsáveis...É uma cidade remota, pacata, triste, sabe? Não há coisas que me fisguem o suficiente para querer me enraizar aqui, muito menos as pessoas...Eu pelo menos acho-

ー S/n, talvez você tenha tempo pra vir me ajudar, já que está vegetando aí no canto.


É o meu chefe, diga-se de passagem, é um cara legal do seu próprio jeito.

ー Já vou. ー Preguiçosamente, eu levantei-me de meu assento para ajudar logo aquele homem.ー Quer que eu reponha?

ー Isso mesmo, comece pela sessão de massas e molhos e depois reponha as balas, eu terei que sair pra fazer uma entrega, mas não irei demorar.ー O mesmo retirou seu avental, que já parecia estar meio sujo, e sobre a palma de uma de suas mãos, levou uma caixa mediana com alguns itens de compras consigo.ー E sorria enquanto trabalha, é pra isso que te pago.

ー Okay...MAS VALE LEMBRAR QUE VOCÊ ME DEVE TRÊS MESES DE SALÁRIO ATRASADO, SEU SALAFRÁRIO!

Ele nem sequer escutou, o som da moto dando partida foi a minha única resposta recebida.

ー Uma hora crio coragem pra pedir demissão...ー Resmungar enquanto trabalha não é uma das melhores coisas, mas alivia de vez em quando.




Pegando um banquinho, eu me sentei em frente a prateleira para repôr os produtos, confesso que até desanimei. Eram sete caixas, cheias de itens a espera de sua organização.



Sem ter mais tempo pra me lamentar, eu comecei a organizar uma por uma, uma demora incessante, eu diria...odeio reposição.




ー Ah...eu preciso de aju- Meu murmúrio fora interrompido.

O sino da loja que conveniência soou por todo o local, isso me fez correr rápido para o caixa e ir atender.

Parece que o universo acabou se enjoando de mim, não o culpo, até eu não me aguento.

ー Bom dia.ー Dei um cumprimento rápido ao cliente, cliente esse que quando bati os olhos fiquei até tocada.

Ele tem uma aparência um tanto peculiar para ser daqui desse fim de mundo, tipo...Seus cabelos são rosa num tom chiclete, é alto e bem vestido no modo casual.




ー Água gaseificada?

Ele perguntou.

ー Virando o segundo corredor, você vai encontrar ao lado do freezer de laticínios.

ー Obrigado.ー Do rosado, um leve sorriso eu recebi brindado.



Me pergunto se seria algum tipo de artista da web ou um cantor ainda não muito conhecido...



Não foi muito a sua demora para voltar com duas garrafas de água gaseificada em mãos.

ー Eh...Eu quero pagar no cartão...

Fiquei sem entender o modo como ele se comportou sem jeito com a pequena plaqueta de plástico em mãos.

ー Aproximação?

ー Oi? ー Seu cenho se contorceu em uma leve carranca de confusão.

ー Aproximação? ー Tornei a perguntar.

ー Ah... tá-

Eu riria se eu não tivesse modos.

Ele estupidamente caminhou para próximo do balcão e ficou rente a mim.

ー Pff- Olha.ー Segurando a risada para livrar ele de um possível constrangimento, eu apanhei o cartão de sua mão e aproximei logo da máquina, assim em seguida colocando os produtos em uma sacola e os entregando todos de volta a ele.ー Isto é aproximação.


Suas orelhas estavam rubras, até que meio demasiado, no fim das contas ele se envergonhou.

ー Hehe, desculpe, é que eu não tenho muito o costume de mexer com isso, já que é o meu irmão que toma a frente...

ー Hahaha! Não precisa se explicar, é algo que deve acontecer pelo menos uma vez na vida de cada.




Coitadinho, mas não deixo de afirmar que é engraçado.



Em meio a esta rápida conversa, o som do sino bate de encontro aos ouvidos de quem estava presente e pela porta vi entrar um outro homem. O curioso é que ele era exatamente igual ao que eu estava atendendo, tendo como diferença as tatuagens que eu via em suas mãos e seu rosto. Nem fudendo que ele tem um gêmeo.

O mesmo estalou a língua mostrando uma cara nada boa para o garoto a minha frente.

ー E o por que dessa demora?

ー Eu estava pagando, seu otário.— Disse o mesmo caminhando em direção ao tatuado e jogando a sacola com o cartão em suas mãos.— Nunca mais me mande comprar coisas com cartão, e desculpa aí, moça!




Esse carinha saiu, assim deixando seu irmão que me encarava para trás.

— Posso ajudar?

— Cigarro.— Do bolso de sua calça, ele tirou uma carteira onde devolveu o cartão e tirou um cédula.




Me apressei para pegar a marca que ele queria, o olhar dele me deixa desconfortável. Fora que ele não passa nem um pouco da vibe que eu experimentei com o outro. Em fim, eu determinei o valor e entreguei o produto de uma vez, assim recebendo o pagamento.





Indo embora, eu suspirei por alguns segundos antes de presenciar a cena dele esbarrando em uma pequena prateleira, talvez sem querer, e derrubando todas as embalagens no chão.




— Foi mal.— Ele parou e olhou para o que tinha acabado de fazer, mas voltou a marchar em frente. Como se não bastasse, ainda dentro do mercado, ele ascendeu um cigarro até sair pela porta.

— ... — Mordendo minha língua, eu contive a vontade insana de gritar e xingar.




Ainda o vendo pela vitrine do comércio, eu vi ele entrar do lado do motorista e conduzir para fora do pequeno estacionamento.



— Se eu te conhecesse, ia ser um -30 de cara...— Resmunguei assim que comecei a catar aquela bagunça.







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Essa é a última vez que reescrevo, juro 🤞




Criminal - Imagine Ryomen Sukuna - Jujutsu KaisenOnde histórias criam vida. Descubra agora