Capítulo dois

5.3K 536 586
                                    

Hoje acordei mais feia do que bater na mãe 👍

Passa lá no meu livrinho de headcanon, por favor ☹️👍

🕸️


Finalmente eu havia acabado meu expediente, meu chefe já estava de volta e agora era apenas bater o ponto e ir pra minha humilde casa caindo em pedaços.

Quem me dera ser rica.



No entanto, felicidade é o que conta, né? Embora eu seja infeliz sem o meu salário. Enfim, peguei minha bicicleta que havia estacionado atrás do mercado e montei, já eram por volta das 22:00 da noite, eu apertei os passos e desci voando para casa, por assim dizer. Quando cheguei em casa, todas as luzes estavam apagadas e a moto velha que ficava na frente não estava lá, parece que os mês responsáveis deram uma saída, no que eu me referia aos meus responsáveis, é só um casal jovem aventureiro que completou a maior idade há não muito tempo e decidiu me levar com eles com a permissão de meus pais biológicos...Me sinto genérica.

Eu entrei naquele deprimente imóvel e guardei minha bicicleta, como de sempre. Tudo estava uma bagunça, mas eu não iria arrumar, acho que meu quarto é o único canto da casa que é considerávelmente arrumado em comparação ao resto. Eu vivo praticamente dentro de um cabaré, há calcinhas penduradas em todo canto, pacotes de camisinha pra todo lado e, não poderia esquecer, do enorme fedor de bacalhau naquele sofá. É...pelo menos não sofro maus tratos deles.

Passando pela sala, algo leve caiu em meu ombro, porém eu sentia molhar a manga de minha camisa. Eu olhei de canto de olho e quase vomitei enquanto jogava aquilo fora no puro nojo.



— Que calcinha fedida da porra! — Além do fedor impregnado nos meus dedos por ter pego aquilo, ela parecia estar suja de mais alguma coisa suspeita do meu ponto de visão.





Eu corri para me trancar na única parte normal dentre os cômodos, me apressei para higienizar minhas mãos e fui para o banho depois.


— Por que eu concordei em aceitar de vir com eles?— Me remoí por minutos embaixo do chuveiro, depois de tanto tempo, eu saí dalí e me troquei.



Eu tô com tanta fome que acabei por me lembrar de uma máquina de lanches que tem aqui perto, me surpreende ninguém ter tentado roubar os lanches e a máquina ainda.



Pera, eu não tô mais no Brasil...



Catei as únicas moedas que tinha e corri pra fora e tranquei a casa, eu contava as moedas já pensando no que daria para pegar. Por não ser muito longe, eu logo cheguei e já fui inserindo os pequenos metais esféricamente planos na máquina, agora era questão de esperar.

— ... — Esperei com um grande sorriso, deixando claro.— ...



Okay, tá demorando.

— ... — Eu olhei o horário em meu telefone e olhei novamente para a máquina.— Ah, qual é?— Bati levemente em sua vitrine à espera de seu funcionamento.— NÃO FODE, CARAI, EU TÔ COM FOME!— Por impulso, eu chutei a chapa daquela máquina, mas me arrependi, as pontas de meus dedos estão doendo bastante.

— Ei.



Não nego que me assustei e me envergonhei ao mesmo tempo. Eu procurei o dono da tal voz e achei, ele estava ao lado da máquina, só que um pouco mais afastado.




Era ele...Era ele!


— Tem um certo jeito pra se lidar com essas máquinas, de onde você veio não te ensinaram isso?— O mesmo apagou a bituca de cigarro em seu pulso e caminhou para minha frente, ele me deu as costas  e começou a pressionar aquelas partes coloridas da máquina, que até então eu não sabia que eram botões.— Toma.— Ele deixou um pacote de salgados na minha mão, ele parecia normal até então, até ele começar a olhar demais o meu rosto.—... Você não é a garota daquele mercadinho?

— Eu não sei se você é o carinha que não sabia usar a máquina do cartão ou se é o babaca que derrubou as coisas da prateleira.— Estourando o saco, eu avaliei o conteúdo daquele salgado.— Acho que é o babaca, valeu por me ajudar aí.

— Pfft, fala do meu irmão, mas a pouco estava agredindo a máquina de lanches por não saber usar.— Um ponto pra ele.

— Haha! É, nesse você me pegou, eu vou indo, a gente se vê.— Virando sobre os calcanhares, eu me segui meu curso de volta. O que eu não contava é que ele viesse junto.— O que tá fazendo?

— Voltando pra casa.— Direto, porém suspeito.

— Acabei de lembrar que minha casa é pra lá.— Parei abruptamente apontando para a direção oposta e esperei que ele fizesse o mesmo, apenas para ver se não estava tentando me seguir.

— Problema.— Ele deu de ombros e seguiu caminho para a mesma direção.

— Ah...— Bom, parece que não, eu acho.





Caminhavámos juntos, até certo ponto estava me assustando, ele não virava para outro caminha de jeito nenhum e isso permaneceu até que eu estivesse há uns cinquenta metros da minha casa. Ele mora por aqui mesmo?

— Obrigada por me acompanhar, tchau.— Acenei ao mesmo e desloquei para minha morada já próxima.



Entrando, eu corri para a janela e o vi entrar  numa casa que tinha suas luzes acesas, foi nesse momento que vi o outro rosadinho chegar e entrar também com algumas caixas.



— Vizinhos? — Indaguei mordiscando um salgadinho.

Criminal - Imagine Ryomen Sukuna - Jujutsu KaisenOnde histórias criam vida. Descubra agora