III - O Anúncio dos Escolhidos

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Passado a fase de análise das fichas dos candidatos a Seleção, a família real se reunia pela última para acertar o discurso de anúncio dos quinze selecionados para participar deste grandioso evento.

Jongin passara todos esses dias bem quieto e fechado em seus próprio mundo, pouco distante de sua família – mas ainda presente em momentos especiais com seus pais e irmã caçula.

Porém, era notável para qualquer um no castelo que o príncipe regente estava estranho, o motivo obviamente era do conhecimento de todos: A Seleção. Kai não era muito a favor daquele método de casamento.

Sabia que – infelizmente – era uma tradição em seu Reino, mas isso não quer dizer que todos os príncipes e princesas que passaram por isso estavam todos de acordo e esbanjando alegria com tal obrigação.

E apesar de seus lobo estar deveras incomodado com a proximidade que estava do grande evento, ele estava aos poucos se conformando, pois o único jeito de sobreviver aquele show de falsidade era aguentar com classe até o final dos quatro meses.

Sua família – como anunciado na televisão – faria o anúncio dos candidatos escolhidos naquela noite, e todo o script de fala para que fosse realizado o anúncio com perfeição pela família real também estava feito.

Seu pai, muito insistentemente implorou-lhe para ser simpático e ao menos 'fingir' estar animado com tudo – mesmo que estivesse detestando aquilo.

Era fato, não queria deixar sua privacidade tão exposta para um bando de estranho, que morariam em sua casa, e principalmente se fossem de índole ruim, rapidamente se apoderariam de suas fraquezas para causar uma guerra naquele castelo.

E ainda tinha o fato de temer que algum ou alguma ômega fizesse maldades com sua irmã ou empregados, mesmo que estes servissem a corte real, todos eram muito bem pagos, e principalmente muito bem tratados e respeitados, independente de qual classe ou gênero fosse, nunca foram uma família mesquinha ou ruim, que rebaixam os empregados para demonstrar superioridade.

Os Kim eram conhecidos entre o habitantes e outros reinos como a família mais humilde e empática para com todos, os poucos que possuíam sua apatia eram aqueles que os desrespeitaram ou que os prejudicaram por ambição, de resto sempre são bem polidos e educados com todos.

Mesmo que o reino possuísse castas onde habitassem pessoas de índole duvidosa e até mesmo pobre, os reis nunca os ignoraram e possuíam vários projetos e leis em discussão correndo no Conselho Real de Seul que debatiam estas questões diariamente, e aos poucos eles iam conseguindo quebrar os preceitos construído na cabeça dos alfas e betas 'mesquinhos' que compõem o Conselho.

E era esperado de Jongin que este possuísse um esposo ou esposa que pensasse o mesmo que os reis atuais e anteriores, ao contrário do Conselho, que preferia que o príncipe se casasse com um ômega que não se envolvesse em nada que fosse político.

Era nítido o ódio que estes sentiam dos Reis ômegas que regeram antes de Minseok e do próprio, pois o ômega Kim fazia questão de estar presente em todas as reuniões do Conselho e sempre opinava, vetava, votava e apresentava seus pontos, e o Conselho o odiava mais ainda pôr o ômega ter sempre pontos muito relevantes e suficientemente bons que não podiam contestar.

E lembrando disso, Jongin se permitiu soltar um pequeno riso baixo enquanto estava sentado a direita de seu pai, em mais uma reunião deste mesmo Conselho, observando os olhares raivosos direcionados a seu pai ômega.

E segurava o riso mais ainda ao ver como seu pai ômega portava-se e deixava explicito o quanto amaciava seu ego ômega receber todos aqueles olhares fulminantes de homens que não podiam fazer nada contra si, pois com uma simples ordem sua eles seriam expulsos do conselho, reino e desposados de seus riquezas e bens materiais.

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