The invisible, visible

The invisible, visible- Capitulo 4

POV LOGAN>>

Eu não podia ficar aqui, quieto, e pensando em milhões de coisas que aquela garota poderia ser. Foi então que eu tive uma ideia. Ir para a prefeitura de White Hill e buscar informações sobre a garota. Lá tinha uma biblioteca gigante, com livros de qualquer assunto, tinha um auditório para palestras e peças de teatros municipais, tinha uma sala de interrogatório , e o principal, tinha uma sala cheia de arquivos pessoais de qualquer pessoa que passou por essa cidade, qualquer cidadão que mora ou que já morou na cidade.

- Oie!! - Calum chamou minha atenção

- Estava em Nárnia? - Foi a vez do moreno chamar a minha atenção

- Ahh, não! Eu estava pensando em uma teoria louca na minha cabeça

- O que foi dessa...- Calum perguntou, pelo menos tentou, antes de ser teletransportado para sei lá onde

- Sempre me esqueço que qualquer um pode ser teletransportado a qualquer momento - Diz Ashton assustado

- É, eu também esqueço - digo dando silêncio na conversa

- Repetindo o que Calum queria dizer: O que foi dessa vez? - Irwin perguntou sem nenhuma cerimônia

- Eu estou de olho em um casal, acho que o homem está traindo a mulher- minto, já que se falar a verdade, terei que ouvir outro "sermão de Michael"

- Virou fofoqueiro, é?

- Infelizmente é a única coisa que podemos fazer condenados

- Terei que concordar contigo dessa vez- Ash disse, soltando um suspiro longo

- É isso então, meu camarada, eu tenho que ir, para confirmar aquela teoria da minha cabeça

- Beleza, me conta depois o que foi que aconteceu

Depois da última fala de Ashton, eu fui caminhando até o prédio grande, que acompanhava um lindo quintal cheio de flores e cores. Ele tinha algumas decorações brancas, tais como estruturas de leões e rinocerontes.

Entrei no prédio e nem me importei com a capacidade de pessoas dentro de um elevador, já que eu nem fazia diferença no peso. Graças a Deus, o elevador que eu peguei só tinha duas pessoas, quer dizer cancela esse "Graças a Deus"

- Depois de uma semana com bastante neve, um dia com um pouco de Sol precisava vir.- a mulher comentou

- Né, não aguentava mais- o homem concordou

- E eu não aguento é esperar a porta do elevador, para isso- a mulher beija o homem empurrando ele para as paredes do elevador

Parece que até nessa prisão, eu tenho que ficar de vela.

A porta finalmente abriu para eu sair daquele cubo de amassos. Fui direto para a sala de arquivos e me perguntei: "Como é que eu vou achar ela, sendo que nem o nome dela, eu sei? Sou um tolo mesmo..."

Fechei os olhos com vontade de ter alguma ideia. Com determinação segui meu trabalho, eu iria comparar o rosto dela com as pessoas da foto, já que me lembrava muito bem daquele rosto, o rosto que tinha olhos castanhos esverdeados, uma boca simétrica, uma sobrancelha muito bem feita, um nariz pequeno e lindo. Sorri com a lembrança do rosto.

Comecei a abrir as pastas. Fiquei pasmo, só de abrir a informação da primeira pessoa. Não tinha foto?? Que tipo de sistema era esse? Um sistema sem foto? Abri mais e mais pastas, mas ainda continuava sem foto. Fiquei MUITO bravo que comecei a jogar todas as coisas que eu tinha pego no chão, algumas caíram e algumas ficaram no lugar, já que eu só podia encostar em cinco coisas por vez.

Vi as pessoas assustadas com o barulho que as pastas fizeram contra o chão,e prestei atenção em seus rostos. É claro!! Tinha me esquecido, eu estava no passado, Ash até reclamou dos cortes de cabelos das mulheres! É por isso que os arquivos estavam sem foto!

Desejei ir para o presente, no mesmo lugar que eu estava, só para achar o arquivo da tão misteriosa garota.

O desejo foi realizado, porém não do jeito que eu queria, sim eu fui para o presente, mas eu estava no lugar da minha tortura...

Corri o mais rápido que eu pude para ficar longe daquele local, as eu cai e fui levado até o lugar da tortura . Tive que observar aquela cena, a cena que eu não conto para ninguém, pois me doí muito!

Um dia depois que a polícia comunicou a minha família, que não me acharam e que irão desistir de me procurar. Meu irmão que te depressão, crise de ansiedade e existencial decide se matar. Ele sempre teve problemas psicológicos, mas eu sempre estava lá para dar um abraço nele e confortar ele, mas como ele disse em suas últimas palavras: "Agora meu irmão não está aqui, comigo, ao meu lado".

Eu me culpo demais com esse acontecimento. Se eu não estivesse aqui, se eu não tivesse bebido e desobedecido a lenda do dia 11/11, meu irmão ainda estaria vivo, e eu estaria com ele. EU FUI UM COVARDE!!

Minutos após aquele acontecimento, minutos de choro e de dor. Eu fui solto da tortura e continuei ali, parado.

Levantei e fui direto ao meu objetivo, saber pelo menos o nome daquela garota.

Fui até a sala de informações da prefeitura. A cidade de White Hill era pequena então bastava eu observar 200.000 arquivos que eu acharia. Era muito, mas ainda era um número bom, imagina ver um ou dois milhões de arquivos?

Fui abrindo e colocando no lugar cada pasta, um atrás de um.

Meus olhos já doíam, era tanta informação para ser processada em uma única hora, eram vários rostos desconhecidos e conhecidos.

Vi meu rosto, os dos meus amigos e de tanta gente...

Preferi não olhar a ficha do meu irmão, já que sabia que iria chorar. Mas bateu uma curiosidade gigante e olhei as fichas dos meus amigos. As fichas deles eram iguais a minha, menos a do Michael. A do Michael tinha uma outra informação, que me deixou abismado: "suposto assassino de Rafael Solano". OI? O Michael assassino?

Depois de duas horas achei o rosto tão procurado e desejado, a ficha estava impecável, sem nada sujo. A tal garota se chamava Emma, era filha única, e tinha uma mãe morta, depois de desaparecer também no dia 11/11, mas não de 2020 que nem eu e os meninos e sim de 2019. Ela estudava na mesma escola que a minha e era vizinha do cara mais popular da escola, aquele moleque que roubou minha ex namorada Stella.

Peguei um papel e uma caneta, escrevi as informações pessoais dela, coloquei seu nome completo, onde morava, onde estudava e o nome da mãe dela, talvez eu consiga encontrar a mãe dela nesse mundo que eu chamo de maluco...

Guardei a pasta no mesmo lugar que achei, fui direto à biblioteca, para ver os babados, na biblioteca sempre acontece brigas, e coisas que geram muita fofoca, eu adoro esse lugar para isso, não para ler.

Como eu já disse anteriormente, o bom desse mundo é que você pode quebrar regras da cidade, rir e gritar na biblioteca, nadar no lago...

Mesmo sabendo que eu não sou visto e nem escutado pelas pessoas, eu me escondo atrás das prateleiras para ninguém me ver, acho que é costume.

Estava tão concentrado na ação FBI, que nem percebo que Emma está na biblioteca. Me aproximo dela, e ouço a conversa, ela está procurando por um livro. Recebe uma ligação e sai correndo, quis ir atrás dela, mas fui teletransportado. Seguro o papel com as informações de Emma com toda força do mundo, para não perder ele.