{CAP 24.}

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{Longa quebra de tempo.}

- Morar na rua não deve ser tão ruim.

- Deidara, meu pai não vai te matar. - revirei os olhos.

- E se?

- Não vai.

- E se? - cruzou os braços.

- Ele sabe que você come o Deidara em lugar público?

- Quieto Sasori. - o encarei com desdém. - Cadela do Itachi.

- O que disse? - cerrou os punhos.

- Cadela do Itachi. - sorri debochado. - Vai encarar, ruivinho?

- Vocês dois, já chega.

- Meu pai está nos esperando. - sorri ladino.

- Não pense que escapou, Uchiha.

- Vai morder minha perna, baixinho?

- Pegou pesado. - Deidara sussurrou. - CORRE.

- AÍ CARALHO. - corri em direção a porta sendo perseguindo pelo ruivo.

- O que está acontecendo? - encarei o loiro que tinha seus olhos arregalados.

- Pai! - abracei o mesmo. - Senti sua falta.

- Eu também. - riu baixo. - Então, onde está o sortudo?

- "Sortudo"? - franzi o cenho.

- Seu namorado. - revirou os olhos. Puxei Deidara o abraçando ladino.

- Aqui está. - sorri observando o olhar desesperado do outro.

- Você é ainda mais bonito pessoalmente, garoto.

- E-eu? - sorriu forçado. - Obrigado.

- Entrem. Trouxe presentes para todos. - assim fizemos.

- Tudo bem, Senpai? - sussurrei próximo ao ouvido do mesmo.

- Não faz isso, hm. - mordeu o lábio.

- Hein? - franzi o cenho. - O que?

- Sussurrar no meu ouvido.

- Minha nossa. Que imaginação fértil. - ri recebendo um tapa do loiro.

- Quer ficar solteiro? - engoli a seco.

- Não faria isto. - sorri convencido.

- Droga... - fez bico. - Não mesmo.

- Quanto tempo, Obito. - desmanchei o sorriso rapidamente.

- Ryotaro? Você está... diferente.

- Pois é. As pessoas crescem. - sorriu forçado.

- Entendo, puberdade. - revirei os olhos. - Aprendeu a bater punheta?

- Imbecil. - resmungou. - Te trouxe um presente, mas, estou me arrependendo.

- Não é uma bomba, é? - fingi estar amedrontado.

- Infelizmente não. - respirou fundo. - Podemos conversar? A sós. - encarou Deidara.

- Até depois, Senpai. - sorri lhe roubando um selinho.

- Lá fora. - o segui em direção ao quintal. Parei ao lado do mesmo e observei o céu por um breve momento. - Aqui está.

- Estou com medo. - peguei a sacola. - Um... tênis?

- É. - cruzou os braços. - Eu estraguei o seu, por isso brigamos. Lembra?

- Sim. - sorri ladino. - Obrigado... Eu acho. Este não foi o único motivo para brigarmos.

- Sobre isso, eu preciso fazer uma coisa. - suspirou.

- O qu... - fui surpreendido por um beijo vindo do mesmo. Apenas o empurrei limpando a boca rapidamente.

- "Conversar".

- Deidara... - arregalei os olhos.

- Agora entendo. - sorriu forçado. - Fingem odiar um ao outro, porque se gostam. - me aproximei do mesmo. - Não. Fica longe de mim, por favor.

- Entendeu tudo errado, Deidara. - suspirei. - Ele me beijou.

- Preciso pensar, hm. Conversamos depois. - retirou-se em direção aos quartos.

- Por que caralhos você me beijou, Ryotaro?

- Não é óbvio? - sorriu debochado. - Desde que éramos crianças, quando você me protegia dos "valentões" e cuidava dos meus machucados, o irmão mais velho que todos desejavam, o namorado perfeito... - o interrompi.

- Você é doente.

- De amor por você? Talvez. - riu. - Obito, eu te conheço mais do que qualquer pessoa, está usando este garoto.

- As pessoas crescem, Ryotaro. Meu ódio por você, igualmente.

- Estraguei todos seus relacionamentos. Este é só mais um. - fez careta. - Por que se importa tanto?

- Meu amor pelo Deidara é verdadeiro. - cerrei os punhos. - Não é "só mais um". É O DEIDARA.

- Boa sorte para reconquistar o "seu Deidara". - aprpximou-se lentamente. - Mas garanto, comigo aqui, será difícil. - sorriu ladino. - Agora, vou voltar para sala, abraçar o papai e continuar sendo o filho preferido, você permanece choramingando pelos cantos enquanto seu loirinho te rejeita. É bom sair vitorioso, mais uma vez.

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Sintam muito ódio do Ryotaro, ele merece.

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I WANNA BE YOURS. - {Tobidei.}Onde histórias criam vida. Descubra agora