Momento Familiar

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Dia seguinte...

Meu coração ao mesmo tempo que estava com muito medo, estava radiante.

Eu não acreditava ainda que tinha um bebê dentro de mim.
Eu gritava de alegria e ao mesmo tempo gritava por socorro.

Eu não sabia como seria, eu iria precisar de um emprego, larga os estudos, não poderei fazer faculdade, Derek ficará sozinho na faculdade.

E como vou contar a ele sobre a gravidez? Meu Deus minha vida está uma loucura.

Já era 14 horas da tarde, escuto meu pai abrindo a porta e gritando.

- Filha, chegamos.

Eu corro a escada para abraça - ló, quero apenas abraça - ló com todas as minhas forças.

Pai - Meu Deus, que Saudade foi essa, foi apenas uma semana filha.

Jade - aí papai, você nao faz ideia de como eu precisava do senhor aqui.

Ele me abraça, - eu estou aqui tabom, não irei a lugar nenhuma.

Safira - Vocês dois são maravilhosos, vou fazer algo bem gostoso pra comermos o que acham?

Lucas - Eba mamãe, estou morrendo de fome.

Jade - nossa! Nem me fale, poderia comer um elefante agora mesmo.

Pai - Eita Jade, você nunca foi de comer tanto assim.

Jade - é papai, algumas coisas mudam né.

Safira - Bom, vamos parar de falar e se preparar pra comer, Lucas ajude seu pai a desfazer as malas e Jade vem me ajudar na cozinha.

Todos concordamos.

Enquanto eu ajudo a montar o lanche com a Safira, ela me surpreende com uma pergunta.

Safira - Jade? Você está bem? Aconteceu algo enquanto estávamos fora?

Eu olho pra ela assustada.

Pq essa pergunta? Não parece que está tudo bem!?

Safira - Na verdade não, sou mulher, e mulher reconhece de longe quando outra mulher não está bem, ainda mais quando alguém vai visitar uma clínica de ultrassom.

Jade - Por favor Safira, não diga nada ao meu pai, deixe que eu fale com ele.

Ela me olha e me abraça.

Calma querida, me diga o que houve e vamos resolver juntas.

Expliquei a ela tudo do começo e pedir que não contasse quem era o pai para o meu pai e perguntei a ela como sabia que eu tinha ido a clínica.

Ela disse que assim que chegou e eu abracei meu pai, observou um cartão da clínica quase caindo pelo meu bolso.

Jade - você é muito observadora!

Safira- kkkk verdade, sempre fui assim.

Os meninos chegaram e sentamos a mesa pra comer, depois de 40 min na mesa, o Lucas estava cansado e pediu para ir pro Quarto para dormi.

Ficamos nos 3 na mesa, Safira olhou pra mim, falando apenas com o olhar, conseguia ver ela dizendo, fala, eu tô com aqui com vc.

Eu encaro meu pai e solto a primeira palavra.

Pai?

Ele responde - Sim Querida.

Safira apenas observa tudo, olhando pra mim.

Jade - Preciso lhe dizer uma coisa.

Pai - Sim filha, sabe que pode me dizer qualquer coisa.

Jade - Antes que eu diga, eu lhe peço perdão, perdão por não ser a filha que o senhor tanto quis.

Pai - Que isso Jade, nunca mais repita isso. Por que você está assim, não chora Jade.

Safira - Deixe ela falar amor!

Pai - vocês estão me preocupando.

Jade - Prometa que não vai me abandona e virar as costas pra mim, prometa!

Pai - eu nunca iria fazer isso Jade, eu perdi sua mãe, eu nunca iria querer perde você, eu nunca mais quero perde ninguém que eu amo.

Jade - Pai, Eu tô Grávida.

Meu pai me olha, eu vejo os olhos dele encher de lágrimas, ele fica 2 min sem dizer uma palavra, que pra mim foram 2 horas.

Pai - Jade! Como isso aconteceu.
Ele tenta ser o mais calmo possível.

Jade- Na noite da festa.

Pai - mentiram pra mim? Você não dormiu a festa toda né.
Só quero saber quem é o pai.

Safira me olha com olhos cheio de lágrimas e antes que eu possa dizer algo, ela interrompe.

Ela tem todo direito de não contar se quiser, nosso papel é não virar as costas, acredito que para ela será muito mais difícil que pra gente Beto.

Meu pai me encara e ele tá com raiva, mas ao mesmo tempo ele não quer ter raiva de mim.

Pai - Jade, amanhã conversamos ok, preciso pensar e compreender sobre tudo isso, mas de Primeira já saiba que sou teu pai, e não há ninguém nesse mundo que te ame mais que eu.

Meus olhos com lágrimas, choro sem conseguir dizer uma palavra, saiu da mesa e subo para o meu quarto.

Pego uma foto de minha mãe.

Converso como se ela tivesse aqui comigo agora.

- Mãe, me perdoe, eu n te dei o orgulho que tanto a senhora esperava.

Eu adormeço, com a foto dela na mão.

O Meu Melhor AmigoOnde histórias criam vida. Descubra agora