Eu, você e as Gotas de Sangue [DeiHina]

66 6 11
                                    

Olá, olá, meus bolinhos! Tudo bem?Sei que ando meio desaparecida, mas o trabalho e a vida voltaram a pesar, a pandemia voltou a afetar minha cabeça, algo que afetou minha produção escrita e tudo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Olá, olá, meus bolinhos! Tudo bem?
Sei que ando meio desaparecida, mas o trabalho e a vida voltaram a pesar, a pandemia voltou a afetar minha cabeça, algo que afetou minha produção escrita e tudo... Então, perdão. No entanto, continuo participando do Império AllHina e trago minha participação do desafio de Novembro. Espero que gostem!
E, por fim, quero agradecer à SerenityElian, que me acolheu embaixo da asa e continua cuidando das minhas fics, e à Winxw, de quem eu sou uma fã enorme e me deu essa capa perfeita <3.

Boa leitura!

================================================================================

O barulho das sirenes conseguia ser mais alto do que o burburinho das pessoas que estavam à sua volta. Em todos seus anos como socorrista, incluindo os que passou estudando para se tornar médica, nunca tinha visto algo como aquilo. Sua garganta ficou seca ao ver tanto sangue espalhado pelo chão.

Era difícil que uma guerra – mesmo pequena como aquela – terminasse com alguém vivo.

Os olhos perolados de Hinata voaram pela cena, analisando cada pessoa ali. Gangues eram um problema crescente na cidade e os membros começavam a se enfrentarem por causa de território. Muitas mortes aconteceram graças a isso, mas nunca em proporções tão gigantescas. Ela teve que buscar em seu íntimo o autocontrole necessário para não acabar colocando para fora qualquer coisa que havia em seu estômago.

Os outros atendentes correram para verem se encontravam alguém vivo, mas parecia impossível. O cheiro ferroso estava deixando-a tonta. A jovem médica recriminou-se por isso. Já vira muito coisas terríveis – talvez piores do que um tiroteio poderia causar – o que não justificava sua reação extrema. Não deveria impressionar-se tanto. Era ridículo.

No entanto, seu telefone vibrou no bolso de trás de calça mais uma vez.

Ele vinha tocando sem parar desde que receberam o primeiro chamado para atender aquelas vítimas. Havia um ótimo motivo para não querer atender aquela ligação, mas não podia evitar. Não naquele momento. Ainda esperando que seus colegas checassem todas as pessoas que estavam do lado de fora, Hinata tirou o aparelho do bolso e levou-o até o ouvido. Muitas coisas em sua vida não deram certo ou saíram como planejado, incluindo aquela.

— Estou no...

A voz fraca tomou conta de seus sentidos antes que ela tivesse tempo de pensar. A localização não parecia muito distante de onde estava, mas existiam pessoas que precisavam dela naquele local. Era considerada a melhor em seu trabalho e, por sempre estar disposta a ajudar todos, acabava sendo mais requisitada para emergências do que os outros. Só que o pedido feito com tanta pressa e sem quase nenhuma energia foi mais forte.

Hinata podia ser egoísta uma única vez em sua vida, não podia?

Uma pedra estava presa em sua garganta e ela nem mesmo soube como conseguiu avisar para seu parceiro, Shino, que precisava sair para verificar o perímetro. O homem pareceu preocupado com a possibilidade de que ainda houvesse alguém por perto que quisesse lhes causar mal, mas isso nunca aconteceria. A jovem conhecia aquele lugar como a palma de sua mão – apenas não deixava que os outros soubessem disso.

Mergulhada em SentimentosOnde histórias criam vida. Descubra agora