Capítulo 4

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Os planetas pareciam girar em volta de alguma coisa, e era brilhante, seria o sol?
Ele teve que fechar os olhos para que não ficasse cego com tamanha claridade. Novamente aquele lugar, florido e brilhante, com uma bela melodia no ar.
Wonwoo olhava de uma certa distância, não queria se deixar ser pego, por quem quer que estivesse lá.
De repente, uma ventania suave se fez presente, e com ela, pétalas de flores, fazendo o rapaz olhar com certo encantamento.
Quando menos se deu conta, tinha alguém em sua frente, lhe dizendo coisas que não entendia. Não teve tempo, pois logo acordou, em sua cama, soltando um longo suspiro.

- Estou ficando louco... - murmurou, vendo que ainda estava escuro, assim voltando a dormir, ou tentando.

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Outro dia se inicia, e com ele, a cidade começa a acordar, com sua movimentação costumeira.
Carros indo e vindo para todos os lados, assim como as pessoas. Nada de novo sobre o belo horizonte.

Ali perto, uma cafeteria abria, dando bom dia a todos os clientes que acordavam cedo. O rapaz de sorriso fácil recebia todos os seus clientes com um enorme sorriso no rosto, os atendendo com uma calma sem igual. E para sua felicidade, hoje era um dos dias com movimentação agradável e clima ameno, o que facilitava demais as vendas.

- Aqui está, volte sempre! - disse para a última pessoa que saía.

O local ficou vazio por um tempo, mas não muito.

- Joshua! - ouviu alguém lhe chamando, já imaginando quem era.

- Dino!! O que está fazendo aqui a essa hora? - perguntou, já sorrindo.

- Passei pra tomar aquele café! Tenho que chegar na faculdade cedo, infelizmente - fez um breve bico, já se sentando no balcão de frente ao outro.

Joshua já começou a preparar o café dele, do jeito que o mais novo gostava.

- Suas aulas estão indo bem?

- Estão, muito bem! Logo, logo eu termino os exames, e estarei livre!

Joshua riu dos gestos dele, e assim que terminou de fazer o café, colocou na frente do menino, com uns biscoitos.

- Então, esses são por conta da casa!

- Whaaa obrigado Joshua hyung! - sorriu, começando a comer.

Joshua também sorriu, assim voltando a limpar algumas coisas no café.
Um tempo depois, Dino foi embora, deixando o rapaz sozinho.

- Estou sentindo algo estranho no ar... será? - olhou para o alto, suspirando e negando com a cabeça, preferindo voltar ao trabalho - Não é um problema meu.

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Segurava o pincel de forma firme, o passando na tela em branco em sua frente. Não importava quantas vezes tentasse algo novo, suas pinturas sempre iriam acabar em flores, ou planetas, ou até mesmo em uma pessoa.
Sim, ele tinha total consciência do motivo, mesmo assim ignorava.

- EU NÃO AGUENTO MAIS ISSO!! - se levantou, colocando a mão na cabeça e respirando fundo.

Logo em seguida olhou em volta daquela sala, vendo várias de suas pinturas.

- O QUE VOCÊ QUER DE MIM? HEIN!?!? - gritou, olhando para o alto - Me deixa em paz!

Segurou a tela que estava pintando, a jogando com força no chão.

- Estou tentando fugir...eu vou fugir, não quero voltar a isso!

De repente, ele ouviu batidas na porta, tentou se recompor e foi abrir, porém, mal imaginava quem estaria do outro lado.

- Bom dia, Woozi. Quanto tempo, não é? - o homem sorriu, de forma tranquila.

- O que você está fazendo aqui? - o menor o encarava, descrente.

- Hn... Vim aqui com muitos propósitos! Mas com você, apenas quero dar um aviso - saiu entrando na sala, sem nem sequer pedir - Não adianta tentar fugir, nem você, nem eles dois.

Falava, ainda sorrindo.

- É o nosso destino, e mesmo se você quiser, não vai conseguir escapar dele, então, melhor parar de tentar. Quanto mais rápido você aceitar isso, menos vai sofrer com as lembranças, sim?

Woozi ouvia o homem em sua frente, não querendo acreditar. Mas no final, se deu por vencido.

- E se eu aceitar? Isso tudo para? Eu fico em paz!?

- Hm... talvez! Isso você vai ter que descobrir sozinho - ele já caminhava em direção a porta.

- Seokmin! Por quê?

- Fomos escolhidos para algo grande! Até mais, Woozi! - da mesma forma que apareceu de repente, sumiu.

Woozi respirou fundo, colocando a mão na cabeça, tudo aquilo lhe deixou com dor.
Mas, ele sabia, que estava apenas começando. Com Seokmin de volta, as coisas começariam a andar.

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- Ah, não... Não é assim que funciona... - explicava de forma calma - Se colocar um pouco mais pra cá, aí fica legal, olha só.

- Jeonghan! Você é um gênio, nosso melhor arquiteto, sem dúvidas!

- Não é para tanto, senhor! - ele sorriu de forma doce, até seus olhos fecharem - Apenas estou fazendo o meu trabalho.

- Continue assim, e logo vai ganhar uma bela promoção! - o homem deu leves tapas nas costas dele, já se retirando.

Jeonghan sorriu, assim começando a juntar os papéis de seu projeto.
Quando terminou, optou por tirar um tempo de descanso, se sentando em sua cadeira e fechando os olhos por um tempo, o que não durou muito, já que ouviu batidas na porta.

- Pode entrar!

- Senhor Yoon...- uma mulher apareceu - Tem alguém querendo te ver, ele disse que tinha hora marcada.

- Ah, sim... Deixa ele entrar - respondeu, se ajeitando na cadeira.

Assim que o viu, franziu o cenho, mas não estava surpreso.

- Vi pelas mídias que você tinha voltado, mas não imaginei que eu fosse receber uma visita assim, tão cedo!

- Jeonghan... não me subestime, você sabe o que estou fazendo - o homem se sentou de frente pra ele - Vi que todos, aparentemente, estão levando uma boa vida aqui, isso é bom!

Explicava, olhando cantos aleatórios da sala.

- Porém...uns não estão indo tão bem assim, simplesmente por não quererem aceitar os fatos.

Jeonghan o ouvia tranquilo.

- Você sabe que é um dos...

- Já chega, certo? - Jeonghan se levantou, cortando o outro - Eu sei muito bem, não preciso que me lembre.

Seokmin afirmou com a cabeça, já se levantando.

- Não precisa ficar assim, Jeonghan. Pois bem... aqui eu não tenho nada a fazer.

Sorriu para ele, caminhando até a saída sem dizer mais nada.

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O dia corria bem agitado. E com isso, a movimentação de pessoas naquele restaurante estava absurda.
Todos corriam para fazer o seu melhor, e agradar os clientes.

- Mingyu! Trás já essas cebolas cortadas aqui! - um dos homens gritou, fazendo ele correr até lá.

O dia para Mingyu estava corrido sempre, ser ajudante de cozinha não era uma coisa tão fácil. Sempre estava recebendo ordens e correndo para todos os lados. Horas depois, ele pôde respirar aliviado com o fim de mais um expediente.

Estava caminhando pra casa, tranquilamente, porém com uma sensação estranha, de estar sendo observado. Mesmo assim, continuou seguindo. Quando estava chegando em casa, foi parado.

- Mingyu - ouviu aquela voz melodiosa - Podemos conversar?

Fallin Flower | WonHui | ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora