Capítulo 1

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Novamente, acordou com os olhos arregalados e o coração acelerado. Isso sempre acontecia quando tinha aquele tipo de sonho.
Porém, a cada vez que sonhava eles pareciam ser mais reais, mesmo tudo soando como se fosse muita loucura.

Jun jogou a cabeça para trás, colocando sua mão direita sobre o peito e respirando fundo.

- Está tudo bem...foi só um sonho, só um sonho - disse a si mesmo, se levantando e caminhando até o banheiro para lavar o rosto.

Ficou um tempo se encarando no espelho, sem entender os motivos de tudo aquilo.
Fazia um tempo desde que começou a ter sonhos estranhos, de si mesmo em um lugar, parecido com um jardim.

Estava a procura de alguém, mas nunca achava.

Voltou pra cama, afim de dormir, ou tentar.
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Pela manhã, Jun acordou, um pouco mais relaxado.
E após fazer seus costumes matinais, foi para seu emprego.
Ele trabalhava em uma floricultura, gostava de flores desde criança, e não sabia explicar o motivo, apenas sentia que deveria estar perto delas, estranho, mas era o que realmente gostava.

Geralmente não costumava ter muito movimento na floricultura, mas em épocas de grandes festas, como por exemplo, casamentos, o local criava uma movimentação absurda.
Mas isso não chegava a ser um problema para Jun, que era muito ágil e sempre sabia o que fazer.

E também, contava com a ajuda de seu amigo, Seungkwan, por metade do dia, antes do mais novo sair para seu trabalho como fotógrafo.

- Whaaa o que aconteceu hoje? - perguntou Seungkwan, ao mais velho, quando tiveram tempo de descansar.

- Não faço a mínima ideia, Kwan, épocas de casamentos ou aniversários é sempre corrido, sabemos.

- Agora que as coisas estão calmas, vou partir pro trampo', tenho fotos para fazer - sorriu, tirando o avental que usava e deixando no balcão, já pegando sua mochila com a câmera e material de fotografar - Boa sorte, Junjun!

- Quem é o cara que você vai tirar as fotos? - perguntou o mais velho, curioso.

- Só sei que é um cantor novo, nem lembro o nome - respondeu Seungkwan, fazendo pouco caso - O dinheiro é alto, é esse o importante, agora tô' indo - disse, saindo do local.

Jun riu, apenas acenando para o mais novo, que saía apressado.
Agora sozinho, foi olhar suas flores, ver se tudo estava certo, e organizar a bagunça feita antes.

Seria mais um dia como os outros, porém com algo diferente no ar.
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Não muito longe, um aglomerado de pessoas aguardavam em frente a um dos maiores hotéis da Coréia.
Todos querendo ver a sensação do momento, Lee Seokmin.
Conhecido por ter uma voz incrível, e que encantava a todos, ele rapidamente estava se fazendo ser conhecido no ramo musical.
Todos diziam que sua voz era como um alívio para qualquer ser, um timbre suave que acalmava qualquer coração aflito.

"Estamos agora em frente ao The Shilla Seoul, um dos hotéis mais conhecidos em toda a Coréia, principalmente por acomodar os melhores e mais famosos artistas"

Diziam os jornais locais, todos cobrindo a chegada de Lee Seokmin.

O cantor, foi ter com a imprensa, se dando a liberdade de responder algumas pessoas, porém, parou ao ver alguém que já aguardava, lhe chamando para entrar no prédio.
Os repórteres não paravam de tirar fotos, todos querendo ter o melhor material para seus jornais.

Seokmin caminhava em direção ao grande hall, sendo seguido por alguém que já conhecia há tempos. O mesmo se sentou em um dos sofás, sorrindo gentil e gesticulando para que seu acompanhante fizesse o mesmo.

- Já faz um tempo, não é, Seokmin? - o mais velho entre eles perguntou.

- Bastante tempo, Choi - respondeu sorrindo largo - Como estão as coisas por aqui? Novidades?

- Na verdade, nenhuma. Tudo continua meio igual - respondeu tranquilo.

- E eles? Nenhum sinal? - Seokmin perguntou, agora mais sério, vendo o mais velho negar - Não é menos do que o esperado, de verdade.

- Já que estamos aqui, pode me dar uma entrevista? Não quero chegar de mãos vazias no jornal.

- Sempre esperto, senhor Choi, muito esperto.

Ambos sorriram, assim, Choi fez as perguntas que queria, e foi respondido por Seokmin.

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A noite caiu, e com isso, Jun pôde enfim, fechar a floricultura e ir para casa, ter seu merecido descanso.

As ruas estavam movimentadas como sempre, com um frescor que dava a Jun uma sensação e alívio sem igual. Tanto que o mesmo respirou fundo, sentindo toda aquela brisa, sorrindo fraco.

Via as pessoas passando pela rua, rindo e se divertindo, queria ter a vida despreocupada que eles tinham, mas sempre esteve dando duro.
Não tinha do que reclamar, adorava seu trabalho, de verdade.

Com esses pensamentos, voltou para sua casa, tomou um banho, e foi assistir algo aleatório na televisão, como sempre fez.

Esperava que, quando fosse dormir, não tivesse aqueles sonhos novamente.

Fallin Flower | WonHui | ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora