Um lobo que nunca viu na vida

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Um belo dia acabara de começar. O sol nascendo e iluminando as casas, comércios e edifícios. As donas de casa logo preparando o café da manhã para suas famílias, logo já se preparando para limpar a casa enquanto o resto de sua família estava ocupada. As crianças querendo morrerem de terem acordado cedo para ir para a escola, assim amaldiçoando todos da mesma como professores e coordenadores. Os trabalhadores já se despedindo de suas famílias para irem de trabalhar, mesmo que não quisessem mas tinham de sustentar sua família com o dinheiro que ganhavam. As lojas iam abrindo, os comércios já recebiam seus empregados, e um pouco longo dali, no castelo, o cenário não era muito diferente. Os empregados do turno da manhã logo iam preparando tudo para a família real enquanto os do turno da noite voltavam para suas casas depois de terminarem seu serviço. O castelo todo estava iluminado com os raios solares, assim fazendo o castelo mais belo e também ajudando os adormecidos a acordarem com seus relógios corporais. Mas diferente desses, em um quarto exageradamente grande para uma pessoa só, na gigante cama de casal, escondido debaixo das cobertas e travesseiros mas principalmente do grande mosqueteiro que escondia a cama, o príncipe permanecia preso em seu mundo de fantasias. Mas não por muito tempo. Assim que deu o horário de todos da realeza acordarem, três empregadas logo abriram a porta do quarto do garoto, prontas para começarem seus trabalhos.

Duas foram abrir as cortinas, assim também abrindo um pouco as janelas para o ar circular. A terceira, abriu o mosqueteiro da cama, assim vendo uma bagunça de lençóis, cobertores, travesseiros e até mesmo bichinhos de pelúcia. A empregada logo subiu em cima da cama por não alcançar onde desejado pela cama ser imensa, bem maior do que necessário, e tentou afastar um pouco todas as cobertas e travesseiros, assim encontrando o pequeno príncipe encolhido e abraçado em um travesseiro, ainda dormindo. Continuou puxando os cobertores para que os mesmos não incentivem o príncipe a dormir mais. Quando já tinha o garoto descoberto, deu seus cumprimentos:

-Bom dia Alteza - deu seus cumprimentos com a voz doce para mimar um pouco o príncipe.
-Hmmm nahm - resmungou qualquer coisa como resposta.
-Bom dia Alteza - as outras duas empregadas deram seus cumprimentos assim como a primeira.
-Hmmmm - resmungou mais alto e mais bravo por estar sendo incomodado pelas três mulheres.

As mesmas não se incomodaram com a grosseria do príncipe, estavam acostumadas com isso por serem as três encarregadas de cuidarem do garoto, assim realizando tal trabalho todo santo dia. As três mulheres passaram a tirar os cobertores antes que o príncipe caísse no sono novamente. Ray abriu seus olhos calmamente, e logo soltando um suspiro, desejando nunca ter acordado. Estava com sono. Dormiu tarde noite passada. Ficou assistindo séries noite passada já que não conseguiu escapar do castelo para ir em alguma balada como gosta de fazer. Ray odiava ser príncipe. Tinha muitas obrigações como príncipe para realizar e odiava isso. Não podia sair do castelo e se divertir como os outros. Queria ser um garoto normal e sair para se divertir assim como todos da sua idade. Tinha de aproveitar enquanto ainda era jovem e se divertir enquanto ainda não era rei e teria de se comprometer com o trabalho do reino. Ser rei, ou melhor, rainha, era o que menos queria ser. Odiava todas as obrigações da realeza. Tudo era muito desconfortável para si. Não queria ter de herdar o trono, mas tinha de ter nascido primeiro que sua irmã.

O pior era que, mesmo se tivesse nascido depois de sua irmã, iria tomar o trono de sua mãe por infelizmente ter nascido ômega, melhor, ômega lúpus. Por ser ômega, iria se tornar rainha de toda forma. Justamente por isso que sua mãe pega tanto no seu pé quanto às suas escapadas do castelo. Sinceramente, como odiava a vida de príncipe. Somente aceitou que não iria mais conseguir dormir e se sentou na cama, com a cara emburrada e cheio de sono. As empregadas logo tiraram seu pijama enquanto uma delas oferecia um pouco de café para acordar de vez. Foi levado pelas empregadas para o banheiro, onde as mesmas lhe deram seu banho matinal para então vesti-lo novamente com suas roupas de príncipe para enfim Ray ser dispensado de seu quarto para que as camareiras o limpassem e aproveitando para que o moreno não se enfie debaixo das cobertas novamente. Logo na porta de seu quarto tinha um mordomo, que estava somente esperando por sua Alteza para o acompanhar a sala de jantar exclusivo da realeza, do castelo. Enquanto o moreno ia na frente, o mordomo o seguia logo depois do mesmo dar seus cumprimentos à Ray. Odiava quando sua mãe colocava um mordomo, talvez dois, para ficarem de olho em si, isso se não colocava guardas de verdade para realizar tal trabalho. A coisa era que Ray tentava escapar de suas obrigações toda vez que tem a chance e sabendo da teimosia de seu filho, a rainha, cujo denominada Isabella, pedia para monitorarem as ações do moreno antes que seja tarde demais.

O desespero de ser amado Onde histórias criam vida. Descubra agora