Ray acordou depois de um sonho completamente confuso e sem sentido que nem se lembrava mais do que tinha sonhado assim que abriu os olhos. Não sabia mais o que tinha sonhado, somente sabia que tinha dormido muito, tanto que tinha até esquecido do que fez ontem. O mosqueteiro de sua cama foi aberto revelando suas três empregadas favoritas que logo trataram de o fazer levantar, coisa que não queria de jeito nenhum. Teve de levantar de toda forma já que precisava realizar seus afazeres como príncipe enquanto foi arrastado para fora de sua cama mesmo que não quisesse. Sua rotina matinal manteve-se normal, apesar de no café da manhã seu pai ficou enchendo seu saco falando de como líderes de território eram legais, que ia gostar muito de líderes de território conforme fosse se responsabilizando pelos mesmos, que o nosso chefe líder de território era incrível e também ficou falando de alguns feitos que já fizeram. Sinceramente, o que tem de tão legal nisso? Por que seu pai ficava tão empolgado com líderes de território? Talvez porque também era um alfa mas não parecia ser tão legal como falava. Parecia que seu pai era fascinado em líderes de território de tão empolgado que falava, tanto que até sua irmã perguntou mais sobre e aparentemente a mesma começou a se interessar também.
Tanto si quanto sua mãe ficaram em silêncio enquanto seu pai e sua irmã não calavam a boca. Leslie parecia uma criança falando de líderes de território. As vezes até acredita que era mais maduro que seu próprio pai de o quão bobo conseguia ser, parecendo até uma criança. Não sabe bem mas parece que alfas eram fascinados por líderes de território, tanto que sua irmã também foi contaminada pela animação de seu pai. Graças aos deuses terminou seu café da manhã e pode deixar a mesa para continuar com seu dia. Não entendia como líderes de território poderiam ser tão legais. Ok, salvavam ômegas e isso era realmente um ato nobre mas o que tem de tão interessante nisso? Fora que aquele tal Norman nem parecia ser lá grande coisa. Era sim uma pessoa interessante e talvez até divertida mas não parecia ser "super incrível" como seu pai descreveu. Bem, somente pelo fato de não ser obrigado a ficar trancado em um castelo já era divertido. Foi para seu próximo afazer que era, adivinha? Aula de etiqueta. Sério, como tem tanta coisa que precisa aprender? Era tão tediante, tudo tão chato. Era nesses momentos que ser um líder de território parecia realmente legal já que não precisava passar por isso. Não podia faltar se não tivesse um bom motivo e aparentemente "não é divertido" não é um bom motivo.
Ser rainha não era divertido. Tudo era chato, muito chato. Queria que algo mudasse em sua vida mas tudo que mudava era que tinha mais afazeres a cada dia que se passava. Queria achar algo que mudasse sua vida mas que mudasse de verdade, que fizesse com que sua vida fosse divertida. Queria ter ao menos uma aula mais divertida, como aula de luta corporal ou luta com espadas igual sua irmã mas aparentemente isso era muito bruto para um ômega delicado. Ah mas vai se fuder. E daí que era um ômega? Queria poder fazer o que sua irmã faz. A vida dela que era realmente divertida. Tinha aulas divertidas, podia sair do castelo quando quisesse e não tinha afazeres difíceis ou cansativos iguais aos seus. Tudo porque era uma alfa. Isso era um preconceito. Ray não pediu para nascer ômega e ser todo delicado e ter uma vida chata. Se pudesse, seria um alfa, pois assim teria uma vida mais divertida como sua irmã ou até melhor, nem teria nascido na realeza. Assim poderia fazer tudo que sempre sonhou, achar um cara bonito e viver uma vida normal iguais aos outros. Mas talvez, uma vida normal não seje tão divertida... Se fosse pensar assim, então seria um líder de território. Não que achasse que líderes de território eram super incríveis ou que fosse divertido salvar ômegas mas ao menos iria dormir sem saber o que o dia seguinte o aguarda e seria como uma aventura.
Era isso que queria, ter um futuro imprevisível, e não meticulosamente planejado por sua mãe. Mas infelizmente não tinha como mudar isso. Somente aceitava a vida que levava e continuava com sua vida. Depois de uma aula que não é nem preciso dizer que foi chata, teve aula de equitação, finalmente algo ao menos um pouco divertido. Foi até o estábulo do castelo, acompanhado de um guarda, e lá tinha sua nova professora de equitação. Era uma mulher um tanto jovem, parecia ter no máximo vinte e seis anos e parecia ser uma pessoa legal.
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O desespero de ser amado
FantasyRay, mesmo sendo da realeza, não era lá o mais santo do mundo. Não queria saber de suas obrigações como príncipe, preferia sair a noite para se divertir assim como todo jovem adulto mas foi durante uma dessas noites em que saiu de fininho do castelo...