Unidas pelo tráfico

🥀- Capítulo um

Antes de tudo eu queria dizer pra vocês que essa fic é uma adaptação, a história original é de um casal hetero então eu fiz várias mudanças pra conseguir fazer a adaptação certinho. Elas vão ter bastante desavenças antes de ficarem juntas mas é uma fic muito boa eu realmente espero que gostem!

Essa história tem muitas cópias e adaptações então eu não sei quem realmente teve a ideia dessa fic e colocou em prática mas eu peguei ela do perfil da :

👉 MariaAmorin_

POV'S BABI

Sabe aqueles momentos em que você só quer sumir e fingir que sua existência nunca aconteceu? É exatamente assim que eu estou me sentindo, eu posso ter dinheiro, um celular caro e ser herdeira de uma das mais ricas famílias do México. Mas não posso ser quem eu sou, não posso escolher o que eu quero ou não fazer e muito menos quem eu quero ou não amar. Se pudessem me tirariam até o direito de respirar.

- Babi, vamos! Estão todos te esperando. Você está linda filha, vai causar inveja em todas aquelas garotas.

- Mãe você ainda não entendeu não é? Eu não quero atrair olhares e muito menos causar inveja, eles não se importam com o que eu estou ou não vestindo mãe, só se importam com o quanto vão ganhar sorrindo pras câmeras naquele salão!

- Bárbara não fale assim! Eles são nossos convidados, espero que você se comporte e que como herdeira honre o nome da nossa família!

- Tudo bem, vamos antes que eu mude de ideia.

Eu e a mulher fria que chamo de mãe descemos as escadas da grande e invejada mansão Passos, atraindo os olhares da multidão ali presente. Com um sorriso falso no rosto cumprimentei alguns convidados e logo a atenção de todos se voltaram para o meio do salão onde um homem elegante com um sorriso amargo começava um discurso de merda.

- Boa noite a todos! Muitos de vocês devem estar se perguntando qual é a grande surpresa que anunciaremos esta noite. Bom, para nossa família o poder é muito importante, e foi motivo de muita alegria encontrar uma família com os mesmos valores. E  é com grande satisfação que anúncio a união da família Passos e a família Galvão. Com o casamento de minha filha Bárbara Passos e Bruno Galvão.

Os aplausos ressoam por todo o salão enquanto todo o ódio acumulado dentro de mim por tantos anos crescia ferozmente.

- E A MERDA DA MINHA OPINIÃO QUERIDO PAPAI?- Gritei assustando as pessoas ali presentes que pararam de aplaudir e me olharam com curiosidade.

- Bárbara, não fale assim!- Minha mãe sussurrou friamente próxima ao meu ouvido.

- NÃO FALE ASSIM? VOCÊS SÓ PODEM ESTAR DE BRINCADEIRA COM A MINHA CARA! EU NÃO VOU ME CASAR!

Sinto meu pai agarrar com força meu pulso e me puxar até seu escritório com minha mãe em nosso encalço. Ele me empurrou pra dentro da sala e bateu a porta com força assim que minha mãe adentrou o local.

- Que merda de showzinho foi esse? Você ficou louca de me fazer passar vergonha na frente de todas aquelas pessoas Bárbara?- O homem perguntou furioso.

- Eu, louca? Acho que é completamente ao contrário. Vocês querem me obrigar a me casar com um merdinha qualquer sem nem me perguntarem o que eu acho dessa palhaçada toda! Eu permiti que vocês controlacem minha vida por muito tempo, mas agora chega. Já sou maior de idade a um bom tempo e daqui para frente quem decide o que eu deixo ou não de fazer sou eu!- Gritei com lágrimas nos olhos sentindo uma onda de coragem e adrenalina me invadir.

- Bárbara eu já disse para você ter cuidado com as palavras! Somos seus pais e você está sobre o nosso teto, nos deve obediência!- Minha mãe me repreende.

- Se esse é o problema amanhã mesmo eu saio dessa casa e do México também!- Falei arrancando uma gargalhada fria do homem a minha frente.

- Você não tem nada! É só uma garotinha mimada que precisa do nosso dinheiro pra viver.

- E é aí que você se engana meu querido "papai" enquanto vocês se preocupavam em roubar o dinheiro sujo de vocês eu guardava a grande mesada que vocês me davam para tentar compensar a ausência de vocês dentro dessa casa!- Me virei caminhando até a porta, mas antes de tocar a maçaneta sou repreendida.

- Se você sair por essa porta esqueça que um dia fez parte desta família!- O homem fala com um tom rude.

Girei a maçaneta e sai batendo a porta, sem me importar. Passei correndo pelo grande salão me esbarrando sem querer em algumas pessoas e corri escada a cima enquanto cochichavam entre si.

Peguei duas malas, coloquei o máximo que consegui de roupas dentro delas e com muito sacrifício consegui fecha-las. Respirei fundo e limpei as lágrimas do meu rosto enquanto olhava uma última vez meu quarto, meu refúgio, o lugar que eu sempre usei para me esconder.

Peguei minhas economias que guardei desde os meus 13 anos, e minhas malas. Desci as escadas tentando não fazer barulho e chamar a atenção das pessoas que pareciam interessadas no discurso de desculpas do meu pai. Resolvi sair pela porta dos fundos para que ninguém me notasse e não demorei para entrar em um táxi e chegar ao aeroporto.

- Qual o seu destino senhorita?- A moça do check-in perguntou sorridente.

- Buenos Aires, Argentina.

- Ótima escolha, aqui está. Boa viagem!

Agradeci a linda moça e fiquei um tempo esperando meu voo ser chamado e assim embarquei para minha nova vida, quer dizer... Para falar a verdade minha vida começa agora.

Assim que sai do avião e coloquei meus pés em Buenos Aires uma onda de euforia tomou todo meu corpo, e pela primeira vez em toda a minha existência me senti livre!

- Aleluia, achei que tinha desistido de vir!- A garota alta encostada em uma das grandes pilastras do aeroporto diz sorrindo para mim.

- Milena?- Corro para abraça-la e a mesma aperta meu corpo contra o dela fortemente.

Milena é uma amiga que se mudou para cá a alguns anos, e mesmo que estivéssemos longe uma da outra sempre tivemos uma conexão muito forte e nunca deixamos a distância nos afastar.

- Que saudade pinscher.

- Eu também tava morrendo de saudade tomatão.- Ela fez uma careta por conta do apelido me arrancando uma boa gargalhada.

- Vamos logo, vou te leva para sua nova casa.

- Minha nova casa?- Olhei confusa para ela.

- Simm é um apartamento simples, no mesmo prédio que o meu, é bem arrumadinho, você vai gostar.

Eu e Milena caminhamos até o Opala vermelho da mesma, a garota me ajudou a por as malas no carro e depois de um tempo nós finalmente chegamos.

É uma rua simples e nada luxuosa, percorri meu olhar pelo local e parei onde estava um grupo de mulheres e alguns poucos homens, todos usam preto, correntes de ouro e a grande maioria estava fumando. Continuei olhando até ver um garoto que parecia ter uns 16 anos se aproximar e entregar uma quantia em dinheiro a uma das mulheres ali presente, a mulher entraga a ele um pequeno pacote oque parecia ser drogas?

Mii terminou de guardar seu carro e me chamou para ir a um dos prédios, desviando minha atenção daquele grupo de pessoas. Estáva tão distraída caminhando até ela que nem vi quando uma moto veio em alta velocidade na minha direção, meu corpo todo travou, levei minhas mãos a frente do rosto e fechei os olhos por conta da luz do farol esperando que o veículo colidisse com meu corpo. Quando ouvi a mesma frear fortemente, abri os olhos com dificuldade e me deparei com uma mulher a centímetros de mim.

Os olhos dela eram lindos, ela usava roupas pretas e uma jaqueta de couro um pouco desgastada, a mesma tirou o capacete e o verde impactante de suas íris encontram meus olhos castanhos, senti meu coração disparar. Ela é absurdamente linda, seus cabelos loiros bagunçados, e seu rosto maravilhosamente perfeito me fez flutuar.