Capítulo 21

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Resumo: Palavras mudas em significados que esses olhares transmitiam diretamente e apenas para o seu. Uma súplica perdida no som que saía de seus lábios, dizendo apenas o seu nome de forma carinhosa, mas que poderia queimar sua pele da forma como lava quente faria. Tentação em meio ao gelo. Ele já conhecia de cor cada gesto deles. Poderia não admitir, ainda mais agora, sendo afetado pelas mesmas sensações. Sua loucura em dose dupla, tão perto que doía.

Notas iniciais: Capítulo com conteúdo erótico.

Como experiência sensorial eu recomendo o audio de "Christian Woman" do Type O Negative


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Batidas de um coração solitário. Xue Meng tentava manter o rosto impassível enquanto voltavam da missão bem-sucedida.

Os irmãos Mei precisaram regressar a Kunlun, pois havia uma missão em andamento que outros discípulos tomaram a frente enquanto eles estiveram no território de Hua Ruowei e de Ma Yun. Havia coisas, no entanto, que apenas cultivadores mais experientes conseguiriam resolver. Portanto Xue Meng os acompanhou.

A situação era complicada em alguns termos. Aparentemente um espírito libertino estava a divertir-se fazendo esculturas de gelo entre as casas dos moradores mais ao topo da montanha. Mesmo que a população fosse bastante "liberal", não significava ter que se deparar com uma cena peculiar a luz do dia e até mesmo proibir crianças de sair de casa.

Tratando-se de um espírito astuto, e tendo em vista sua natureza vulgar, Xue Meng já estava preparado para eventos absurdos durante a missão. Mas nada o preparara para encontrar belíssimas esculturas de gelo que brilhavam na pouca luz solar que descia pela montanha nevada durante o dia.

Eram trabalhos belíssimos, com detalhes muito vívidos. O brilho era magnífico e surreal, com pitadas de furta-cor que deveriam encantar os olhos. Se os olhos não estivessem tentando processar o conteúdo das esculturas. Havia todo tipo de... obscenidade a céu aberto! Homens e mulheres em posições vergonhosas que poderiam fazer Xue Meng ter uma hemorragia nasal de tanta vergonha.

O pior de tudo era a escultura central. Era uma espécie de obelisco, mas analisando bem... era algo que lembrava muito um falo humano...

Mei Hanxue sorria para tudo achando muita graça, mesmo já tendo visto tudo isso antes. Mei HanXue continuava sério, mas sempre encontrava um jeito de olhar furtivamente para Xue Meng e conferir sua reação a cada nova escultura encontrada.

Tudo estaria bem (mentira!) se Xue Meng não estivesse com os acontecimentos da manhã pregados em sua testa. Ele acordara sentindo-se muito bem obrigada, mas havia uma massa fofa e cheirosa sob seu nariz. Seu corpo se encontrava praticamente em cima do corpo de Mei HanXue, com uma de suas pernas entre as dele, e obviamente com uma das coxas dele entre as suas.

Sob a roupa fina ele podia sentir perfeitamente a ereção matinal de Mei HanXue sob sua coxa. Duplamente pior que ele estivesse totalmente consciente da sua própria. Durante muitos anos de treinamento ele conseguiu suprimir os impulsos naturais de seu corpo. Com muita persistência ele vinha conseguido manter seu orgulho, mesmo que para isso seu núcleo precisasse queimar um pouco mais. Mas com essa perna grossa entre as suas, sabe-se lá por quanto tempo, foi impossível que seu corpo não sucumbisse a uma reação masculina rotineira.

Ele poderia sentir vontade (loucura!) de beijá-los, de tocá-los..., mas não significava que ele queria se esfregar com tanto vigor (como você fez e até gemeu... oh... às vezes a consciência não é uma bênção...) na perna alheia e sentir seu pênis vibrar com o contato.

Deveríamos estar aptos a falar abertamente sobre nossos  sentimentosOnde histórias criam vida. Descubra agora