Allana narrando :Não sei ao certo onde estou, e nem como estou.
Tento abrir meus olhos mas parece mais difícil do que eu podia imaginar, faço o maior esforço em abrir os olhos.
Assim que abro, me deparo com um lugar anêmico, paredes brancas, soalho branco, tubos, e um monitor de sinais vitais do meu lado.
Estou num hospital.
Olho pro lado estava Miguel segurando minha mão, e do seu lado uma carteira. Eu conheço é do meu pai.
O que aconteceu?
Acho que falei algo porque Miguel me olha com seus olhos azuis, vermelhos mostrando que estava chorando, estava com olheiras enormes, com a mesma calça do baile mas sem o blaser._ Lana, como você está? - pergunta olhando para meu rosto.
_ Bem, eu acho. - respondo
_ O que aconteceu? Porque estou nessa cama de hospital? - pergunto
_ Então, você não se lembra? - pergunta receoso, mudando sua postura e a deixando mais rigido._ Me lembrar de que? - tento procurar
algo em minha mente.
_ Lana, o acidente... Você e s... sua mãe.....a Aly...v....vocês - gagueja Miguel me fazendo voltar aquele dia, o acidente, mãe, Aly meu Deus.
_Minha mãe, cadê elas? - pergunto entre lágrimas tentando me levantar daquela cama, porém uma dor enorme me invade me fazendo fracassar.
_ Calma Lana , vou chamar um enfermeiro - diz me olhando receoso.
_ Você vai ficar bem? - pergunta
Asseno lentamente.
Ele sai do quarto me deixando sozinha com meus pensamentos.
Onde raios está minha mãe, e minha amiga. Minhas lágrimas começam a cair molham minhas bochechas me fazendo pensar em como aquilo nos aconteceu. Estávamos felizes , porque? Começo a soluçar sem parar quando me dou conta minha respiração estava ofegante e de repente se instalou um clarão.(........)
Não sei ao certo quanto tempo se passou depois da minha tentativa de acordar porém estava mais desgastada que antes meu corpo doía, parecia que haviam cortado meu corpo ao meio.
Dessa vez quem estava lá era meu pai, ele estava olhando pro nada, com uma expressão neutra, estava focado em algo que nem se apercebeu quando eu acordei._Pai - o chamo fazendo se virar totalmente para mim.
Assim que ele me olhou, nasceram lágrimas em seus olhos, meu coração se apertou com aquela situação, parecia que algo não estava bem quando tentei falar algo fui tomada por seu mais caloroso abraço e um beijo demorado em minha testa me fazendo automaticamente chorar junto dele como se eu já soubesse oque havia acontecido. Algo me dizia que minha mãe não estava bem pelo tempo e jeito que meu pai estava e demonstrava._ Me desculpa filha......so me desc.....desculpa - papai quase que não conseguia falar.
_ Pai, o que aconteceu, me fala pelo amor de Deus - imploro entre lágrimas com meu rosto todo ensopado.
_Filha trata de melhorar, você precisa ficar bem, depois a gente conversa - diz meu pai tentando soar autoritário.
_ Pai para, já chega estou aqui toda entre fios e agulhas, angústiada sem nem notícia da mamãe e da Aly, preciso ao menos saber como elas estão, o acidente foi grave? - digo furiosa esperando uma resposta dele porém não obtive resultados.
_ Filha, você está internada a 2 semanas que não acordava. Se alimentava por meio de sondas, eu não quero que voce se preocupe com isso, só quero que trate de melhorar a gente vê isso depois ta bom?!- diz num tom como forma de súplica para encerar esse assunto.
Mas eu não podia encerrar esse assunto, algo me dizia que as mulheres da minha vida não estavam tão bem quanto eu esperava.
_ A mamãe, ela.....m....morreu não é pai?! - pergunto , pedindo aos seus para que aquilo não fosse verdade, meus olhos se encheram de lágrimas, meu rosto começou a queimar, senti calafrios e uma dor insuportável no meu peito.
Olho pro meu pai esperando uma resposta, mas nada obtive.
Um, dois, três minutos e nada.Quando finalmente oque pareceu uma eternidade meu pai solta um "Sim" que parece mais um sussurro que outra coisa.
Sim, sim, sim... Estava ecoando em minha cabeça, sim.
Minha mãe morreu.
Não.
Minha mãe, meu Deus minha mãe morreu.
Não estava raciocinando direito, não sabia o que fazer, não tenho reação, naquele momento estou numa situação que não sei oque fazer, quero gritar, correr, me deitar quero me atirar, estou com a respiração ofegante.
Papai estava falando alguma coisa, não quis e nem consegui ouvir.
Meus ouvidos só ecoavam "Sim" .
Não quero acreditar nisso, não posso acreditar nisso._Quando? - consigo falar tão baixo mas tão baixo que estivesse falando comigo mesma.
_ Não vai adiantar você saber disso filha-meu pai tenta me convencer.
Mas eu já não estava em mim, não estava me responsabilizando
_ QUANDO, QUANDO PORA, COMO FOI ISSO??? - Grito sem nem sequer me dar conta que estava falando com meu pai._ Não pode ter acontecido, poderia ter sido eu, tinha de ser eu - estou entre lágrimas, meu rosto está ensopado, me lembro de Aly
_ALy? - pergunto pro meu paiSeu rosto se contorceu da pior maneira possível.
_ Alyma está desacordada desde do dia do acidente. Ela foi arremessada para fora do carro, e o quadro dela e bem grave, os médicos não estão muito confiantes quanto a sua melhoria - meu pai falou aquilo tão rápido que ainda estava a digerir suas primeiras palavras.
Não sei ao certo mas, meu estômago se embrulhou, nesse momento meus sentimentos estão incontroláveis, quando dou por mim estou virada de um lado oposto de meu pai vomitei tanto que acredito que a alma saiu junto. Queria que isso fosse verdade, queria que minha alma saísse de mim nesse momento, neste instante começo a ter flashbacks de como minha mãe era comigo, das nossas conversas, dos risos e da sua ironia sinto mais uma vez um embrulho me contorci e me envolvi em lençóis.
Não me apercebi quando os doutores vieram e um moço com seu uniforme azul escuro estava limpando a porcaria que eu havia feito.
Um dos médicos que ali estavam me examinavam mas, eu não ouvia nada, estava muito longe de mim.
Meus sentimos, estava tudo bagunçado, minha cabeça não entendia mais nada.
Aquele temporal, matou minha mãe são as únicas coisas que consigo pensar.
Chorei até não sobrar nem mais um líquido em meu organismo para que conte história.
Estava super desidratada, e estava refletindo no meu estado clínico, vi quando eles entraram com mais um balão de soro para mim.Enfermeira : a gente vai colocar mais um balão de soro em você, está muito desidrata, perdeu muitos líquidos.
Não falo nada, só me limito a acenar para ela me perdendo novamente em meus pensamentos.
Estava tudo a ficar sombrio em mim
Não me sentia eu, eu sabia que algo estava se formando em mim, um sentimento que não sei ao certo explicar pairava sobre mim.
Meu olhar estava distante e, passei o dia inteiro de tal forma, alguns intervalos eu chorava em outras me pegava pensado.Depois de uma eternidade apaguei.
Oie leitores
Tudo bom?!
O que estão a achar do livro?
Beijinhos
Não se esqueçam de comentar e dar as estrelinhas.
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Para Sempre : Diversidade
РазноеAllana Reis uma garota brasileira de um pai advogado e sua mãe professora de inglês em uma das pequenas escolas de Brasil, no Rio de Janeiro. Sua melhor amiga Alyma Baccar, de 18 anos fazem a perfeita dupla de amizade de dar inveja. Allana e Alym...