PRÓLOGO

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Espero de coração que vocês gostem, porque eu estou apaixonada...

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BOA LEITURA, AMORES.

AMO VOCÊS.

AMO VOCÊS

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HEITOR

No instante em que o táxi deixou a rodovia, e acessou aquela rua no Morumbi – um bairro nobre paulistano –, a caixa das memórias explodiu dentro da minha mente e, consecutivamente, o meu batimento cardíaco disparou, agitando o meu peito e poluindo os meus pensamentos.

"Droga!", praguejei mentalmente, comprimindo os punhos sobre minhas pernas, e virei o rosto mirando a janela ao meu lado.

O céu ensolarado, as poucas nuvens flutuando sob o azul nesta tarde, não tinham o efeito de me encantar, como normalmente acontecia. Nada reluz aos olhos de quem possui um coração banhado de tristeza. O meu!

"Não queria estar aqui!". Observando a paisagem passar diante dos meus olhos, era consumido por uma sensação estranha na boca do estômago, e que subia pela garganta, deixando um gosto amargo na boca: o da perda e injustiça.

Já imaginava que não seria fácil quando chegasse a esse lugar: o palco do extermínio da minha família.

Afetado fisicamente, e psicologicamente, com todo aquele descontrole emocional, inalei muito ar, até os limites dos pulmões, em uma tentativa de conter todas aquelas emoções afloradas.

Os casarões majestosos, naquela ampla rua arborizada, onde as suntuosas árvores sombreavam as calçadas, local onde passei a minha infância e uma pequena parte da adolescência, não originavam saudades, e sim, uma agonia dolorosa preenchendo meu ser de um ódio latente. Na verdade, este sentimento de merda nunca me abandonou, mas estando aqui novamente, ele abarrotou o meu coração.

Sentia-o tão apertado dentro do peito, que o simples ato de respirar causava-me uma dor insuportável.

Poderia seguir com a promessa que fiz ao meu pai, de nunca mais retornar ao Brasil, se os meus interesses fossem apenas materiais. Afinal de contas, os profissionais mais competentes deste país representam os interesses da minha família. Não havia mesmo a menor necessidade de eu arredar os pés dos Estados Unidos.

Somente o processo dos bens materiais não colocaria a bagunça dentro da minha cabeça em ordem. Meus anseios iam além da materialidade, e por não suportar mais esta confusão, quebrei a minha promessa e foi sobre fortes resistências do meu genitor.

APENAS ME ESCUTEOnde histórias criam vida. Descubra agora