D'agua

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Nessa chuva de gosto impaciente
Cheia de vida e de morte
Que deixa a vida incandescente
É a solidão que nos dá suporte

Sem ninguém
Sem ninguém

Nessa chuva de gosto impaciente
Cheia de vida e de morte
Nós nos escondemos atrás de desculpas
E essas desculpas chamamos de má sorte
Será falta de chuva ou de água
E essa água nos purifica ou nos encarde?
Talvez o gosto amargo da chuva
Fique preso na garganta
Queremos chamar de angústia ou agonia
Preso nas nossas cordas vocais 
Essas palavras presas
Que chamaríamos de apelo
E pros demais não seria apelo
Talvez bobagem

Nessa gota de chuva que nos limpa
Limpa nossa alma
Limpa a nossa vida
Mas a vida é suja demais para ser limpa
Em alguns momentos a vida é linda?
Talvez!
Momentos longos ?
Não!
Momentos que se vão em um sopro
Esse sopro não demanda força
Esse sopro pode ser a angústia presa na garganta
E esse tempo perdido não volta tão cedo
Não volta nunca
E essa vida melancólica
Que vivemos com medo do amanhã
E com saudade do ontem
Nos invalida
Com um sopro
Um sopro de vida
Um sopro de tempo
Que passa como o vento
Levando as folhas
Que enchiam o seu quintal

As folhas caídas
Demostram sinal Vital ?
Ou demonstra morte?
Ou resiliência ?

Ondas de frustrações, traçadas em palavras!Onde histórias criam vida. Descubra agora