- Pérola! Acorda, vamos para o campus!
- Por amor da santa, Maggie! Deixa-me dormir!
Empurrei o seu corpo de cima do meu e ela caiu no chão, feita uma bola de pelo. Voltei a puxar os lençóis quentes para o meu corpo e fechei os olhos, sonhando com pastéis de nata quentinhos e fofinhos.
- Mãe! Ela não vai chegar a tempo!
Ouvi passos a correr pelas escadas.
- Querida, se não acordares agora, vamos chegar tarde e…
- Isso vai fazer com que eu dê má impressão logo no primeiro dia, arruinando assim, todo o ano universitário!
Eu levantei-me e corri para a casa de banho, onde milagrosamente, eu me quis despachar.
- Eu só ia dizer que se não te levantasses, não tínhamos tempo de passar no café… mas tu lá sabes!
A minha tia falou, assim que eu entrei no quarto preparando as minhas roupas (linkextreno). Penteei o meu cabelo e desci as escadas a correr, tropeçando na última e caindo de joelhos no chão.
- Estou pronta!
A minha tia quase que tinha o coração a sair da boca e a minha prima, simplesmente não tem nada…
- Porque és tão dark?
- Eu não sou escura! Eu apenas gosto de me vestir com uma cor clássica!
Ela torceu o nariz e caminhou até à porta. Peguei na minha mochila e na mala grande e preta cheia de roupa e fui para a porta, onde a minha prima estava, feita uma estátua de mármore.
- Então? Não sabes abrir uma porta?
- Preto não é clássico!
Ok, lá vamos nós. A minha tia riu e abriu a porta, deixando-me sair com a minha prima ao meu lado, dando indicações de como eu tenho de aprender a conjugar as cores neutras com as cores berrantes.- E é por isso que o preto não é clássico! É escuro e frio! Vive mais, Pearl!
- Pérola!
Ela revirou os olhos, voltando a olhar para a estrada que tinha á sua frente.
- Ninguém vai conseguir dizer o teu nome. De certeza que um professor teu te vai chamar Pearl. Habitua-te.
- Porque és tão má?!
Eu gritei no pequeno carro, assustando a minha tia.
- Estás nervosa? Estamos mesmo a chegar… nervosa?
- Eu estou bem, tia. Obrigada…
Eu suspirei e fechei os olhos. Quero que esta pequena viagem se torne pequena. Mais pequena do que ela já é. Mesmo pequena.
- Não achas que ela dorme demais?
A minha prima sussurrou para a minha tia. Eu suspirei e desejei, de novo, que a viagem fosse mais pequena.
- Ela está nervosa, só isso. A vida dela é quase um filme. Deus queria que tudo corra bem.
A minha tia sussurrou de volta. Elas têm razão. Mais a minha tia. A minha prima é só estupida e eu gosto demasiado dela.
- Hey, portuguesa! Chegaste ao inferno!
- Maggie! Miúda tu não és normal!
Elas saíram do carro, discutindo uma com a outra. Observei a universidade. Estava cheia de pessoas a conversarem entre si, com papéis e mais papéis nas mãos procurando por algo neles e partilhando com o seu grupo. Suspirei e sai do carro.
- Sabes o que fazer, não sabes?
A minha tia abraçou-me e beijou a minha testa.
- Eu prometo que desta vez vai tudo correr bem! Tu vais ser quem tu sempre sonhaste, meu amor. Vais realizar os teus sonhos uma vez por todas!
- Eu sei, tia. Eu sei.
Ela sorriu e largou-me. Peguei nos meus pertences e olhei para o campus outra vez.
- Nós vamos. Amanha passamos por cá para ver se estas bem. Boa sorte!
Elas despediram-se e eu esperei até deixar de ver o seu carro cinzento para entrar.
- Bom dia, Pérola Smith.
Eu cumprimentei e dei logo o meu nome. A senhora por detrás do gabinete sorriu e deu-me uma chave.
- Sobes aquelas escadas e é o último do corredor. A chave tem o número do quarto, mas não tem nada que enganar. Boa sorte.
- Obrigada, bom dia.
Sorri educadamente e mexi os meus pés até às escadas de pedra branca e brilhante. Este campus é antigo mais bem cuidado. Cheira a produtos de limpeza e tem bastante luz. Eu já estou a amar esta coisa!
- Quarto 24K… 24K… que nome estranho para dar a uma simples quarto!
Eu resmunguei assim que li a placa que a chave tinha a indicar o número do quarto. Nunca percebi o porque de juntar letras com números, mas enfim… é neste mundo que eu vivo!
- Boa, um quarto para duas pessoas!
Ao entrar no quarto de quatro paredes beges, duas camas de ferro branco e sem lençóis, um roupeiro antigo num dos cantos e uma janela entre as duas camas… eu vi que já lá estava alguém, com a cama da esquerda. Suspirei.
- Disseram-me que ia ficar com um quarto só para mim! Uau, pareço a Maggie…
Suspirei mais uma vez e arrumei as minhas coisas no armário, que era bem dividido e espaçoso. Sentei-me no colchão da minha cama e suspirei. Será que vou ter dinheiro suficiente para pagar os estudos? Será que vou conseguir emprego? Será que vou ser feliz? Será que vou fazer a minha mãe feliz?
- Será que vou encontrar o meu pai?
A porta abriu. O meu corpo congelou assim que um vulto entrou pela porta do meu novo quarto.
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Pérola(Harry&Niall)
Fanfiction- Eu nunca amei! Eu respondi ao rapaz que me tinha jurado, agora mesmo, amor eterno. - Deixa-me, por favor, ensinar-te a amar…