Pérola(Harry&Niall)

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- Olá...

Eu devia de estar com uma expressão estupida e assustadora, pois o rapaz não sabia se iria ficar à porta ou entrar. Eu levantei-me e tropecei nos meus pés.

- Olá... Pérola Smith.

O rapaz sorriu e entrou no quarto. Eu sinto que as minhas bochechas estão um pouco vermelhas e quentes. Ele colocou-se à minha frente e deu-me dois beijos na minha face.

- Liam Payne, muito prazer Pérola.

Ainda a minha prima dizia que ninguém iria conseguir dizer o meu nome. Estupidaaa!

- Eu acho que me enganei no quarto... ou é normal, um rapaz estar com uma rapariga?

Ele sorriu. Meu deus como é fofo!

- Não sei, mas nenhum dos meus amigos ficou com uma rapariga no dormitório. Acho que vai ser um problema que temos de resolver.

- Que chatice! Eu até já arrumei a minha roupa.

Ele riu de novo e sentou-se na cama. Os seus cabelos curtos e castanhos ficavam tão bem com aquele par de olhos castanhos e doces. Ele é mesmo fofo! Parece um ursinho!

- Em que curos estás?

Ele perguntou a sorrir. Sentei-me na minha cama e olhei para ele, sorrindo também.

- Estou em Estudos Ingleses...

Sorri orgulhosa. Nem acredito que consegui entrar neste curso!

- E tu?

- Em Musica.

Quem diria. Bateram à nossa porta e uma senhora, de saia e casaco preto bem engomado entrou no nosso quarto. Tinha o cabelo apanhado num coque e já era branco com uma mistura de castanho.

- Vocês vão ter que ficar os dois. Sim, eu sei, que maçada! Mas não há quartos vagos e o número de rapazes e raparigas é impar, por isso, vocês têm mesmo de partilhar o quarto.

- Diretora Marbles...

- Liam, que sorte para a menina seres tu o rapaz! Adeus, meus queridos, bem-vindos à universidade!

E saiu tal como entrou. Liam riu um pouco mais e levantou-se.

- Queres vir comigo buscar os lençóis? Sempre ponhamos a conversa em dia...

Eu concordei e saímos do nosso quarto. Ele ia falando dele, do seu sonho em ser músico e também da sua paixão por cantar. Ele não é de Londres veio doutra cidade, ao qual ele me disse o nome mas é tão complicada que eu já esqueci e teve de vir estudar para aqui para poder realizar o seu sonho.

- E tu?

- Eu o quê?

Entramos na lavandaria. Ele tirou uns sacos de plástico de uma prateleira de ferro limpo e brilhante, onde os lençóis estavam bem embrulhados e limpos e entregou-me um deles.

- Fala-me de ti.

- Bem, eu... sou portuguesa. De Portugal.

- Há, então falas espanhol?

Eu ri. Todos pensam o mesmo! Ele olhou confuso para mim mas riu também.

- Não, nós falamos português. Mas admito, espanhol e português podem ser parecidos quando uma pessoa não conhece bem essas línguas.

Os corredores largos já estavam cheios de alunos, vozes agudas e graves faziam-se ouvir por entre os quartos, malas a bater no chão, portas a abrir e fechar... o cheio a tabaco e a bebidas alcoólicas.

- Habitua-te, vai haver muita merda nestes corredores!

Rimos os dois.

- Bem continuando...

Entramos no nosso quarto e começamos a fazer as nossas camas.

- Eu nasci e cresci em Lisboa, mas sempre quis viver em Londres, porque não só é uma cidade cheia de oportunidades como também quero dar uma vida boa à minha mãe, que infelizmente teve que ficar lá.

- Uau, admiro a tua coragem!

Ele sentou-se na sua cama já feita, enquanto eu colocava a almofada alinhada entre os lençóis.

- Oh, não é nada. Todos fazemos sacrifícios por aqueles que amamos, não é?

Ele assentiu sorrindo. Ficou um silêncio confortável no quarto. Eu nem acredito que vou partilhar um quarto com um rapaz, que apesar de ser muito simpático e fofo, continua a ser um rapaz. A minha mãe não vai ter que saber, certo?

- Os teus pais devem de ter muito orgulho em ti!

- Sim, a minha mãe tem.

Eu sorri, tirando da minha mala uma moldura de prata com uma foto minha e da minha mãe, perto do Rio Tejo, onde se veem as gaivotas e o mar brilhante e os nossos sorrisos divertidos e cheios de esperança. Foi num dia de verão quente que esta foto foi tirada.

- E o teu pai?

- Não tenho.

Ele clareou a sua garganta e passou a mão na sua barba pequena e por fazer.

- Desculpa... eu não sabia.

- Não tem problema. Apenas não voltes a perguntar por ele, ok?

Ele assentiu com a sua cabeça e deitou-se na sua cama perfeitamente bem feita.

- Uau, o que se faz na uni? Quer dizer, neste primeiro dia?

Ele encolheu os ombros e riu.

- Hoje mais nada, mas manhã já começam as aulas. Vais começar com o quê?

- Literatura Inglesa. E tu?

Ele encolheu os ombros de novo. Riu de novo com aquela cara fofa e pegou num papel que tinha no bolso das suas calças cinzentas.

- Estudos musicais clássicos. Uma seca! Mas tudo começa pelo início.

E tivemos a falar durante várias horas, até eu ter a visita do João Pestana* e adormecer.

* para que não sabe, o João Pestana era conhecido, ou ainda é, pelo menino que trazia o sono às crianças. A minha mãe dizia que quando eu tivesse quase a dormir, que era o João Pestana que me estava a trazer o sono...

Hey fofinhas! Vou começar a publicar de novo a Pérola! Espero que gostem e deixem a vossa opinião. É mesmo muito importante! Kisses <3