Confidencial - Sariette

Festa

Narrador...

— eu não acredito que ela tirou a jaqueta... — Juliette xiou enquanto via Sarah usando apenas uma saia e uma blusinha fresca.

— você anda reparando muito nela. — Viih disse enquanto oferecia uma lata de cerveja.

— nela quem? To reparando em ninguém não oxe. To apenas divagando com os meus conceitos e pensamentos individuais. 

— acho que seus conceitos é loira, tem olhos verdes e um e setenta de altura. — Juliette ajeitou seus óculos e mostrou a língua. — relaxe girl, hoje o tema da festa é o que? Pagodinho? Pelo menos tem alguns cantores bons aqui.

— ah mas eu queria mesmo era o Thiaguinho.

— Thiago Leifert cantando pagode?

— não menina, o cantor mesmo de pagode, marido da Fernanda Sousa.

— Aaaaaah taaaah — Juliette e Viih começaram a rir escandalosamente. E Sarah lançou um olhar sugestivo na direção das duas.

— eles não tão cantando bem não. — Gil debochou. — vai lá garota e mostra pra eles como é que canta.

Juliette se sentou ao lado do Rodolfo que estava tocando o violão, e Fiuk batia no pandeiro, pegou o microfone e tentou improvisar.

"Deus me proteja de mim e da maldade de gente boa.
Da bondade da pessoa ruim.
Deus me governe e guarde ilumine e zele assim"

Sua voz era melódica, bem entonada e ela parecia estar em outro universo enquanto cantava de olhos fechados.

"Caminho se conhece andando
Então vez em quando é bom se perder
Perdido fica perguntando
Vai só procurando
E acha sem saber
Perigo é se encontrar perdido
Deixar sem ter sido
Não olhar, não ver
Bom mesmo é ter sexto sentido
Sair distraído espalhar bem-querer"

Sarah suspirou enquanto ouvia o canto da sereia, assim como alguns brothers que estavam parados ouvido também. Ela podia ver o sentido enigmático daquelas palavras que condiz com a vivência tanto dela, quanto com a de Juliette dentro da casa.

E por um pequeno instante ela imaginou que estava sozinha ali, apenas Juliette cantando para ela. E seu pequeno devaneio foi interrompido quando Karol pegou o microfone e cantou um refrão da música. Ela fez uma careta e negou com a cabeça se afastando da mesa.

Ela se sentou no gramado e admirou o céu escuro, logo depois Juliette se sentou ao seu lado.

— tu gostou da música?

— você foi a melhor que cantou lá. Nenhuma deles cantou tão bem quanto você. — disse sinceramente porque era verdade. — quer dizer, Rodolfo cantou bem e tals o sertanejo, mas sua voz ainda foi um pouquinho melhor.

— ah obrigada. — Juliette não parecia lidar com aquele lado de Sarah acolhedor. — teus olhos são bonitos, são verdinhos e cristalinos parecem o planeta terra porque as vezes é verde e azul, tão bonito eu queria tocar sabia?

— por deus garota. — Sarah a abraçou repentinamente, e Juliette se deixou levar pelo carinho. — estou realmente feliz que você não saiu ontem, assim eu pude te ouvir cantar.

— jubileu ta estranho... — a maquiadora levou as costas da mão na testa da loira e sentiu a temperatura. — não, sem febre.

— você sabe que toda manhã a gente mede a temperatura né?

— se a gente tivesse num bar, num risca faca, eu juro que te tascaria um beijo!

— garota?!