Axl se encontrava em estado depressivo, nunca tinha vontade de sair de casa e tinha se "escondido" da mídia. Após ver o quanto seu comportamento estava afetando todos ao seu redor, ele quis se fechar para todos, esquecendo completamente de todos. Ele queria poupar todos ao seu lado, para que não os machucasse. Rose só queria paz.
Dayane age de forma estranha para uns, descolada para outros e até louca para terceiros. Ela é carinhosa, até demais as vezes e tenta fazer todos felizes ao seu redor, para tentar afastar a dor que sentia dentro de si, tanto por questões mal resolvidas e outras lembranças ruins. Desde sempre, vem tentando arrancar o riso das pessoas com seu jeito e suas piadas, quando saiu do Brasil, fez questão de contar algumas piadas para quem estava na rodoviária, alegando que estavam muito nervosos e algumas risadas não fariam mal.
14 de Fevereiro, 1997
Los Angeles, Estados Unidos.
Deitado em sua cama, sem a menor expectativa de vida. Como lhe definir? Fracasso. Apenas, fracasso. Quem diria que alguém que se dizia imbatível agora estaria ali, sozinho e segurando as lágrimas. Como alguém como eu poderia estar tão triste? Será que eu fui deixado pra morrer no sofrimento?
Nunca tive o amor dos meus pais, nem se quer fui segurado no colo pelos meus irmãos, eu não tive infância. Meus olhos inchavam de tanto chorar. Eu me sentia culpado. Culpado por afastar as pessoas que eu mais amo. Se foram.
Meu mundo acabou. Tanto por traições, por abusos. Ver Seymour me tratar com indiferença me fez entender que eu era um humano como qualquer outro. Talvez tenha sido bom ser corno. O sorriso na face dela ainda me dava arrepios.
Por anos eu acreditei que não deveria ouvir ninguém. E hoje eu vejo o quanto eu sujei minhas atitudes pelo que não valia a pena. Deixei escorrer pelas minhas mãos tudo que eu tinha, graças ao mim mesmo. Não adiantou nada todos os gritos, todos os atrasos e chiliques, por que no final, sempre vai ser um Axl Rose esgotado.
Um coração turbulento. Era o que eu tinha no peito. Morto por dentro, disso eu não tenho dúvidas. Não havia nada que me animasse. Nem TV, nem mulheres, nem nada. Ninguém. Apenas Axl.
- Querido? - Beta estava atrás da porta, pude imaginar seu sorriso. Pelo menos ela gostava de mim. Ou pelo menos fingia bem. - Me deixe entrar.
Apenas levanto e sigo com dificuldade até a porta. Giro a maçaneta, abrindo a porta e vendo seu sorriso docemente lindo.
- Oi, meu filho. Vim ver como você está. - ela diz e põe a mão na minha testa. - Está com febre, meu amor, porque não tomou o remédio?
Apenas nego com a cabeça. Falar doía, porque eu não comia nada, apenas bebia água, meu estômago implorava por comida, mas tudo que eu engolia, vomitava logo após.
- Vou te dar um banho, você está com essa roupa há três dias. O Axl que eu conheço só anda com as melhores roupas. - ela tenta me fazer rir, mas o que sai é apenas um sorriso ladino. Ela me dá um banho e me ajuda a sair do banheiro.
- Prontinho, agora vamos comer alguma coisa. - Beta sorri e me dá a mão, me ajudando a levantar.
Caminho com ela até o andar de baixo da casa, que estava um caos. Garrafas quebradas e poltronas viradas. Um verdadeiro lixão. Me viro pra Beta um pouco envergonhado.
- Tudo bem, querido. - ela dá de ombros e me leva até a cozinha, me sento na cadeira e vejo ela tirar algo do micro-ondas. - Isso é uma lasanha. Fiz pensando em você, meu filho.
Sorri fraco, já sentindo uma náusea se aproximando. Beta parece perceber e me alcança um copo d'água. Bebo o líquido, sorrindo agradecido a Beta.
Ela merecia um abraço, mas eu não queria mágoa-la.
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Don't Fuck With My Love
FanfictionAxl tinha se distanciado do público. Ele queria sumir da face da terra e estava em uma depressão profunda. Seus colegas de banda haviam sido demitidos, ele estava sozinho. Apenas sua mãe adotiva, Beta, vinha ver como o ruivo que ela considerava um f...