Já fazia um bom tempo que nenhum dos três tentavam algo para aproximar Soukoku e Dazai estava meio entediado. Ele fez uma lista em sua cabeça do que poderia fazer para passar o tempo:
1- irritar kunikida.
Não, risque isso, o loiro havia saído em uma missão com Ranpo.
2- pregar alguma peça em Atsushi.
Ah... Ele havia esquecido disso também. Depois de toda aquela operação cúpido, a flecha havia acertado o casal errado. Atsushi e Akutagawa estavam em um encontro agora mesmo, não seria nada educado aparecer lá.
3- Achar alguma bela dama para cometer suicidio.
Oh, sim, essa parecia boa.
Dazai checou sua gaveta a procura de uma corda, mas tudo que encontrou foi um papelzinho que continha seu nome e de nakahara com números e uma carinha triste de emoticon. Ele não entendeu.
— Dazai-san? Algum problema? — kyouka perguntou.
— Essa é a letra de Atsushi-kun, não é? — Dazai mostrou o papel e rapidamente a feição de Kyouka mudou, ela corou, murmurando um sim — você sabe o que esses números significam?
— ah, sobre isso, bem... É a porcentagem de chances que você e Chuuya-san tem de ficarem juntos.
Sete.
O queixo de Dazai caiu.
— Como assim sete? Eu exijo uma recontagem! — Dazai jogou o papel na mesa onde Akutagawa e Atsushi o encaravam confusos e um tanto frustados. Sim, ele disse antes para si mesmo que não era nada educado atrapalhar o encontro dos outros. Mas sete? Sério? Puff, ele e Chuuya com certeza seriam cem porcento.
Atsushi pegou o papel e eles deram uma olhada, Akutagawa tossiu e começou:
— não tem como recontar, a menos é claro, que você me diga que seu nome não é Osamu Dazai ou que Nakahara-San se chame Yata Misaki. Ou algo do gênero.
— ou algo do gênero. — Atsushi confirmou — Se serve de consolo, é sete de dez — ele sorriu, mas aquilo não animou muito Dazai.
Ele olhou o papel novamente, tentando achar algum erro, mas nada. Não tinha nada errado.
Nakahara Chuuya
Osamu Dazai
V- 0 D- 1 A- 8
E- 0 E- 0 M- 1
R- 1 I- 1 O- 1
D- 1 R- 1 R-1
A- 8 O- 1
10 mais 4 mais 11 = 25
2 mais 5= 7
— foi por isso que pararam de tentar me juntar com Chuuya? — ele perguntou. Akutagawa cobriu a boca com a mão, tentando disfarçar o constrangimento enquanto seu parceiro, por outro lado, quase cuspia o café.
— não sabemos do que você está falando.
— Claro — Dazai pegou o papel de volta e acenou para eles — estou indo, bom encontro, garotos!
deixando para trás dois meninos extremamente corados, ele saiu do estabelecimento, suspirando pesadamente. Ah, qual é? eles eram double black, desde quando um papel poderia dizer se eles ficariam juntos ou não? Pelos deuses, Dazai mostraria que eles estavam errados. Que essa brincadeira estúpida estava errada. Oh, sim, ele provaria.
Ele pegou o celular do bolso e mandou mensagem para chuuya pedindo para encontrá-lo no lugar em que se conheceram, não tinha como errar e osamu não conseguiu pensar em nenhum outro lugar que não fosse aquele.
Para sorte de osamu, não demorou muito para Chuuya chegar.
— O que você quer, osamu? Espero que tenha um ótimo motivo para me chamar aqui caralho, porque senão... — Chuuya não teve tempo de terminar suas ameaças, quando se deu por si estava preso contra a parede (que não era nada confortável, se é que isso importava no momento) com o maníaco suicida pressionando seus lábios no dele. Que porra é essa?
Quando Dazai se separou, um papel foi jogado em seu rosto, ele pegou e estreitou os olhos, todo desconfiado.
— Abre.
Ele abriu e... riu. Como assim Chibi estava rindo daquilo? Ele não conseguia perceber a gravidade da situação?
— o que é isso? Não me diga que gosta de tiktok, Dazai. Você é mesmo um desocupado, não é?
— Eu não! — Dazai se defendeu — Atsushi que fez.
— Vocês, da agência, não tem nada melhor para fazer?
— O que? Akutagawa estava junto e... E você reconheceu. Como sabia, hein Chuuya? — Dazai apontou e Chuuya rolou os olhos, só agora vendo o resultado.
— Sete? Nada mal. Eu daria um quatro e ainda estaria sendo muito otimista.
— Quatro? Qual é, somos um nove — o moreno tomou o papel das mãos do ruivo e jogou fora, voltando a se aproximar — seríamos um dez, se você aceitasse.
— Você comeu cogumelos de novo, Dazai?
— Chuuya — ele choramingou, grudando no dito garoto como um maldito sanguessuga. — eu amo você.
Ao falar as malditas três palavras, pela primeira vez, dazai sentiu um peso enorme caindo de suas costas. Aquela sensação não era ruim. em toda era da máfia, dazai nunca se permitiu dizer aquilo para chuuya, mesmo que ele sentisse muito. ele precisava dizer de novo, mesmo que não fosse recíproco, ele precisava dizer. Osamu olhou nos olhos de nakahara e repetiu mais uma vez:
— Eu amo você.
Por um instante tudo ficou em completo silêncio, dazai já estava começando a se arrepender até que algo brilhou em seu ex parceiro, a risada egocêntrica de chuuya e quatro palavras, foram o suficiente para fazê-lo mudar de ideia:
— eu também amo você.
//
— Eu disse que daria certo — Akutagawa se gabou pela milésima vez — Dazai não gosta de ser contrariado.
— E quem gosta? Você só fez o óbvio — Atsushi murmurou, revirando os olhos, pela milésima vez.
— se era tão óbvio por que você não fez? — kyouka perguntou.
— kyouka de que lado você está?? — Atsushi olhou para ela, incrédulo.
— A gente fez isso juntos — ela deu de ombros — nós ganhamos e eles ficaram juntos. É o que importa.
— Hã?? Não, não! O plano foi meu, eu quero meu dinheiro!
— Fala sério, eu te mostrei a brincadeira! — Atsushi quase gritou.
E foi assim que começou a terceira guerra mundial.
Fim ♡

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Look at me - Soukoku
Roman d'amour"Dizem que se você olhar nos olhos de alguém por cinco minutos, ou você se sente extremamente atraído por essa pessoa ou você passa a odiá-la"