Capítulo 2

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Quarto de Hospital Your Hope07 : 35 Am 

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Quarto de Hospital Your Hope
07 : 35 Am 

O novo enfermeiro apenas me acompanha quando começo a me locomover com a cadeira, sem ao menos olhar em seu rosto.

E assim, o mesmo me acompanha até o quarto sem dizer nenhuma palavra. Pelo menos um que não tagarela e fala pelos cotovelos.

— Sei que não gosta de conversar, da pra ver em sua feição de poucos amigos. Se sinta a vontade caso queira falar ou reclamar de algo, vou respeitar seu silêncio e seu espaço pessoal.– Fala com convicção e senta no banco perto da janela.

Okay, isso eu não esperava de um enfermeirozinho, ver sua feição juvenil, serena... parece que o mesmo não tem problemas com a vida, demonstra não de importar com o paciente. Estranho. Ou então, sente empatia com os pacientes. Algo que nenhum que passaram por mim, tinham de fato. 

— Como um profissional deixa seu paciente com as rédias de tudo?– Pergunto num tom de indiferente. 

— Mas eu não estou fazendo isso.– Me olha desentendido.— Estou lhe dando apenas a liberdade que merece. Não quero ser o cara que invade a privacidade e a vida dos outros. Você não é o tipo de rapaz que gosta de pessoas. Não vou fazê-lo sentir-se invadido, por um mero estranho.– Fala tranquilo e fico boquiaberto. 

Apenas tento ignora-lo. Movendo minha cadeira até o criado mudo da cama, pegando meu celular, vendo as horas e notificações de Hoseok e da Soomin.

— Está na hora do seu remédio.– Sua voz grave ecoa pelo quarto me fazendo revirar os olhos.

Ouço o barulho de remédio ser tirado da caixa, e água ser derramada no copo. Passos se aproximando e alguém levando minha cadeira pra perto da janela.

— Ouvi falar que o Senhor é difícil de tomar remédio... não acredito em terceiros antes de ver com meus olhos.– Estica os remédios em sua mão até próximo do meu rosto junto ao copo d'água. Apenas empurro sua mão, porém apenas os remédios caem, pois o espertão equilibra o copo. E ainda sorri satisfeito. - Tudo bem.– Sorri satisfeito.— Agora eu acredito em terceiros.– Olha pra baixo parecendo triste.

Se tem uma coisa da qual não me comovo, é alguém que não conheço ficando triste. Não tenho empatia nem com a minha mãe, imagine com um enfermeiro metido á filósofo. 

— Vamos ver quanto tempo vai durar aqui... — Me viro saindo do quarto o deixando plantado no local.

Já no corredor sinto a sensação de estar sendo seguido, passos rápidos mas não o bastante, comparando com a minha cadeira.

— Poderia apenas ignorar minha existência, enfermeiro. – Fico com raiva me virando em direção do dito cujo.

— Digo o mesmo a você. Me ignore, só estou aqui caso você precisar de alguma ajuda.– Balança os ombros começando a olhar em volta , parando seu olhar num canto específico, e sigo sua linha de visão, parando na parede de vidro.

Love Yourself - Kth+JjkOnde histórias criam vida. Descubra agora