when it happened

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eu não sei como, onde e nem porque, mas aconteceu.

a única coisa que eu me lembro foi quando: o momento em que deitei, fechei os olhos e expandi para essa realidade confusa dos sonhos e das fantasias impossíveis.

suspeitosamente embaçado e salpicado de borrões, vofê estava lá, sorrindo em minha direção e dizendo para que chegasse mais perto. fui um pouco sorrateira e hesitante, porque tudo era bom demais pra ser verdade.

sempre esperei por esse momento, entre uma dormida e outra, uma escapada de realidade e sonho, que você deixasse eu te tocar ou ao menos chegar perto, nem que fosse por apenas poucos segundos.

talvez você não existisse na minha triste realidade, mas era tão palpável a sua existência assim que pregava os olhos.

continuando a sorrir pra mim, rendi minhas pernas e braços, alcançando a sua cintura. seu vestido espalhava purpurina para todos os lados e eu sentia que meu coração era um pouco assim por dentro.

toda a falsa felicidade convenceu meu inconsciente de que aquele sentimento merecia esse mérito, só para que meu coração acordasse triste e sem você nos braços no dia seguinte.

e eu não pudei absolutamente nada, me envolvendo de vez nessa ilusão glamurosa.

dói mais do que só te ter ao dormir.

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