Queria Ser Algo Mais

Eu também te amo

Maior capítulo que já devo ter escrito em minha curta existência. KKKKK
Mas acho que está boa até a história.
Boa leitura.

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Numa tarde fria de inverno, para ser mais exato dia 29 de dezembro, na qual as ruas estavam cobertas de neve e as decorações de natal ainda permaneciam.

O rapaz de orbes ônix caminhava vagarosamente pelas ruas daquela cidade, composta de prédios altos – tal rapaz havia deixado o seu carro em casa, pois queria exercitar-se. Ele havia marcado de encontrar-se com seu melhor amigo de infância em um restaurante ali perto. Trajava vestes negras as quais contratavam com sua pele alva. Encontrava-se bem agasalhado, com uma jaqueta de couro escura e calça também negra, bem ajustada ao seu corpo. Ao olhar para suas botas recorda-se de um certo dia, e sorri nostálgico ao lembra-se dele. A data a qual conhecera seu melhor amigo. Eles conheceram-se numa tarde como aquela há 20 anos atrás. Na época detinham 08 anos de idade.

Sasuke lamentava-se no parque por seus pais, mais uma vez, não estarem em casa para comemorar o Natal. O garotinho balançava-se sozinho olhando para suas botinhas pretas que iam para frente e para trás conforme o balanço. Uma lágrima escorre no rosto infantil acompanhada de muitas outras. Ele tentava limpá-las com suas pequenas mãozinhas, mas de nada adiantava.

Ao longe vinha um garotinho de idade próxima a sua, ele corria aos tropeços, ansiando em chegar ao parque e poder brincar no balanço – chegou a cair no processo algumas vezes. Ele vivia com o seu avô, pois seus pais tinham falecido num acidente de carro quando era apenas um bebê. Com um sorriso infantil de alguns dentes faltando ele finalmente chega ao tão esperado balanço, porém tinha um menino no balanço do lado ao qual iria usar, e ele fungava baixinho. Naruto não sabia o porquê de seu choro, mas queria alegrá-lo. Com muito esforço árduo conseguira fazer o menino choroso dá um leve sorriso, em seguida uma gargalhada gostosa e infantil foi ouvida advinda do moreno. Ela aqueceu o coração do loirinho banguela.

Passaram a tarde juntos, brincando no parque. O garoto de olhos cerúleos selou sua amizade com o mindinho de sua mão com a do menino moreno e prometendo que seria seu melhor amigo, e quando indagado do que aquilo significava respondera simplista:

– Hmm – estavam caminhando rumo à sua casa e o loiro para de caminhar, abruptamente. A mente juvenil trabalhava a mil para dar uma resposta aquela pergunta, e apertou a mão tão pequena quanto a sua, como se tal ato o ajudasse a pensar na resposta. – Significa que não vou deixar você chora por tá sozinho, vou tá sempre com tu. – Sorriu amarelo mostrando o sorriso de dentes faltando para o seu novo melhor amigo.

Aquele fora o primeiro Natal que Sasuke tivera companhia de alguém que não fosse algum empregado da sua casa. E naquele mesmo dia havia recebido o maior dos presentes, um amigo. Não, mais que isso. Ganhara um melhor amigo. Naquela tarde fria – onde o sol já havia se despedido devido ao solstício – a qual assemelhava-se há de agora, 20 anos depois. No entanto, aquela amizade de infância também estaria atrelada a uma paixão platônica.

Naruto fez como prometera, nunca mais permitiu deixar o moreno sentir-se solitário novamente. Para onde quer que fossem estavam grudados, como unha e carne, sendo na escola; brincando; no caminho de ida e volta da instituição de ensino; dormiam um na casa do outro – Sasuke basicamente morava na casa de Naruto e visitava a sua. Amava estar lá, sentia-se acolhido como um lar deveria ser. Seus pais pouco ligavam. Foi concebido apenas para seu genitor não largar àquela que o dera à luz.

O Uchiha sorriu ao recordar-se de tais acontecimentos, e dos bons tempos que viveu acompanhado do loiro cabeça oca.

O rapaz de vestes negras chegara ao local de encontro, avistou o loiro do lado de fora – devido as janelas de vidro do estabelecimento – respirou fundo; seu coração doía; respirava a muito custo; sentia seu coração batendo feito louco, causando-lhe calafrios pelo corpo. Adentra ao local e seguiu rumo à mesa onde encontravam-se amigos de Naruto. Sentiu um frio na barriga alastrar-se por toda a pele, aquela sensação era agonizante. Como detestava aquele sentimento amargo e dolorido, não ter controle sobre os seus sentimentos era um saco.