Incontrolável desejo

Cap 2

- Ana! - segurei sua cintura antes dela sumir do meu campo de vista. - Por favor, pense muito nas coisas antes de fazer..

- Relaxa gata... - me deu um selinho rápido e sumiu do meu campo de visão.

Isabela é doida demais e as vezes não pensa muito antes de fazer as coisas.

E eu tenho uma puta super proteção com ela.

- Amiga, vem..Ela vai ficar de boa. - Valéria me puxou pela mão. - Que é? É a Isabela cara.

- E é por isso mesmo que eu fico preocupada. - rimos.

Na sala tinha uns casais se pegando e muita, mas muita bebida mesmo...

Aqui tinha tudo que a gente gosta: puta, sapatão, viado e maconheiros.

André normalmente dá umas festas dessas, o cara é um playboy cheio da grana.

Os pais nem moram com ele mano, e então uma quase mansão só pra ele..

Só imaginam o que não acontece né?

- Po eaí cara!! - falando na peça. Ele cumprimentou Tomas. - Achei que não viesse. - falou bem empolgado, já tá doido. - Valéria. - deu dois beijos no rosto dela. - E minha loira preferida. - falou comigo e eu ri fazendo um toque. - Tá marcado minha sessão pra terça, né? - assenti pegando um baseado da sua mão. - Fechou então, fiquem à vontade.

Fiquei fumando meu baseadinho e olhando em volta.

Me sentei com o casal numa mesa e já tinha uma galera ali que eu trocava ideia e alguns já fizeram tattos comigo.

Falei com geral e o som de funk ficou mais alto.

Tinha várias garotas dançando, garotos também..Um povo cheirando.

Eu só penso se algum dia isso lota de polícia, todo mundo roda.

Chegaram por trás de mim tampando meus olhos e pelo cheiro eu sabia que era a doida da Melissa.

- Melzinha.. - falei segurando sua mão tirando do meu olho e ela veio pra frente.

- Não apareceu ontem. - fez bico se sentando na cadeira do meu lado.

- Fiquei no studio até tarde, saí de lá eram nove e meia já. - respondi terminando de fumar e sentindo minha brisa bater.

- Tadinha da minha bebê. - fez voz fina segurando meu rosto. - Quer relaxar um pouco? - sorriu sugestiva.

Todo mundo sabe que eu e ela fica. É uma relação sem compromisso, um sexo casual.

Gata demais, sério. Não tem aqueles corpão mas é gostosa.

Branquinha, cabelão grande, rosto de mocinha..

Tem uma filha, a Luiza. Garotinha é uma belezinha, igualzinho ela.

Mas ninguém fala que é mãe não..Mulherão mesmo.

- Agora não...Vou pra sua casa depois dormir contigo. - ela sorriu largo e me deu um selinho indo dançar.

Olhei pro lado e a Valéria já não estava mais, vi ela subindo as escadas com o Tomas.

Esses dois são sempre assim, a oportunidade que eles tem pra transar, eles estão indo.

- Ai meu paizinho. - chegou uma menina do meu lado se sentando onde a Val estava. - Posso sentar aqui moça?

- Já sentou né.. - falei normal pegando um cigarro da carteira e acendi dando um trago.

- Nossa, ignorante. - respondeu e eu olhei pra ela arqueando a sobrancelha. - Que foi que tá olhando também?

- A se fode pra lá vai maluca. - traguei novamente e do nada levei um tapão nas costas, chega até engasguei com a fumaça. - Qual que é o seu problema, minha filha? Tá doida? - gritei me levantando rápido olhando pra menina que me olhou debochada.