Amor a Segunda Vista

Capítulo Nove

Essa pergunta não tinha resposta naquela situação, não tinham mais o que dizer. Draco e Astória se gostam, cometeram o erro de se beijarem em um lugar escondido, antes do casamento e se alguém soubesse disso nada ficaria legal.

- Draco, a única coisa que posso dizer é que, se esse sentimento aumentar, você terá que casar. E aí, está disposto a enfrentar seu pai? – Harry respondia. – Sabe muito bem que não é justo se encontrar escondido com nenhuma moça e se não pretende levar adiante não a iluda,

Todos ficaram pensativos.

- Só sei que amanhã tem o Baile de Inverno do reino de vocês e eu vou convidá-la. – Draco dizia. - Hermione irá com Ronald? Quero dizer, pelo o que soube vocês estão se conhecendo.

Draco questionou fitando o casal que se entreolhavam sem saber o que responder, sem graça, Ronald assentiu com a cabeça confirmando e ela deu um leve sorriso de dúvida, pois pôde perceber que o ruivo não demonstrou interesse nem em convidá-la, nem de ir a festa.

Naquela tarde, enquanto as mulheres Weasleys e Granger-Potter conversavam sobre seus vestidos para a festa, os jovens rapazes andavam a cavalo e competiam.

Só havia uma pessoa que fazia Draco perder, Ronald e assim aconteceu.

- Ei cara, como está indo o cortejo de minha irmã? – Questionava Harry.

- Astória me contou que vocês conversaram o passeio todo. – Draco. – Vai realmente pedir a mão dela em casamento?

E novamente Ronald não sabia o que dizer, ele não demonstrava interesse nenhum em Hermione, não a via com outros olhos, não pretendia se casar tão cedo e se, caso acontecesse, certamente não seria com ela.

Mas ele queria paz e ela queria isso também. Paz para encontrar a pessoa certa sem tanta cobrança, o que Ronald levado pelo impulso da noite anterior não percebera é que as cobranças iriam sim permanecer, quiçá aumentar. Visto que agora todos iriam perguntar quando o Futuro Duque de Hogwarts pediria a jovem princesa em casamento.

No fim da tarde, se despedindo dos amigos, foi ao jardim pensar na vida, pensar no que estava fazendo e a cada momento que pensava, chegava mais a conclusão: "Eu preciso me desculpar com Hermione, mas preciso dar um basta nisso". O acordo dos dois não havia durado 24h.

- O que tanto pensa cenoura? – Implicava Ginny se aproximando. – Vejo fumaça saindo da sua cabeça.

- Olá, maninha, como está engraçada. – Debochou.

- É verdade que está cortejando a princesa? Achei que seu amor por Lavander fosse maior que tudo.

- E de fato é.

- Então porque está roubando a pretendente de Percy?

- Por quê você está saindo com Harry? – Aproveitou para inverter a situação e deixar claro o seu ciúmes de irmão mais velho.

- Harry é muito interessante, conversamos sobre a vida, negócios, ele me convidou ontem a noite para dançarmos. Nos aproximamos sem compromisso. Ora, se está na chuva é para se molhar, tive que vir a Hogsmeade, porque não aceitar uma dança? Mas ele me atrai, não irei mentir. Harry tem a mesma idade de Dino porém muito mais maduro...- ela deu uma pausa - Enviei uma carta hoje cedo para a nossa casa, pedi a Dobby que entregasse a ele, quero terminar nossa relação.

- Por conta de Harry?

- NÃO! Por conta de mim, olha a relação de nossos pais, olhe a relação dos pais de Hermione e olhe as pessoas com quem estamos nos relacionando? Temos exemplos tão bons em casa para me deixar levar por um homem imaturo, arrogante, ciumento?

- Você fala como Hermione. Mulheres revolucionárias.

- Inclusive estava lendo uns livros proibidos que ela tem sobre revolução, ela me mostrou hoje a tarde enquanto nossas mães provavam o vestido do baile, acho que seremos grandes amigas.

- Não tenho dúvidas.

- Mas pense bem no que eu te falei. Lavander atrapalhou tantos negócios de papai por ciúmes que o mesmo nem quer vê-la tão cedo, como fará quando casarem e tiverem filhos?

Ginny terminou a fala, dando um beijo no rosto do irmão e saindo a procura da princesa e agora sua amiga, deixando um Ronald pensativo, confuso, estressado e triste para trás.