Roma ao espelho 1

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Roma ao espelho

Capítulo 1

Mas um dia comum aqui em casa, claro, se não fosse por meu pai estar em casa, o que é quase impossível, por ele viver para o trabalho, mas agora que ele está bem doente, resolveu passar mas tempo em casa. Coisa que a minha irmã mais nova, Catherine, nem imagina, é a gravidade da doença dele, resolvemos não contar, por ela ser muito apegada a ele e por não ser o momento certo, segundo meu seríssimo pai.

–Dá pra parar de gritar, Catherine?

Maite fala chegando em seu quarto e abrindo a porta de uma vez.

–Não, não da Maite, e bata na porta do meu quarto antes de entrar. Esta pensando o quê? Que aqui é zona?

–Olha a maneira de falar comigo, eu sou mais velha que você, me respeita.

–Vai me obrigar? Sua nojenta, fora daqui!

–Você já entende as coisas Catherine, deixa de ser mimada. E me diz o porque de tantos gritos.

–Eu quero que a ajudante passe essa roupa para me vestir, e nada dela vir aqui.

Catherine tratava as outras pessoas até bem, mas estava implicando com Maite, por ela estar mais próxima do seu pai nos últimos meses, ela pensava que Maite estava afastando seu pai dela.

–Esqueceu que o meu pai a despediu? Estamos com muitas contas.

–Nosso pai, né?! E sim, eu me esqueci.

–Não entendo porque de um tempo pra cá você me trata assim, ou melhor dizendo, pior que antes. Sabe Cathy, antes você era muito apegada a mim, dormiamos juntas, eu te contava histórias..

–Para Maite, eu só fazia isso porque você insistia e se fosse pra escolher eu escolheria que a mamãe fizesse isso e não você, mas ela morreu quando eu era bem pequena e nem se quer tenho lembranças dela.

Catherine se senta na cama e abaixa a cabeça, ela queria muito se lembrar da sua mãe, mas não tinha lembrança alguma.

–Quer conversar? Eu..

–Me deixe sozinha, Maite..

–Tudo bem, eu vou passar a roupa que você quer e logo trago.

Maite lhe deu um beijo sobre a cabeça e pegou a roupa saindo do quarto, o que mais lhe doía era ver Catherine triste, doía mais nela que qualquer um pudesse imaginar.

–Trouxe o seu remédio, pai.

Maite fala baixo entrando no quarto do seu pai, ela estava bem cabisbaixa.

–O que foi dessa vez?

–Nada, está tudo certo.

–Pra você estar com essa cara não parece. O que a Catherine aprontou?

–Ela está muito arredia. Eu não suporto saber que tudo é por minha culpa, a Cathy esta sofrendo papai, ela sente falta de carinho, mas mesmo assim não me deixa aproximar.

–Você a mima de mais, a Catherine tem tudo do bem e do melhor e se faz pirraça é porque você deixa.

–O que eu posso fazer se o senhor tirou toda a autoridade que eu tinha sobre ela? Eu não posso simplesmente manda-la me obedecer e nem obriga-la a me deixar ficar perto dela e cuidar.

Roma ao espelho (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora