Capítulo I

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Oizinho gente! Me perdoem MESMO, pela demora.

Eu sumi a senha da minha conta e acabei não tendo tempo de procurar, por estar cheia de provas, eu prometo que sábado vou postar um capítulo novo, e talvez no domingo! Por favor, me ajudem a divulgar, curtam e comentem se vocês gostaram do primeiro capitulo.

Beijinhos, Luh

Marie Fleur

Aqui estava eu, sozinha em um navio. Nunca foi fácil ficar sozinha, mas aprendi durante alguns anos, que talvez fosse melhor para mim.

Meus pais e minha irmã mais nova estavam em Chicago nos Estados Unidos, e eu estava indo para uma cidade do interior da Inglaterra. Mudar, também nunca foi fácil, sou filha de pais ciganos, e só eu sei o quanto difícil é ter que se mudar todo o tempo. Na minha família eu sempre me senti muito deslocada, somos muitos, mas eu não me considero um deles, aliás, ter a família cigana não me transforma em cigana.

Um dia disse a minha mãe que iria desistir de tudo, e queria ter uma vida normal, e aqui estou eu, uma garota "normal" de dezesseis anos, tentando morar em uma casa aconchegante com poucas pessoas, estudar em uma escola por mais de três meses, e trabalhar em algo, não por eu ser certinha, mas era minha única chance era essa, meus pais me deram sete meses, e se eu não estivesse bem de vida, voltaria para os Estados Unidos.

Percebi que o tempo passou, estava mais frio, e o navio estava parando em um porto, esperei todos passarem por mim, e quase sendo a ultima a descer do enorme barco, pus meus pés no chão e respirei fundo sentindo o ar puro entrar em minhas narinas, e sorri, mesmo achando aquilo tudo muito ridículo. Sai andando com minhas poucas bagagens, sem rumo.

Mais tempo se passou e a escuridão já era minha aliada a algum tempo, meus pés estavam doloridos, e meus ombros já não aguentavam tantas bolças encima dos mesmos, vi que haviam um lugar perto que era um pouco escondido, coloquei tudo debaixo de mim, e consegui dormir, mesmo com medo de ser roubada, ou presa.

...

Acordei com o sol no meu rosto, havia várias pessoas andando nervosas e estressadas pela rua, e quando dei de cara havia uma viatura perto do local de onde eu estava, e em frações de segundos me levantei e peguei minhas coisas apressadamente.

Sai correndo para o lado contrario, e quando percebi já estava bem longe dos policiais, olhei para frente e vi uma garota pálida, de cabelos loiros em minha frente, ela parecia igualmente perdida, como eu, e se abraçando com seus braços pelo frio ela foi andando para uma rua totalmente vazia, e eu já imaginava, que se eu não a seguisse, eu me arrependeria, por ser extremamente curiosa, apesar da maioria dos curiosos se foderem em tudo.

Ela entrou em uma casa que tinha um aspecto de abandonada, mas havia gente lá, eu ouvia de longe a música que tocava, e vi a fumaça saindo pelas janelas, quando subi as escadas para entrar na casa, a mesma garota loira apareceu na porta com um cigarro na boca e com seus braços cruzados, ela me olhou, não de uma forma torta, ou com alguma maldade, mas seus olhos azuis e tristes, também transparecia confiança.

- Você não é daqui - ela comentou com um tom calmo, e ainda com seu cigarro na boca.

- Sim, eu acabei de chegar - falei com um pouco de vergonha.

- E não tem um lugar para morar. Acertei? - perguntou.

- Sim.

- Eu sou Lola - a loira tirou finalmente o cigarro da boca rosada e jogou no chão.

- Sou Marie.

- Bem-vinda Marie, eu acho que eu sei onde você pode ficar - ela me olhou sorrindo, e rapidamente pegou em minha mão.

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