Prólogo

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 0 9    D E   S E T E M B R O   
Internato e Orfanato Municipal de Wingdale - Nova Iorque, USA

Eram exatamente oito e meia da manhã, quando os portões do orfanado municipal de Wingdale se abriram naquele dia

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Eram exatamente oito e meia da manhã, quando os portões do orfanado municipal de Wingdale se abriram naquele dia. 

As enfermeiras andavam de um lado para o outro enquanto os visitante iam e adentrava no local em busca de encontrarem suas crianças e constituírem uma família.

Mas, infelizmente, a jovem Emma Williams, não possui toda essa sorte. A adolescente de exatos 18 anos, está passando o seu último dia sob os cuidados do grande internato que a criou desde seus mais anos mais juvenis.

Naquele instante, Emma não estava com muitas esperança de que teria visitas antes das uma da tarde. Mas, enquanto a menina arrumava suas coisas para sua despedida, ela foi surpreendida pela sua enfermeira com uma notícia, um tanto quando boa. 

Margareth - a enfermeira - bateu delicadamente com a ponta dos dedos na porta do quarto de Emma, conseguindo atrair sua atenção e sorriu amigavelmente para a jovem. 

— Bom dia, querida. — Margareth adentrou no quarto e viu a menina sorrir meio cabisbaixa de volta pra ela. 
— Bom dia, Margareth. — Emma cumprimentou, enquanto voltava a arrumar suas coisas. — Já querem me expulsar? — perguntou tentando fazer graça com a situação, mas isso só conseguiu arrancar um suspiro pesado da enfermeira. 
— Na verdade, vim dizer que você tem visita. — Margareth diz e seu dito conseguiu atrair a atenção da jovem que arregalou os olhos na hora com a informação. 
— Visita? — questionou ainda sem acreditar e Margareth apenas concordou. 
— Está te esperando na sala de recepção. — avisou, antes de voltar até a porta. — Desça quando estiver pronta. — disse e assim, saiu do quarto deixando Emma sozinha. 

A jovem ficou desacreditada com a notícia. Principalmente com o fato de que alguém veio a visitar. Seus nervos ficaram a flor da pele e ela logo se apressou para arrumar suas coisas na expectativa de que uma certa pessoa, em específico, tenha chegado mais cedo para a levar de uma vez por todas, embora daquele lugar.

Quando Emma enfiou todas as suas poucas coisas dentro das malas, ela desceu apressada carregando as mesmas pela grande escadaria do orfanato. Porém, enquanto se aproximava da sala de recepção, seu sorriso e empolgação foram diminuindo por não ver nenhum rosto conhecido além dos das enfermeiras do internato. 

Assim que seus pés pisaram nos últimos degraus, ela olhou em volta, completamente confusa.

— Você, deve ser a Emma. — a menina ouviu seu nome  e jogou seus olhos em um homem de aparência jovem, que estava sentando em uma cadeira de rodas não muito longe, a encarando com as mãos juntas e um sorriso gentil nos lábios. — Muito prazer, eu sou o professor Charles Xavier. 

A frustração estava estampada no rosto de Emma. Seu cenho franzindo dizia muito sobre sua decepção com a visita inesperada. Mas, mesmo assim ela suspirou, soltando suas malas no chão e encarando ao homem desconhecido. 

— Sou eu. — respondeu sem ânimo e cruzou seus braços. 
— Fico feliz que ainda não tenha partido. — ele se aproximou cauteloso dela. — Eu tenho um convite para você. E ficarei muito feliz se o aceitar. 

A garota o encarou sem entender. Ela logo jogou seus olhos em volta, percebendo que nenhuma enfermeira estava por perto. 

— Vai me dizer que está procurando uma adolescente para trabalhar e te bancar? — perguntou a menina usando seu tom notável de sarcasmo e isso fez com que Charles, soltasse um sorriso. 
— Longe de mim. — disse e a encarou com atenção. — Na verdade, eu vim aqui justamente por conta do que ouvi a seu respeito. — ele suspirou e sua frase chamou a atenção de Emma, enquanto ele se aproximava ainda mais da jovem e a chamou para chegar mais perto. Apesar do receio, Emma não hesitou ao se abaixar um pouco até ficar na altura do homem e fitar atentamente seus olhos. 

— Eu sei do que você é capaz, Emma. Eu sei o que consegue fazer. — Charles disse baixo, para que mais ninguém além deles pudesse ouvir e Emma na hora se afastou quase caindo para trás. — Não precisa ficar assustada. Se isso fizer você se sentir mais confortável; Eu também sou "diferente" como você. 

O coração de Emma começou a acelerar com as palavras ditas pelo homem na cadeira de rodas, e sua respiração ficou rápida e ofegante. A menina estava frustrada e completamente chocada, por talvez ele saber algo que mais ninguém além de Margareth e as outras enfermeiras saibam.

— Não sei do que está falando. — ela se forçou a encerrar o assunto com o homem, mas o mesmo se afastou dela. 
— Você sabe, e não precisa ter medo. — Charles tentava a tranquilizar, mas a mesma se negava a continuar ouvindo. — Sei que você faz coisas que assustam a todos desse Orfanato. Coisas que eles não entendem e temem. — continuou, mais uma vez a conversar com ela. — Mas, eu moro em um lugar, onde você não precisa esconder quem você realmente é. Onde não precisa ter medo de ser julgada pelas coisas fantásticas que consegue fazer. Um lugar, onde vai aprender a controlar o que sabe fazer. 

Emma escutava cada palavra atentamente que saia da boca do homem denominado "Professor", e a tranquilidade que ele as dizia, faziam com que a jovem não se sentisse completamente aterrorizada com o fato dele saber coisas sobre ela que mais ninguém sabe.

— Eu vim te fazer um convite. Vim te convidar, a vir morar em meu instituto. É uma escola, onde eu ensino a vários outros jovens, como você, a lidar com essas habilidades que possuem. Você, não precisa vir, se não quiser. Mas eu lhe asseguro de que se vir, você não irá se arrepender. Mas sim, conseguir viver melhor sendo quem realmente é, sem medo de machucar alguém.  

O olhar sereno de Charles fez com que Emma suspirasse fundo enquanto tentava absorver tudo que escutou naquele instante. Todas as palavras, que a fazia se questionar se deveria ou não pegar suas coisas e ir embora daquele orfanato com aquele homem na cadeira de rodas. 

Emma não tinha certeza de nada na sua vida.
A única certeza que ela tinha, era de que não tinha nada a perder. De que não queria ficar mais um segundo naquele lugar, com aquelas mulheres que a assustam e demostram que não gostam dela. 

Emma não tinha o "porquê" de não ir, e seguir Charles Xavier. 

Então, após refletir por uns segundo, ela suspirou fundo pegando suas malas do chão.

— Eu topo. 

𝐎𝐌𝐈𝐒𝐒𝐈𝐎𝐍 ;; 𝒙-𝒎𝒆𝒏Onde histórias criam vida. Descubra agora