Ocean Soul

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Estou no meu quarto, olhando para a janela que ilumina o meu quarto com luzes de tons quentes, lagrimas estão caindo dos meus olhos e as minhas mãos estão se camuflando no cobertor pousado por metade do meu corpo.

Como as coisas chegaram neste ponto?

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Semanas depois...

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Acordei em um lugar vazio e de extremidades escuras, não conseguia ver muito mais além das minhas mãos e os meus próprios joelhos, demorou um tempo para perceber onde me encontrava, segurei a minha respiração ao notar as algas e a inexistência do chão, entrando em pânico, soltei um pouco de ar e tentei seguir a direção das bolhas que flutuavam pela água.

Nado durante horas escondidas em segundos e chego à margem tentando me recuperar do acontecido, quando resolvo abrir os olhos para observar o ambiente, reparo em algo em falta.

Tudo.

Eu não reconhecia nada dali, as árvores estavam despidas e pareciam melancólicas, o gramado parecia queimado e as poucas plantas de pequeno porte estavam apodrecidas.

Apoio as minhas mãos na relva de tons aborrecidos e forço o meu corpo para sair da água, aos poucos vou me levantando e quando os meus pés entram em contato com o chão, enfio a minha mão pelos fios do meu cabelo e tento recuperar memorias passadas. Durante as minhas questões eu reparo num detalhe muito importante sobre o meu cabelo: 

Ele não estava molhado.

Não apenas o meu cabelo, mas todo o resto do meu corpo também, como isso era possível? Eu pensava que eu tinha saído diretamente da água, algo não batia certo. Depois de algum tempo acabo por me cansar e me sentar encostado em uma arvore nos seus anos dourados da vida, continuei com as minhas questões, mas nenhuma resposta aparecia certa.

Será que estou a sonhar? Será que estou em coma? Sera que estou louco?

Massageio a gordura da minha testa, quando me lembro de algo que vi pelas margens da internet. Tento procurar pela minha lanterna pelos meus bolsos, mas eles estavam vazios, ou... quase.

me corto com algo fino dentro dos tecidos dos meus bolsos, numa segunda tentativa de pegar o misterioso objeto me corto de novo, perfeito, como se já não fosse suficiente estar perdido numa floresta saída de um filme de sobrenaturalidade, agora estou com ambos dedos indicador e medio cortados em profundidade, os cortes eram pequenos mas profundos, suficiente para fazer sangue correr para as barreiras entre a minha palma e pulso, sujando as minhas calças vitimas de suas pingas e restos.

Me levanto uma vez mais e ganho coragem para começar a andar e  direção à profunda e escura floresta. Durante o caminho para o desconhecido vejo varias plantas de cores neon se destacando na floresta, era como um quadro, o fundo não era importante e era desconfortável, mas no momento em que a pupila começa a chegar aos detalhes principais, é como se as cores explodissem e tudo ficasse interessante de repente, eu sentia que se eu piscasse os meus olhos acabaria por ter um ataque epilético, mas também não importava, estava demasiado impressionado e atento ás plantas brilhantes que transmitiam musica para os meus olhos e imaginação.

Além das flores, havia muitos cogumelos e trepadeiras que cintilavam pela floresta, hipnotizado pela beleza que expreensiava diretamente de minhas orbes, me sento num tronco de madeira pousado algures pela mata acinzentada e me sinto preso e forçado contra ele por raízes imaginárias, me impedindo de continuar em frente e fazendo desistir de caminhar e me deixar ser engolido pela minha felicidade.

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⏰ Última atualização: Apr 25, 2021 ⏰

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