Capítulo 3

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Minhas e meus rabiolinhas estão vivos? Que mimo maravilhoso ontem!!!! Em homenagem, aqui um novo capítulo de Papillon! Será que nossa Biazinha está bem?

🗼

A tensão entre as duas mulheres era palpável e todos estavam tão focados no "embate" que não perceberam quando a porta do confessionário se abriu , mas uma vozinha assustada fez com que Rafa se esquecesse de tudo e de todos ao pronunciar seu nome:

-Rafa...

***
Bia

Bianca caminhou até a porta do confessionário com passos lentos, sentindo suas pernas ainda um pouco bambas. Sua cabeça já não doía tanto, apenas um latejar na lateral onde um curativo cobria o corte em sua testa. Disseram que não tinha sido muito profundo, apesar de ter precisado levar alguns pontos.

Alcançou a porta e por alguns instantes, apoiou-se nela quando sentiu uma leve vertigem. Talvez tivesse sido melhor ficar mais algum tempo em observação, mas a única coisa queria era sair de lá, tirar aquela roupa molhada e poder descansar. 

- Está tudo bem, Bianca? – a voz do Big Boss soou pelo confessionário no mesmo momento em que ela encostou a testa na porta, fechando seus olhos, até que a tontura passasse.

- Tá... – disse com dificuldade, sua garganta ainda sensível pela força que fez para expelir a água – Tá tudo bem...

Ficou mais alguns segundos naquela posição. Escutou vozes e movimentos do lado de fora, mas não conseguia distinguir quem era e o que falavam. Tudo parecia um emaranhado de sons e palavras.

Respirou fundo, sua mente não mais rodopiava e abriu a porta, dando de cara com praticamente todas as pessoas da casa ali, mas nenhuma parecia ter prestado atenção nela. Por um momento sentiu o coração parar ao não ver aquele par de olhos verdes intensos ali a esperando, como havia lhe prometido silenciosamente. Bianca não sabia explicar, e talvez nem quisesse entender por hora, mas lembrar-se dos olhos verdes de Rafaella e a sensação de paz que eles transmitiram quando ela recobrou a consciência era uma das únicas coisas que a estava impedindo de ter um ataque de ansiedade. 

Mas essa sensação de desolamento só durou alguns segundos, talvez milésimos, pois ao percorrer seus olhos pelo corredor e seu peito aliviou-se do aperto ao ver aquela que a havia salvado. 

Rafaella estava de costas para ela e se fosse em um outro momento, a carioca teria notado o clima nada amistoso entre a mineira e a paraibana, mas Bianca só conseguia reparar nas roupas ainda molhadas de Rafaella. Ela não tinha saído dali nem para e trocar? Bianca pensou, um sentimento de culpa pesou sobre seu coração. No fundo sabia que era irracional esse sentimento de culpa, que Rafaella já era grande e se quisesse ter saído de lá, e trocado de roupa, ela o teria feito, mas sua mente ainda um pouco aturdida não abria espaço para racionalidade. 

Deu mais um passo para fora do confessionário e chamou, sua voz mais rouca que o normal e um pouco assustada:

- Rafa... – Bianca não sabia bem o que queria dizer para Rafaella, se agradeceria ou se desculparia. Ela ainda não estava certa, só queria poder dizer algo para a mineira.

Bianca viu Rafaella se virar imediatamente ao ouvir seu nome, Flay completamente esquecida, e quando seus olhos se encontraram, a carioca sentiu seu coração, que nem havia notado que batia descompassado, se apaziguar. Rafaella parecia aliviada, mas suas esmeraldas ainda se mostravam conflitantes, talvez preocupadas, e Bianca sorriu levemente, tentando eliminar aquela parcela de preocupação refletida nos olhos de Rafaella.  

A mineira sorriu de volta, mas, de repente, Bianca já não olhava mais para Rafaella e a carioca demorou alguns segundos para perceber que Guilherme estava a sua frente, tapando a sua visão. Sem contar que agora se encontrava rodeada pelos outros participantes.

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