A Árvore dos Enforcados

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"Os fantasmas são ecos do que fomos. Resquícios do que desejamos ser. Lembranças que se repetem num eterno ciclo de vida e morte."

A chuva caia na noite fria de dezembro. Não parecia, mas dois anos haviam se passado desde o misterioso desaparecimento do seu pai. O famoso investigador paranormal Sammuel Winters. Agora aos 23 anos. Melissa a filha prodígio, seguia os passos do seu pai. Formada em jornalismo e contratada por uma famosa e conceituada revista.

Melissa seguia pra Pearl South. Uma cidade perdida que nem aparecia no mapa que segurava apoiado no volante.

Na realidade, por mais que ela negasse a si e aos outros. Os motivos que a levaram a Pearl South, eram muito mais pessoais que profissionais. Para todos os efeitos, o assombroso fenômeno da arvore dos enforcados era o seu motivo de estar ali. Mas no fundo sabia que o que a atraia para aquela herma cidade era o fato daquele ser o ultimo destino conhecido fo seu pai.

A arvore dos enforcados, era o fenômeno paranormal mais investigado no mundo. Um antigo salgueiro chorão que ficava na antiga praça centra, da mais antiga ainda cidade. Todos os anos, no dia primeiro de dezembro, espíritos que não encontravam a paz, apareciam pendurados na arvore nas três noites seguintes. Voltavam para dar pistas e ajudar a fazer justiça por suas mortes.

Seu pai era um antigo conhecido da arvore. Costumava ir lá todos os anos. Antes mesmo dela nascer. Dizia que era importante ajudar a aqueles que sofriam a encontrar o caminho para a paz.

Ela sentiu um alívio quando avistou a placa pixada que indicava a entrada para a cidade. Ainda podia-se ler as frases que diziam:

"Pearl South

Cidade dos enforcados"

(População 422)

Ao seu lado, no banco do carona. Estava Jay. Seu melhor amigo de infância e agora estagiário na revista que ela trabalhava. Ela tinha dito para sua chef que ela mesma poderia fazer o registro da matéria. Mas por motivos de segurança decidiram que Jay iria junto e ponto.

Ele era um cara bonito. Tinha acabado de sair da fase nerd, e Melissa o achava incrivelmente sexy agora. Sentiu suas bochechas corar quando ele tirou os olhos do ipod e flagrou seus olhos em seus músculos marcados na camisa branca. Sorriu exibindo as covinhas que ela conhecia desde criança e afastou dos olhos uma mecha de cabelo que caiam em cachos castanhos. Seus olhos brilhavam em um profundo e misterioso tom de verde esmeralda.

-O que foi? - Seus olhos brilhavam tímido. Será que ele não sabia o efeito que causava nas garotas?

-Chegamos. -Ela falou. Tinha estacionado o carro na enorme e antiga construção que ficava na parte mais elevada da cidade. -Hotel Drummond.

O hotel Drummond era algo que nem de longe lembrava os hotéis em que ela já estivera. Era uma antiga mansão vitoriana. Com uma escada em "Y" que levava ao segundo andar. Ao olhar para a detorização do lugar, ela podia entender o porque do seu pai ter estado ali. Se realmente existissem fantasmas. Aquela cidade seria uma boa morada para eles.

Sob paredes antigas de madeira, tao velhas que rangiam com o minimo dos ventos. Pendia enormes quadros sobre velhos e enferrujados pregos. Pinturas de pessoas com roupa de época, que quase pareciam companha-los com o olhar quando passavam.

-Posso ajuda-los em algo meus queridos? - a recepcionista estava sentada. Era tao velha e baixa que se não tivesse falado Melissa jamais saberia que estava ali. Usava uma antiga roupa de camareira. Sua pele enrugada. E olhos opacos.

-Temos duas reservas no nome de Melissa Winters e Jay. -respondeu cara ainda com o olhar fixo no rosto da mulher que a olhava com expressão de duvida. -Desculpa. Melissa Winters e Jared Evermore.

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⏰ Última atualização: Mar 10, 2015 ⏰

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