Capítulo 2

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                       Tin

Sou Tin Medthanan estou a frente da empresa da minha familia, meu pai sempre esteve à procura de mais poder e agora quer me arranjar um casamento e não sei o que fazer, porém não vou aceitar ser forçado a me casar.
Estou no meu escritório quando escuto alguém bater na porta.
- Pode entrar - falo enquanto folheio alguns papéis.
- Esta ocupado ? - Pete pergunta enquanto se aproxima.
Pete Medthanan, pelo sobrenome já é evidente que somos parentes, ele é filho do irmão mais novo do meu pai, melhor amigo e meu braço direito aqui nesse inferno que comando.
- Não.Quero falar com você mesmo - falo aliviado.
- O que aconteceu desta vez ? - ele pergunta ao se sentar em uma cadeira a minha frente.
- O de sempre, meu pai não tira da cabeça a idéia de que tenho que me casar e o pior, ele já arrumou a vítima.
- Eu já te dei a solução é pegar ou largar - ele fala dando de ombros.
- Qual seria a solução? Refresque minha memória - falo estreitando os olhos.
- Você só precisa falar que está namorando - ele fala confiante - E que está perdidamente apaixonado.
- Suponhamos que eu diga isso, por que não apresentei a sortuda? - pergunto curioso por sua resposta.
- Porque não é a sortuda e sim o sortudo, e como o tio não iria gostar nada da idéia você preferiu esconder, porém como ele não tira da cabeça que você tem que se casar com alguém que não conhece, a única solução foi revelar a verdade - ele fala com um sorriso irônico.
- Eu vou namorar um homem? Você só pode estar louco - falo zangado.
- Pensa comigo, o tio vai achar tão ruim o fato de ser com um homem que nem vai querer o conhecer, e você não vai precisar encontrar alguém.
- Até que não é uma ma idéia - falo ao pensar bem.
- Quando o tio vier aqui hoje a tarde fala para ele e se livra dessa merda toda.
- Não vou esperar ele vim, vou ligar para ele.
Pego meu celular e ligo para o meu pai que me atende rapidamente coloco no viva voz e começo o show.
- Filho - meu pai fala surpreso.
- Bom dia pai, queria lhe contar uma coisa, não posso casar com aquela garota - falo rapidamente.
- É claro que pode, você é meu único filho, vai honrar a família e fazer com que nós possamos fechar um grande negócio - ele fala calmamente.
- Não pai, eu não vou fazer isso, pois já estou comprometido - falo olhando para o Pete que faz um gesto positivo.
- E como eu e sua mãe não estamos sabendo? - ele fala com irritação na voz.
- Porque eu sabia que o senhor não iria aceitar, pelo simples fato de que estou namorando um garoto.
O silêncio toma conta do ambiente, Pete me encara arregalando os olhos.
- Pai? Pai? O senhor ainda está aí? - pergunto assustado.
- Desde quando você é gay ? - ele pergunta camalmente.
- Desdo momento que me apaixonei pelo meu namorado - digo fazendo careta.
- Como é o nome do garoto ? - meu pai pergunta e eu fico sem reação, Pete olha para o lado e vejo que ele está a pensar.
- Eu não vou te falar pai - digo por fim.
- Só me diga o nome do garoto e o deixo em paz.
- O nome dele é Can - falo rapidamente e o Pete quase cai da cadeira.
- Esta certo - meu pai fala e desliga.
Olho para o Pete e ele parece irritado.
- Quem é Can Tin ? - ele pergunta com ódio na voz e eu fico sem entender.
- Não sei, foi o primeiro nome que veio a minha mente.
- Can é meu amigo Tin, por isso você lembrou o nome dele, já falei sobre ele várias vezes, Can divide apartamento com o Ae, você acha que vai demorar quanto tempo para o tio sacar que deve ser ele.
- Merda, que porra - falo passando as mãos pelo cabelo.
- Reza para ele não ir procurar nada sobre isso - Pete fala ao se levantar da cadeira.
Meu celular toca e vejo que é meu pai, mostro para o Pete e ele faz uma careta.
- Pode falar - digo com um mau pressentimento.
- Eu e sua mãe faremos uma pequena reunião aqui em casa, traga esse tal de Can para conhecer sua família.
- Nem pensar - digo rapidamente.
- Se nessa reunião você não trouxer esse garoto, vou considerar que isso tudo e uma armação e aí você noiva esse fim de semana - meu pai fala irritado - Já sei que ele é colega de quarto do namorado do seu primo, se eu já soubesse disso teria o impedido.
E então ele desliga.
- Que merda Tin - Pete fala ao andar para um lado e para o outro.
- E agora? O que fazemos? - pergunto desesperado.
- Convencemos o Can a ser seu namorado de mentira, para sua sorte ele é gay - Pete fala dando de ombros.
- E você deixa ele morar junto com o seu namorado? - pergunto confuso.
- Se fosse para eles terem algo já teria acontecido, além disso confio nos dois e o Can não é do tipo conquistador ou namorador.
- Você acha que ele vai aceitar? - pergunto curioso.
- Na verdade, acho que não, porém vamos tentar.

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